Anna Cooper viveu sua vida inteira com restrições, seus pais nunca a deixavam sair de casa ou fazer amigos, eles alegavam que as pessoas de fora eram maus e a machucariam. Quando completou 18 anos com a ajuda de uma das empregadas e do motorista da...
Merda! Merda! Merda! Eu preciso sair daqui sem que Victor me veja, mas como ?
- Anna. - Enrico me chama. - está tudo bem ?
A única pessoa que pode me ajuda é esse homem que está ao meu lado.
- Preciso sair daqui.
- O que houve ?
- Só me tira daqui Enrico. - peço desesperada.
Ele chama o garçom, paga a conta, se levanta e pega Angelina no colo. Percebo que Victor está sentado em uma mesa que possui uma visão ampla do restaurante, por isso levanto, passo a mão pela cintura do Enrico e apoio minha cabeça no seu peitoral, que está muito bem malhado por sinal.
Depois de alguns segundos de tensão, finalmente saímos do restaurante e consigo respirar aliviada.
- O que aconteceu lá dentro ? - Enrico pergunta assim que entramos no carro.
- Não foi nada, apenas me senti desconfortável. - acabo mentindo pois não sei se posso confiar nele.
- Eu sei que não foi isso, mas vou respeitar sua decisão de não me contar. - ele começa a dirigir.
- Titio podemos ir no porquinho ? - Angelina pergunta no meio do caminho.
- Podemos meu amor.
- Ebaaa. - Angelina comemora.
Chegamos na pracinha e Angelina foi correndo para o parquinho, que já estava cheio de crianças. Eu e Enrico sentamos em um banquinho de frente para o parque.
- Não quer mesmo me contar o que aconteceu mais cedo ?
- Não sei se irá adiantar.
- Pode confiar em mim. - sinto confiança ao ouvir essa frase.
- É uma longa história.
- Angelina ficará brincando por um bom tempo. - rimos.
- Desde pequena passei minha vida toda trancada dentro de casa. Nunca tive amigos, somente meu pai e minha mãe. Quando completei 18 anos, minha AMA e meu motorista me ajudaram a sair de casa escondida. - respiro fundo. - naquele dia conhecia uma parte da cidade onde morava e fui muito feliz por algumas horas. Quando voltei descobri que minha casa tinha sido invadida, na hora foi tudo muito rápido e por isso as duas pessoas que me ajudaram acabaram morrendo baleadas. - começo a chorar.
- Fique tranquila. - ele me abraça.
- Os capangas da máfia me levaram pata dentro e vi meu pai e minha mãe sofrerem, mas isso não foi tudo. Quando pensei que eles fossem embora, o dono da máfia, Victor, me estrupou e tirou minha virgindade. - choro.
- Não precisa continuar se não quiser Anna.
- Não satisfeito Victor me levou para sua casa e me transformou em sua esposa e escrava sexual. Eu tentei dar uma chance e aceitar a minha realidade, mas descobri que ele estava me traindo com uma das empregadas daquela casa. - choro ainda mais. - Christopher me ajudou a fugir e foi quando descobri que estava grávida da Valentina. Tentei ser feliz ao lado do Christopher, mas Victor me achou, me levou de volta e o Chris acabou morrendo.
- Você não teve culpa.
- Fui eu que o matei. - desabafo. - eu não tive escolha Enrico. - desabo a chorar e ele me abraça ainda mais forte.
- Depois disso desenvolvi síndrome do pânico e passei a lutar contra isso minha gravidez toda. Depois que Valentina nasceu ganhei um motivo para sobreviver. - choro ainda mais.
- Pode resumir se sentir melhor.
- No último mês Victor decidiu me deixar morar em outro lugar e fazer uma faculdade, só que ele não sabe que estou trabalhando e se ele descobri minha vida voltará a ser um inferno. - ele acaricia meu cabelo tentando me acalmar.
- Não se preocupe com isso Anna, você pode contar comigo para o que precisar. Eu não sou um mafioso, mas tenho muito poder.
- Obrigada Enrico, mas não quero envolver pessoas inocentes nisso. Você é a única pessoa que a Angelina tem, não posso tirar isso dela. - saio do seu abraço.
- Tenho certeza que Angelina também irá querer te proteger. - ele me faz sorrir com seu comentário. - Anna nós dois te conhecemos a pouco tempo, mas você já é importante para nós.
- Não fale isso.
- Angelina nunca se deu bem com nenhuma de suas babás, você foi a única.
- Eu fico feliz que ela goste de mim.
- Ela não é a única que gosta. - sorri e olha nos meus olhos.
Ficamos por algumas horas ali, até que Angelina disse que estava cansada e pediu para ir embora. Chegamos em casa e ela estava completamente apagada. Enrico a levou para o quarto e a colocou na cama.
- Daqui a pouco ela acorda.
- Também acho. - comento.
- Se quiser aproveitar seu tempo livre a piscina está livre, aproveite para relaxar. - fala.
- Obrigada. - agradeço.
- Irei trabalhar. Não se esqueça que vamos embora amanhã, aproveite seu último dia. - ele sai.
Já estava no final da tarde, Angelina estava dormindo e eu não tinha nada para fazer, por isso acabo indo para a piscina como Enrico sugeriu.
Visto meu biquíni e desço para a piscina.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Sem pensar duas vezes me jogo na piscina e sinto meu corpo relaxar imediatamente. A vista que tem aqui é maravilhosa, pois a piscina ficam de frente para o mar e o pôr do sol. Paro na borda e fico observando o Sol ir embora.
- Isso é lindo. - falo alto.
O barulho do mar e essa vista fazem eu me sentir confortável. Eu estou super relaxada com essa imagem quando sinto alguém me abraçar por trás. Posso me afastar e ir para longe, mas esse momento está tão bom.
- Não saia. - ele encosta o queixa em meu ombro, sinto sua respiração e aquilo faz me corpo inteiro arrepiar.
Anna tenha juízo! Não perca a cabeça! Minha mente está passando por uma batalha interna, mas não irei fazer nada, não quero me machucar ainda mais. Vai ver Enrico está apenas me testando.
- Essa paisagem é linda. - falo qualquer coisa para distrair meus pensamentos.
- Você é muito mais. - sussura em meu ouvido.
Senhor amado me dá forças porque sua filha está fraca demais.
- Não exagere Enrico. - falo rindo.
Ele me vira de frente para ele ainda me abraçando e diz :
- Não estou exagerando Anna. - olha em meus olhos e percebo que a química que temos é inegável.
- Acho melhor entrar. - falo tentando me afastar, mas ele me puxa novamente.