décimo nono

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Pov Carol

Estava tremendo, nervosa. Nem passa pela minha cabeça a Day entrando numa discussão com o Vinicius.

-Porque tá querendo poupar ele?. - Day diz de forma alterada, enquanto eu fechava a porta da sala.

-Não estou querendo poupar ninguém, Day!. - exclamei seguindo até o palco atrás dela.

-Claro que está, porque não em deixou ir até ele?. - pergunta querendo me culpar pelo seu nervosismo, como se não bastasse o meu.

-Deixa de ser rabugenta!. - exclamei também alterando um pouco a voz.

-Você não sabe como foi pra mim ver ele depois de 2 anos. Você não faz ideia de como eu me senti e você vem querendo partir pra cima dele? podendo ser expulsa. Você não pensou no quão abalada eu iria ficar?. - respondo e ela respira fundo.

Eu estava alterada e triste a aterrorizada e com medo, vi no olhar dele o mesmo de quando ele não se importou em ter pessoas falando mal de mim, e depois eu descobri que estavam falando de mim por coisas que ele saiu espalhando.

Eu tive crises de ansiedade por de repente minha vida ter mudado drasticamente, passei esses dois anos lidando e acalmando minha ansiedade e quando eu finalmente consigo aos poucos voltar ao normal, ele aparece.

-Desculpa.. - ela diz se aproximando me envolvendo em um abraço, eu só me deixei ser acolhida por ela, era só disso que eu precisava e queria.

Depois de alguns minutos me afastei e ela senta no chão e me puxa para que eu sentasse também, assim fiz me deitando nas suas pernas.

-Como você está?. - fechei os olhos quando passei a sentir seus dedos alisando meu rosto, sentindo o seu contato pude lembrar do beijo.

Nunca achei que alguma coisa poderia me tirar a angústia quando o assunto era meu trauma do passado e ainda mais vendo ele na minha frente.

Mas ela conseguiu, me levar para outro mundo, o mundo da Day.

Vi ela tentando ser delicada, paciente, sorri lembrando de cada reação que tive no beijo.

-Eu não sei responder. - respondo na sinceridade esperando ela decidir se toma como válida minha resposta.

-Nunca achei que veria ele novamente e agora ele é da minha sala. - volto a dizer enquanto ria da hipocrisia da situação.

-Eu percebi que você ficou diferente, mas nem passou pela minha cabeça que aquele imbecil era seu ex. - diz fazendo agora um cafuné gostoso.

-Eu fiquei paralisada, e bateu medo. Tive as mesmas sensações de quando todos passaram a me chamar de nomes ridículos e me olhar de forma negativa. Foi como se pelo olhar que ele me lançou eu sentisse que todos também estavam me olhando e julgando, achava que já tinha me acostumado com os olhares julgadores que as pessoas me lançam. - respondo abrindo os olhos e a encarando de cabeça para baixo.

-Eu ainda estou com vontade de me levantar e ir atrás dele, bater nele até ele virar do avesso. - ela diz de forma séria e furiosa, mas a reação que eu tive foi sorri pela frase formada.

-Tô falando sério!. - reafirma fazendo eu balançar a cabeça em sinal de entendimento.

-Eu sei, mas eu não vou deixar. O menino é novato, ninguém sabe que ele é um babaca e você se ferraria batendo nele. - explico e ela respira fundo de forma contrariada.

O silêncio pairou sobre por alguns minutos.

-Você me beijou para fazer ciúmes nele?. - perguntou fazendo eu despertar e levantar das suas pernas ainda ficando sentada.

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