VIII: O despertar

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Mariah amanhecera dolorida e confusa, sem saber que dia era e muito menos quantas horas passara adormecida. Começara a chorar quando se lembrara dos últimos acontecimentos que precederam sua queda e conforme suas lágrimas caíam Ynus apareceu para enxugá-los.

- Oh querida, não chore. Está tudo melhor agora.

Enquanto a consolava acordara sua prima Djayne que dormia pesadamente em uma cadeira e a mandara chamar o meister.

- Se acalme, calma querida. Falara mansinho Ynus enquanto lhe servia água e acariciava seus cabelos.

- Tenho uma novidade para lhe contar, pare de chorar e preste atenção.

- Que novidade: perguntara Mariah enxugando as lágrimas.

- Meria voltara. Respondeu Ynus com o mais lindo dos seus sorrisos.

Minutos depois Meria aparecera na porta de seu quarto.

- Irmã – Dissera Mariah e começaram as duas a chorar. Entre lágrimas Mariah notara que Meria estava bem. Mais redonda que o que costumava ser por conta da criança na barriga mas tirando isso não sentia diferença no humor da irmã que após tudo que acontecera parecia bem. O meister chegou antes que elas terminassem, ou melhor, até começassem a falar sem chorar e mandara elas se separarem pois ambas precisavam descansar e não se agitar ainda mais. Porém antes que Meria retornasse aos aposentos que lhe são destinados em Paloferro sua irmã lhe fizera duas perguntas:

- Meria, onde você estava minha irmã? Ynus é o pai da criança que você carrega?

- Eu estava em um vilarejo próximo, na casa de uma parteira que auxilia Lady Morgausse com medicamentos e preparativos para que ela pegue logo barriga. E não, Ynus nunca tocara em mim. Eu já cheguei aqui com o bebê na barriga mesmo sem saber.

Mais aliviada Mariah permitira que as separassem novamente e se entregara ao descanso, conversara um pouco com Djayne mas ela logo voltara a adormecer.

(...)

Mariah fora até ele durante a madrugada. Depois de tudo que acontecera, o seu tombo, o retorno da sua irmã, a criança em sua barriga, não havia mais razão para conter o desejo que sentira por Ynus.

Entrara em seu quarto sem bater e o encontrara acordado, com seus grandes olhos fixos nela. Logo que fechara a porta Ynus fora até ela e a puxara para seus braços com um beijo apaixonado, após isso a pagada no colo e Mariah se entregou apaixonadamente. Ynus estava lindo e carinhoso naquela noite, seus beijos desciam até a altura dos seus seios. Quando deu por si já haviam chegado a cama e ajudara Ynus a se desvencilhar de sua calça. Os beijos e toques foram se tornando mais e mais ardentes com o passar do tempo e Ynus a perguntara se podia continuar, dizia que ela era a mulher mais linda que já vira. Depois de um tempo ele tirara sua camisola e beijara todo o seu corpo. Tocara e beijara intimamente cada parte de si, a deixando ansiando por mais e mais. Quando finalmente o recebeu dentro de si já havia perdido a noção de quando tempo estavam juntos, a sós do resto do mundo.

Adormecera enquanto recebia doces beijos de seu homem em seu cabelo e mãos, se sentindo adorada.

(...)

O dia seguinte veio e Mariah amanhecera em sua cama enrolada em um lençol. Não se lembrava de como fora parar lá mas sentia o perfume de Ynus em si. Queria se levantar e ir correndo até ele mas não podia ainda, tinha dores na coluna e no braço esquerdo então precisava sossegar e se levantar pausamente. Sua única tristeza era não ter acordado com ele.

Enquanto gritava por Rosetta e Djayne a primeira apareceu apressada dizendo que precisara se arrumar que Allard estará em Paloferro também. Mas era só o que faltava, isso estava se tornando uma reunião familiar. Meu pai vai vir também agora? O que Allard estava fazendo em Paloferro? Rosetta a ajudara a vestir o primeiro vestido que viram pela frente e desceram as escadas disfarçando tranquilidade e dignidade. Uns minutos após, com disfarçada naturalidade tomando um chá, seu primo Allard aparecera cavalgando ao lado de Ynus. Hoje ele aparentava estar de volta a boa forma que costumara apresentar, parecia bem humorado, usava brincos e com uma roupa de montaria verde escuro.

Mariah se levantara da forma mais formal que conseguira diante dos últimos acontecimentos. Apesar de ser uma mulher feita sentia uma certa vergonha em reencontrar Ynus após a noite passada. Mas ele estava bem calmo e parecia feliz, não a ajudara nem um pouco lhe dirigindo o mais lindo de seus sorrisos quando ela tentara manter a aparência rígida e formal diante do primo. Ôh céus, só por conta desse sorriso ela já se sentia vermelha da cabeça aos pés. Voltando-se a Allard dissera:

- Sua presença não é necessária Príncipe. Sanguerreal e eu resolvemos tudo.

- Observei isso prima quando cheguei e você estava desacordada.

- Bem, agora estou acordada e pode avisar ao meu pai que estamos bem. Respondera Mariah irritada após o comentário de Allard.

- Não estou aqui em nome do Tio Trystane, Mariah.

- Eu mesmo o chamei querida. O Allard precisara estar aqui, sua presença é essencial para sua irmã. - Dissera Ynus sorrindo.

Mariah não estava entendendo o que ele estava querendo dizer e enquanto pensava sua irmã vinha até eles de braços dados com Lady Morgausse. Então ocorrera o que mais a deixou impressionada, Meria fora diretamente abraçar Allard que lhe retribuiu com gestos delicados em sua protuberante barriga e nariz.

- O que acontecera na minha ausência Ynus? Perguntara espantada a Ynus enquanto ele ria de sua expressão de espanto. 

A Princesa DesaparecidaOnde histórias criam vida. Descubra agora