Katherine outra Vez.

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"As vezes é necessário abrir mão de coisas especiais para que outras entrem na sua vida" Dissera Benjamin certa vez a mim. Então que mal faria levá-lo até ali?

- Isso é lindo Katherine.... - Benjamin disse enquanto se sentava olhando a cidade abaixo de nós e o clima do céu que se tranformarva em rosa enquanto o Sol se despedia daquela quinta-feira.

Sim, eu o tinha levado até a montanha que Jacob me apresentou no ano anterior, no dia em que me contou sobre o pai e que usou a metáfora de seu "carro sem freio".

- Eu sei. - Falei para Benjamin enquanto o vento batia em meus cabelos ainda frágeis por conta da descoloração.

- Eu não quero mesmo saber como você descobre esses lugares, mas... Acredite é um dos melhores lugares para admirar essa paisagem.- Benjamin olhava admirado para nossa frente.

Dei um sorriso fraco ao garoto.

- Pena que já está tarde...- Ele disse derrepente.

- O que?

- Incrível que meu aniversário tenha passado tão rápido, sabe.

- Não passou não. Ainda temos a noite inteira pela frente! - Benjamin riu para mim.

- Eu pensei que teria que ficar em casa já que passou o dia todo fora...

Arqueei as sobrancelhas automaticamente com o que ele disse.

- E você acha que se teria eu ficaria?

- Não. - Benjamin gargalhou e eu me juntei a ele observando o vento bagunçar seu cabelo.

Eu estava bem, ao todo eu estava ótima, não deixaria aquele lugar trazer escuridão à mim, talvez o ocorrido na outra noite com o isqueiro tenha sido o cúmulo para mim. Então ficamos ali por mais um tempo e eu me comportei bem, bem demais para não trazer memórias ruins daquele lugar para Benjamin.
Porém quando nos levantamos para ir embora me peguei vasculhando o lugar com os olhos à procura de alguma pista de que Jacob estivesse ido ali alguma vez durante seu sumiço mas não encontrei nada além dos olhos verdes de Benjamin parecendo sacar tudo, porém foi educado demais ao não dizer nada e me oferecer sua mão  com intuito de me ajudar descer da montanha.

- Eu ainda não acredito que você bateu no rosto da Sabrina... - Benjamin mudou de assunto ao entrarmos no carro, confesso que sentia um tom alegre vindo dele ao dizer aquilo.

- Pensei que você fosse contra violência. - Respondi passando pela porta do automóvel.

- E sou e pensei que você também fosse.

- Você sabe que não pode esperar e nem pensar nada de mim né. - Dei uma risadinha ao lembrar do quanto gostei de sentir minha mão sobre o rosto da loira.

- É eu sei... Mas eu sei como a Sabrina trata as meninas da torcida.

- E por que você não fala com seu pai?

- Porque foi escolha dele e nunca se deve questionar uma escolha de um Forbes, ainda mais em serviço, eu sei que ele daria a desculpa dela ser rígida ser um grande ponto para ser uma boa líder e seus avós terem grandes influências sobre o orçamento da escola.

Sabrina foi adotada, os supostos avós deveriam ser os velhinhos que a adotou mas eu não falei nada pois mesmo depois de tudo que ela tinha feito eu não queria queimar seu filme chamando-a de mentirosa.

- Entendi... Aonde vamos?

- Aonde vamos?

- Você tem que saber aonde vamos... É o seu dia, pensa em algo...- Benjamin pareceu que ia protestar mas calou-se por alguns segundos e depois ligou o carro.