vigésimo quarto

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Pov Day

Assim que contamos sobre o namoro para os pais da Carol, eles ficaram mais felizes do que esperávamos.

ficamos conversando por um bom tempo sobre várias coisas legais, e por esse tempo me fez até perceber a diferença das nossas famílias.

E me fez pensar no que aconteceu mais cedo.

~Flashback~

Assim que pegamos todas as coisas da minha mãe, Vitão a levou para nossa casa e eu fui para o escritório do meu pai, ele ainda estava sem saber que ela tinha descoberto e estava se fazendo de sonso, mas eu sou sangue quente.

Chegando lá nem falei com a cachorra da secretária, que tentou me impedir de entrar em sua sala, não dando ouvidos adentrei na sala fechando a porta atrás de mim com uma certa violência e tendo visão dele no telefone.

-Mais tarde eu ligo pra você para terminarmos esse assunto!. - o homem de cabelos grisalhos fala e pouco depois desliga o telefone se virando para mim.

-Veio pedir dinheiro? Ou assumir o quanto você e seu irmão fracassaram logo de cara?. - pergunta com um sorriso no rosto e um tom debochado.

-Vim deixar claro o quanto VOCÊ é um fracassado!. - respondo de forma rude e ele se levanta ainda tendo um olhar submisso a mim.

-Eu? Fracassado? Dayane...olha o que eu conquistei. - diz abrindo o s braços querendo se gabar por sua incrível jornada de advogado.

-E o que você perdeu conquistando?. - pergunto e ele nega com a cabeça como se já respondesse.

-Você o amor dos seus únicos filhos e da sua mulher!- jogo na cara.

-Você se tornou o homem que me faz acordar todo dia tentando ser alguém melhor, alguém diferente de você, porque eu tenho vergonha de te ter como pai!. -  respondo e ele retira seu blazer e se aproxima ficando a uns dois metros.

-A única coisa que eu perdi foram meus filhos e eu penso em vocês e sinto vergonha, estamos kits Dayane.- Ele diz.

- Um filho que quer ser cantor e uma filha que também que seguir essa profissão ridícula e como se não bastasse ainda é sapatão!. - fala de forma rancorosa como se eu me abalasse com isso.

-Você é um egocêntrico. Fique sabendo Sr. Lima, que sua mulher já sabe que você trai ela com aquela vagabunda sentada aqui perto!. - respondo e ele parece mudar a fisionomia ficando incomodado com tal revelação.

-Cadê o homem bem sucedido, que tem tudo que quer e acha que a sua verdade e opinião é a verdadeira se nem fiel você consegue ser? Qual é moral que um fodido como o senhor acha que tem para rebaixar seus filhos pelo modo de vida que queremos viver. - um tom de raiva tomou minha voz, mas não era apenas raiva, ela decepção e vergonha.

-Você me respeite que eu sou seu pai!. - diz alterando ainda mais a voz e se aproximando de forma intimidadora.

Ele sempre fazia isso quando percebia que estava errado, tentava se exaltar de forma como quem estivesse certo se sentisse amedrontado com ele fazendo assim recuar, mas eu não recuei.

Pela primeira vez eu não recuei e senti que o feriu.

-Você não merece meu respeito, você ser bem sucedido não te faz um bom pai ou marido só prova o quão coitado e inútil você é. - Ele trancou o maxilar.

-Pode tentar me rebaixar me chamando de sapatão, não vai me doer. Porque é exatamente isso que eu sou, uma sapatão, e você é o que?. - pergunto e ele tranca o maxilar.

-Você veio aqui caçar confusão não veio? Agora estou mandando que você saia ou eu não vou responder por mim.-

-Vai me bater? Bate, pai! Faz a única coisa que eu achava que não fosse capaz e se torne ainda mais odiado por mim. Não vim aqui caçar confusão, vim fazer o senhor perceber que status não te faz ser gente, e o que faz a pessoa ser gente você não tem mais por puro orgulho. Você traiu minha mãe com uma qualquer e quer respeito? Por que eu devo te respeitar? O que você faz para ter meu respeito?. - jogo tudo na cara perguntando e ele parecia ainda mais irritado, eu já estava acabando.

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