POV ARIZONA
Depois que saí da casa da Callie eu fui para a casa da Teddy e ela estava chocada por eu ter voltado mais de um mês antes do previsto.
- Você é doida. - ela disse me dando um forte abraço.
- Que saudades da minha melhor amiga. - Eu disse com uma voz fofa apertando ela.
- Agora trate de me contar tudo que aconteceu para que a senhora voltasse, com certeza não foi porque sentiu saudade de casa.
Teddy me conhecia melhor do que ninguém.
Contei a ela sobre minha relação com a Callie e a relação dela com a Penny e de como eu estava me sentindo.
Teddy colocou as duas mãos na boca, demonstrando surpresa.
- Penny, Penny??? Aquela que você contratou há poucos meses atrás? - ela ria incrédula.
- Ela mesma. - ri da minha própria desgraça.
- Eu acho ela um pouco assustadora. Quer dizer, durante esse tempo que você esteve fora ela sempre arrumava um pretexto para estar em sua sala e eu ficava de olho nela. Não te falei nada para não te incomodar em outro país e porque estava tudo sob o meu controle.
- Que coisa estranha, Teddy. Agora na casa da Callie ela me fuzilou tanto quando me viu. Ok que elas estão meio que namorando e ninguém merece ver a ex, mas o olhar dela foi de ódio mortal.
Eu e Teddy rimos da situação.
Passei a manhã inteira com ela e parte da tarde também, eu realmente sentia muita falta de estar sempre com ela.
Estávamos lanchando quando resolvi ligar para Callie para saber se ela realmente me queria no ultrassom no dia seguinte ou se já havia desistido da ideia.
Tentei algumas vezes e ela não atendeu. Me subiu uma frustração pensando que talvez ela estivesse de fato bem com Penny e eu quem estivesse atrapalhando.
Eu sei que eu errei, mas creio que ela também tenha errado por colocar outra pessoa em sua vida tão rápido assim, dias após nosso término ela já estava se envolvendo com a Penny.
Enquanto eu desabafava esta questão com Teddy, Callie retornou me dizendo que estava no hospital.
Acho que meu rosto demonstrou preocupação na hora, pois Teddy já estava nervosa do meu lado querendo saber o que aconteceu.
- Penny atentou contra a própria vida e Callie passou mal e está no hospital e preciso ir atrás dela.
- Eu te levo, você não pode dirigir assim. - Teddy disse pegando a chave do carro.
Ela era mesmo a minha melhor amiga, eu estava muito nervosa pensando em como a Callie estava naquela situação.
Ela dirigiu o mais rápido possível dentro de uma velocidade segura e ficou me esperando do lado de fora enquanto eu ia atrás de informações sobre Calliope.
Entrei no hospital quase que correndo e, vendo meu desespero, me informaram prontamente onde eu poderia ir.
- É a minha noiva e a minha filha! Eu preciso ver com meus próprios olhos se elas estão bem. - eu implorava.
Nem eu havia acreditado que eu estava chamando o bebê da Callie de filha, mas naquele momento foi muito útil, pois uma enfermeira que estava ali por perto me levou até o quarto.
Ao vê-la a minha primeira reação foi correr e abraçar ela, sem pensar em mais nada. Mesmo que ela não tivesse passado por nada mais grave, eu pensei naquele momento como seria horrível a minha vida sem ela.
Posteriormente, notei a presença da Penny, novamente infeliz em me ver.
Ela começou a gritar para que eu saísse e eu realmente não entendi sua reação. Tinha algo de errado com aquela mulher.
Eu tentava acalmar a situação, mas ela seguia nervosa. Então fui convidada a me retirar do local.
Eu sai da sala, mas continuei ali no hospital.
Mandei mensagem para a Teddy dizendo que ela poderia ir sem mim, que depois eu chamaria um táxi e outra mensagem para Callie, pedindo para ela me encontrar nas escadas do terceiro andar.
Esperei ali sentada uns 10 minutos, até que Callie apareceu.
- Me perdoa, eu não sei o que deu nela, eu estou assustada com a reação que ela tem esboçado. Você saiu da sala e ela já estava sorrindo falando que finalmente eu estava a sós com ela novamente. - sua respiração estava ofegante.
Eu não respondi. Simplesmente puxei Calliope para um beijo.
Ela rapidamente correspondeu e o beijo estava tão intenso que parecia que nossas vidas dependiam disso.
Só paramos de nos beijar quando o fôlego acabou.
- Callie, eu estava no inferno e agora estou no céu. - ri mordendo os lábios, sentindo o gosto dela ainda ali.
- A gente não pode fazer isso, não aqui, não com Penny agindo da forma que está.
- Shhhh... eu falei dando um selinho nela. - a gente pode fazer o que a gente quiser.
Continuamos nos beijando ali mesmo na escada do hospital.
- Arizona, eu tenho que ir, Penny não vai gostar da minha ausência e eu estou realmente preocupada. - ela disse tentando me empurrar sutilmente.
Eu concordei.
- Pode ir, mas me dá notícias. Eu já te entreguei de mão beijada uma vez para ela e não vou te entregar novamente. - falei séria.
Callie sorriu e se afastou de mim, rumo ao quarto em que Penny estava.
Não pude evitar e sorri também, será que as coisas finalmente voltaram a dar certo?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Money, lust & alcohol.
FanfictionArizona perdeu a mãe aos oito anos, vítima de uma overdose. Desde então, foi criada em Manhattan pelo seu pai, um executivo famoso e muito bem sucedido que a culpava pela morte de sua esposa, tendo em vista que Arizona estava sozinha em casa com a m...