I don't know what to do

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POV ARIZONA

Ficar sem ela era difícil. Ainda mais neste momento que eu sabia exatamente onde ela estava e que eu só não estava com ela porque pedi um tempo para pensar.

Tive um sono muito profundo e acordei com muita dor de cabeça, eu odiava tomar remédios para dormir.

O despertador tocava e eu tinha vontade de que minha cabeça explodisse. Já havia acordado extremamente mal humorada.

Tomei um banho longo para ver se minha cabeça melhorava e me arrumei para trabalhar, precisava ocupar minha mente o máximo possível.

Chequei meu celular esperando que tivesse alguma mensagem da Callie, mas não tinha nenhuma. Fiquei triste, mas entendi que talvez ela tivesse esperando uma resposta minha.

Naquele momento não enviei mensagem, apenas me desloquei para o trabalho, após tomar comprimidos para dor de cabeça.

Eu odiava ficar daquela forma, odiava ficar sem saber o que fazer e aquilo estava perdurando por dias.

Cheguei no trabalho e parecia que todos haviam notado que eu não estava no meu melhor dia. Apenas me deram bom dia e continuaram seus afazeres rapidamente.

Teddy era sempre a única que tinha coragem de falar comigo a qualquer momento.

- Você não está no seu melhor momento. - ela disse rindo e me entregando um café.

Bebi aquilo tão rápido que só depois percebi o quão quente estava.

- Inferno, queimei a minha língua. - falei indignada.

- Calma, mulher. - Teddy dizia pacientemente. - me conta o que aconteceu. - ela disse enquanto fechava a porta da minha sala.

- Simplesmente Callie está grávida do meu pai. Tá bom para você ou ainda acha pouco? - eu disse revirando os olhos.

- Como assim grávida do seu pai? Mas ele não tá, ele não morreu?

- Pois é, aquela história toda lá de casamento, de bordel, de eu bancar a heroína para ela, deu nisso. Eu tô tão fodida, não sei o que fazer e o meu coração dói, Teddy. Eu amo ela demais, mas eu não quero um irmão no meio da nossa relação. A gente ia casar.

Eu senti um nó na minha garganta enquanto falava isso. Principalmente a parte do casamento no passado. A gente ia casar...

- Você realmente tem que colocar tudo na balança. Queria poder te ajudar, mas realmente essa decisão só cabe a você. Mas eu estou aqui pra te ajudar, seja qual for a sua decisão.

Teddy me puxou para um abraço e eu quase não conseguia respirar.

- Manda uma mensagem pra ela mais tarde, vai no hotel, marque de vocês conversarem. Tenta. Se não der mesmo, pelo menos você vai ter tentado. - Teddy disse enquanto fazia carinho nas minhas costas.

- Você tem razão. Vou resolver as coisas que preciso e irei atrás dela, eu preciso pelo menos olhar pra ela.

Teddy foi resolver algumas pendências do setor que ela comandava e eu fui ver minhas novas funcionárias.

Penny me olhava sempre com um sorriso no rosto. Era muito legal o quanto ela parecia realmente qjerer estar aqui, eu tenho certeza que ela será uma ótima funcionária.

Mostrei todo o local detalhadamente para ela e a sala que ela ficaria, de frente para a minha.

Conversamos apenas sobre assuntos profissionais, então eu realmente não sabia naquele momento que Penny e Callie estavam ficando amigas.

Eu soube mais tarde, naquele mesmo dia.

Ao sair do trabalho, resolvi passar no hotel para fazer uma surpresa para a Callie, achei que seria bom para nós duas.

Eu queria tanto encontrar ela que no momento eu nem tava pensando tanto na gravidez, eu só precisava ver ela.

Quando cheguei no enorme saguão, me direcionei ao balcão e me apresentei, questionando o número do quarto que ela estava. Como muitos ali me conheciam, pelo menos de nome, não tive problemas em obter uma resposta.

- Srta. Robbins, ela está hospedada no quarto 502, mas permita-me dizer que está acompanhada. Uma moça subiu há algumas horas e ainda não desceu. Devo telefonar ou você irá subir direto?

Meu coração gelou. Não é possível que Callie esteja me traindo ou fazendo programa novamente. - tentei não pensar nessas coisas, principalmente na segunda, mas na hora do ódio é difícil policiar a mente.

Agradeci o recepcionista e disse que voltaria depois.

Liguei para a Callie um milhão de vezes e ela não me atendia. Mandei mensagens e nenhuma resposta também.

Voltei para o trabalho, pois não tinha condições de dirigir naquele momento e lá era o local mais próximo possível para eu ir andando.

Após um tempo, meu celular vibrou, era mensagem dela.

Esperei alguns segundos, respirando fundo para não xingá-la de todos os nomes que eu estava pensando.

Abri a mensagem:

"Não é nada do que você está pensando, vem aqui para a gente conversar. Te amo." 

Levantei muito rápido e fui até lá novamente. Eu precisava olhar na cara dela e ver exatamente o que estava acontecendo.

Fui liberada imediatamente para subir e bati forte na porta de seu quarto.

Callie abriu a porta com um sorriso no rosto.

- Amor! - ela exclamou ainda sorrindo.

- Amor???? Como você pode vir com esse cinismo para cima de mim trazendo alguém para a sua cama? - eu falava ofegante de tão brava.

- Era uma amiga, você conhece, é da revista.

- Pizza e cama desarrumada. Como você tem coragem? Depois de tudo que eu fiz por você, depois de tudo que eu faço para você. - eu gritava mais do que eu deveria.

Fui interrompida com um beijo.

Callie empurrou forte meu corpo contra a parede. Dei um leve gemido de dor e prazer.

- Isso é para você aprender a nunca mais falar besteiras desse tipo. - ela sussurrou no meu ouvido. - Eu sou sua até você não querer mais que eu seja.

Cravei minha unha em suas costas. Ela sabia como me tirar do sério.

- Fica aqui comigo, Arizona. Fica comigo essa noite, amanhã a gente inventa de ser racional e ter uma conversa séria.

Eu sentia o desejo em seus olhos, apenas consenti com a cabeça e envolvi minhas pernas em sua cintura.

Callie me jogou na cama.

- Você não vai se arrepender de ter vindo aqui.

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