Victor narrando
Depois que minha filha nasceu, a médica deixou que eu a pegasse no colo.
- Valentina, eu sou seu papai. - falo com ela.
A sensação que estou sentindo é inexplicável. Nunca pensei que ser pai fosse ser tão bom.
Depois de segurá-la no colo por pouco tempo, a enfermeira se aproxima.
- Precisamos registrar seus dados. - ela pega a Valentina do meu colo. - se tudo der certo, ela estará no quarto da mamãe daqui a pouco.
Depois do parto ser realizado, os médicos terminaram a operação e levaram a Anna para o quarto.
- Ela acordará amanhã. - a doutora fala. - caso acorde antes, me chame.
- Onde está minha filha ? - pergunto já que não trouxeram Valentina para o quarto.
- Achamos melhor ela ficar na encubadora esta noite.
- Ela está bem ? - pergunto preocupado.
- Está sim, nós vamos apenas observá-la, se ela não demonstrar nenhum fator preocupante amanhã mesmo a traremos para o quarto.
- Ok, obrigada. - falo e ela sai.
Fico ali um tempo com a Anna, até que resolvo ir ver minha filha, nem que seja de longe.
Chego na área em que ela está e a vejo através de um vidro que separa nós dois.
Ela é tão linda ! Valentina é a minha cara, não tem como negar que ela é minha filha. Espero que sua personalidade seja igual a da Anna, não quero que ela seja igual a mim.
- Eu prometo te dar tudo. - sussuro.
- Parabéns papai. - Dylan fala com um buquê na mão.
- Como soube que estava aqui ? - nos cumprimentamos.
- Não se fala de outra coisa na máfia. Todos querem conhecer a herdeira do grande Victor Ferrara. - fala e abre um sorriso. - qual desses bebês é ela ? - aponto em sua direção. - ela é a sua cara. - sorrio igual um idiota por seu comentário. - como Anna está ?
- A médica disse que ela acordará amanhã.
- Vamos tomar um café na cantina do hospital. - ele me chama e aceito.
Fiquei algum tempo conversando com meu irmão, até que subo para o quarto da Anna e como ela ainda permanece dormindo, resolvo me acomodar no sofá e dormi também.
Anna narrando
Abro meus olhos aos poucos por causa da claridade. Olho para o lado e encontro Victor dormindo. Coloco a mão na minha barriga preocupada com minha filha e percebo que minha barriga sumiu.
- Meu Deus ! - falo assustada.
Tento lembrar de algo da noite passada, mas nada vem a minha mente. Não consigo lembrar nem sequer a forma que saí daquele banheiro.
- Bom dia mamãe. - a enfermeira e a médica entram no quarto com um berço de maternidade.
- Minha filha está aí ? - pergunto.
- Está. - ela se aproxima.
Não consigo segurar as lágrimas. Valentina é linda. Ela é exatamente como imaginava. No meio de tanta desgraça, ela chegou para me dar forças. Agora eu tenho porque e por quem lutar.
- Posso segurá-la ? - pergunto em meio às lágrimas.
A enfermeira me entrega a criança, no início fico meio que sem jeito para pegá-la, mas depois que recebo ajuda, consigo pegá-la da forma correta.
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Máfia Francesa
RomantizmAnna Cooper viveu sua vida inteira com restrições, seus pais nunca a deixavam sair de casa ou fazer amigos, eles alegavam que as pessoas de fora eram maus e a machucariam. Quando completou 18 anos com a ajuda de uma das empregadas e do motorista da...