Capítulo 20

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Victor narrando

Depois que minha filha nasceu, a médica deixou que eu a pegasse no colo.

- Valentina, eu sou seu papai. - falo com ela.

A sensação que estou sentindo é inexplicável. Nunca pensei que ser pai fosse ser tão bom.

Depois de segurá-la no colo por pouco tempo, a enfermeira se aproxima.

- Precisamos registrar seus dados. - ela pega a Valentina do meu colo. - se tudo der certo, ela estará no quarto da mamãe daqui a pouco.

Depois do parto ser realizado, os médicos terminaram a operação e levaram a Anna para o quarto.

- Ela acordará amanhã. - a doutora fala. - caso acorde antes, me chame.

- Onde está minha filha ? - pergunto já que não trouxeram Valentina para o quarto.

- Achamos melhor ela ficar na encubadora esta noite.

- Ela está bem ? - pergunto preocupado.

- Está sim, nós vamos apenas observá-la, se ela não demonstrar nenhum fator preocupante amanhã mesmo a traremos para o quarto.

- Ok, obrigada. - falo e ela sai.

Fico ali um tempo com a Anna, até que resolvo ir ver minha filha, nem que seja de longe.

Chego na área em que ela está e a vejo através de um vidro que separa nós dois.

Ela é tão linda ! Valentina é a minha cara, não tem como negar que ela é minha filha. Espero que sua personalidade seja igual a da Anna, não quero que ela seja igual a mim.

- Eu prometo te dar tudo. - sussuro.

- Parabéns papai. - Dylan fala com um buquê na mão.

- Como soube que estava aqui ? - nos cumprimentamos.

- Não se fala de outra coisa na máfia. Todos querem conhecer a herdeira do grande Victor Ferrara. - fala e abre um sorriso. - qual desses bebês é ela ? - aponto em sua direção. - ela é a sua cara. - sorrio igual um idiota por seu comentário. - como Anna está ?

- A médica disse que ela acordará amanhã.

- Vamos tomar um café na cantina do hospital. - ele me chama e aceito.

Fiquei algum tempo conversando com meu irmão, até que subo para o quarto da Anna e como ela ainda permanece dormindo, resolvo me acomodar no sofá e dormi também.

Anna narrando

Abro meus olhos aos poucos por causa da claridade. Olho para o lado e encontro Victor dormindo. Coloco a mão na minha barriga preocupada com minha filha e percebo que minha barriga sumiu.

- Meu Deus ! - falo assustada.

Tento lembrar de algo da noite passada, mas nada vem a minha mente. Não consigo lembrar nem sequer a forma que saí daquele banheiro.

- Bom dia mamãe. - a enfermeira e a médica entram no quarto com um berço de maternidade.

- Minha filha está aí ? - pergunto.

- Está. - ela se aproxima.

Não consigo segurar as lágrimas. Valentina é linda. Ela é exatamente como imaginava. No meio de tanta desgraça, ela chegou para me dar forças. Agora eu tenho porque e por quem lutar.

- Posso segurá-la ? - pergunto em meio às lágrimas.

A enfermeira me entrega a criança, no início fico meio que sem jeito para pegá-la, mas depois que recebo ajuda, consigo pegá-la da forma correta.

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