XXII: Allard e sua família

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Naquela adorável manhã que se iniciava Allard se sentia confiante e forte. Acordara bem cedo e estivera com Meria tomando café na manhã na varanda. A vista da varanda deles era linda, Jardim de Cima era o mais perfeito Palácio que ele vira e hoje amanhecera se sentindo grato por estar ali. Meria estava em seu colo com seu sono indisfarçado e ele amara mais ainda em ver como após esses anos ela seguia se esforçando para aproveitar os momentos ao seu lado. Pegaram um pouco de sol, conversaram, trocaram carinhos enquanto ela comia ameixas, tomava um pouco de suco e ele tomava café forte. Em seguida fora ao seu treino diário e ao retornar ao quarto seu coração se enchera de amor ao ver Merinha deitada com Allerie e Allard. Suas crianças podiam ter herdaro de si os cabelos negros e a pele morena mas herdaram da mãe o prazer pelo sono da manhã. Porém o bebê de peito, que não se parecia com ele em seu traços, era rosado como a mãe e com cabelos castanhos claros estava alerta e agitado em seu cestinho. O pegou com afeto no colo e foram tomar um pouco de sol. O dia de seu nome estava se aproximando e Allard reparara com alegria que se, antes dele chegar a esse mundo não existia nenhuma criança comum as Casas Martell e Tyrell hoje existiam seus três filhos.

Enquanto seu bebê caçula se entredia com seu cabelo, observava as rosas e soltava risinhos diante de calor do sol fora chamado por um empregado de seu pai que lhe dissera que Ynus estava lhe procurando.

Assim que entrara no aposento Ynus virou para ele e disse: - Preciso lhe contar algo importante Allard, que deveria ter contado antes.

- Sobre Príncipe Trystane? - perguntara.

- Sim, mas também sobre Meria. - respondera.

Sente-se. E obedecendo-o escutou sobre toda a sua estadia ao lado de Lady Baratheon enquanto entendia as peças se encaixando. Há anos atrás, quando era muito jovem seu pai lhe avisara que possivelmente enfrentaria adversários em Dorne. Inclusive entre os Martell pois era o primeiro fruto de uma união entre as casas Martell e Tyrell, que durante muitos anos foram rivais. Mas ele não esperava que ele fosse sentir essa hostilidade após o casamento. E agora estava surpreso pois se o que ouvira fora verdade Trystane também se envolvera com uma mulher de Casa inimiga então em nada poderia condenar a irmã e muito menos ele e Meria.

- É essa então a razão das cartas. Eu já desconfiava que havia algo estranho desde a proposta de casamento, que confusão meu tio fez todos esses anos. Essa história de Lady Baratheon procurá-lo é de antes de Meria e eu nós casarmos! - Allard dissera.

Depois das revelações surpreendentes do dia, Allard conversara com seu irmão Sor Arryk. Seu querido irmão um dia seria Lorde de Jardim de Cima e eles nutriam uma relação mútua de amizade e carinho.

- Como você está em essa notícia irmão? - lhe perguntara Arryk conforme ele caminhava para seus aposentos.

- Impressionado. Sabia que havia algo errado com Trystane e Lady Baratheon mas não imaginasse que Meria estivesse no cerne dessa questão. Além disso, nunca imaginei que eles tivessem sido amantes no passado. - Allard respondera.

Caminhavam juntos um pouco. A brisa da noite trazia diferentes perfumes de rosa e de frutas que o lembravam de sua infância feliz.

- Allard você acredita que agora vocês retornarão a Dorne? - Arryk perguntara.

- Não. Talvez o mistério envolvendo o pai da Meria tenha sido apaziguado mas a hostilidade era real e não sei se diminuirá agora. E ao ficar na Campina Meria e nosso filhos parecem felizes. - lhe respondera.

- Fico feliz irmão. Minha mulher e eu vamos a VilaVelha. - Arryk lhe revelara.

- Quando? - estava espantado.

- Nos próximos meses. O verão não está sendo tão pacífico como imaginávamos no fim das contas. Além disso agora sou o irmão mais velho não é? Preciso assumir mais responsabilidades. - Arryk o respondera com um sorriso triste.

Com um abraço apertado se despediram e cada um seguiu aos seus aposentos particulares e suas esposas. Apesar de Arryk ter se tornado um homem alto e herdeiro de seu pai após a morte do irmão mais velho de ambos no fim do Inverno, ainda enxergava seu irmão como o menino tímido e inseguro que fora. Os anos vinham pesando para ambos e Allard se sentia bem pois sua permanência na Campina também ajudaria seu irmão nos assuntos que não dominara. Mas isso era assunto para depois. O mais importante agora era conversa com Meria. Rezara para que a sua mulher reagisse bem.

A Princesa DesaparecidaOnde histórias criam vida. Descubra agora