Anna narrando
Ele me beija. Nossa ! Que beijo é esse ? Enrico sabe perfeitamente como beijar uma mulher. Depois de um tempo paramos o beijo por falta de ar e ficamos nos encarando.
- Vai ficar me olhando ? - pergunto vermelha de vergonha pelo que aconteceu.
- Estou admirando a mulher dos meus sonhos. - mais romântico e brega impossível.
- Aposto que isso é uma frase pronta. - falo rindo tentando disfarçar minha vergonha.
- A frase pode até ser, mas o que disse é real. - olha no fundo dos meus olhos.
- Pare de me encarar. - jogo água em seu rosto para que ele pare de me olhar.
- Está com vergonha de mim ? - concordo. - por que nos beijamos ? - pergunta rindo e concordo novamente. - não finja santidade, esse não é seu primeiro beijo, até filha você já tem. - sinto o sarcasmo na sua voz.
Isso é verdade, mas Enrico não sabe 1 % do que passei na minha vida, por isso ele não tem direito nenhum de falar da minha vida.
- Acho que o senhor deve ter me confundido com alguma de suas amantes. - ele levanta a sobrancelha sem entender. - não é porque já beijei e transei que faço isso com naturalidade. Você não sabe nada sobre mim, por isso limite-se a falar do meu trabalho como babá da Angelina. - falo friamente e saio do mar.
- Anna. - Angelina volta correndo com Laura. - Você estava no mar ?
- Sim.
- Quero ir com você.
Se fosse em outra ocasião eu recusaria, mas meu trabalho é cuidar e estar perto da Angelina. Entramos no mar e ao ver Enrico, a menina ficou eufórica e nem sequer se preocupa comigo, por isso volto para a areia e fico ali pensando no que acabou de acontecer. Será que ele vai me demitir ?
Passamos a tarde toda na praia, quando vimos o pôr do sol chegar voltamos para casa.
- Hoje eu quero fazer uma festa do pijama com você Anna. - Angelina fala.
- Então faremos uma festa do pijama. - ela comemora.
- Também posso participar ? - Enrico pergunta.
- Pode titio.
Chegamos na casa e fui direto dar um banho na Angelina. Depois de dar banho nela, a deixo com a Laura e vou para o meu quarto tomar banho. Tomo meu banho, coloco um conjunto de moletom que eu trouxe já que uma ilha pode ser bem fria.
- Cadê Angelina ? - pergunto assim que chego na sala e não a encontro.
- Ela jantou e acabou pegando no sono. - Laura fala.
- Ah tudo bem. Estou subindo para o meu quarto então.
- Espere um pouco. - Enrico fala chegando na sala. - traga uma garrafa de vinho e nos deixe a sós Laura. - ela obedece e sai para buscar a garrafa.
- Não estou afim de beber. - falo grosseiramente. O que Enrico me falou mais cedo me magoou.
- Me desculpe por mais cedo Anna. - ele fala. - estava apenas a testando. - o olho sem entender. - você não tem ideia de quantas mulheres se aproximam de mim apenas pelo meu dinheiro e posição social.
- Eu não tenho nada haver com isso Enrico. Não fui eu que te beijei.
- Mas me seduziu. - o olho sem entender e Laura chega com a garrafa de vinho e duas taças. - beba comigo. - ele abre a garrafa e despeja o líquido nas taças.
- Tudo bem. - me dou por vencida. - mas tomarei apenas uma taça.
- Tudo bem. - ele pega a minha mão. - vamos para a varanda.
Sentamos no chão da varanda e ficamos observando aquela paisagem.
- Você é diferente. - Enrico fala.
- Por que ?
- Não sei, mas toda vez que você está por perto sinto uma paz que nunca senti.
- Isso é bom então. - bebo o vinho de uma vez só.
- Você não tem noção do quanto é difícil ter autocontrole com você por perto. - acaricia meu cabelo.
- Enrico eu sou apenas a babá da Angelina.
- Se quiser pode ser minha esposa também. - ao ouvir essa frase lembro que ainda sou casada com Victor e por isso fico triste. - o que foi ? Não me acha bonito suficiente ?
- Não é isso. - coloco mais vinho na minha taça. - só não tenho boas lembranças do sagrado matrimônio. - deixo uma lágrima escorrer.
- Você já deve ter sofrido muito.
- Como sabe ?
- Observei mais cedo na praia que seus pulsos possuem marcas de corte. Você já tentou se matar.
- Você é bem observador.
- Apenas com o que me interesso. Mas por fez isso ?
- A dor que sentia naquela época era maior do que qualquer felicidade que havia sentido. - choro.
- Não fique assim, não deixarei que você sofra mais.
- Enrico não tente me proteger, outras pessoas tentaram e nem aqui estão mais.
- Você não tem noção do meu poder Anna.
- Você é um mafioso ?
- Por que a pergunta ? - fica na defensiva.
- Porque a pessoa que me fez sofrer é um. - choro ainda mais. - a única coisa boa que tive na vida foi a minha filha. É por ela que ainda estou viva. - ele me abraça.
- Me dê apenas uma chance de te fazer feliz. - ele pede, mas não posso permitir que Victor faça o que fez com Enrico o que fez com Christopher.
- Enrico não estou pronta para ter nada com ninguém agora. - me afasto.
- Eu sei que você me deseja Anna. - ele não mentiu.
- Nem tudo que desejamos podemos ter.
- Você pode me ter. - ele tira a própria camisa me mostrando seu peitoral perfeito. - vamos fazer o seguinte. - ele se aproxima novamente. - iremos dormir juntos hoje e assim nos render ao desejo que nós dois estamos sentindo.
- Enrico...
- Prometo que se você não quiser mais nada depois de hoje não irei forçá-la. - ele aproxima nossos lábios.
- Enrico não sei se isso é certo.
- Não existe certo ou errado no desejo. - ele beija meu pescoço. - seu corpo pede pelo meu, assim como o meu corpo pede pelo seu. - ele lambe o lóbulo daninha orelha. - renda-se a isso só por uma noite.
- Não sou mulher de uma noite.
- Então seja a mulher da minha vida. - sussura no meu ouvido e me beija.
Começamos a nos beijar e o tesão que sentimos um pelo outro é inegável. Paramos o beijo por falta de ar e Enrico pergunta :
- Aceita se entregar a luxúria por uma noite ?
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Capítulo liberado mesmo sem bater a meta de estrelinhas porque vocês arrasaram nos comentários e fizeram eu querer escrever mais ainda. Bom domingo meus amores !
Meta para o próximo capítulo :
7 estrelinhas e 8 comentários
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Máfia Francesa
RomanceAnna Cooper viveu sua vida inteira com restrições, seus pais nunca a deixavam sair de casa ou fazer amigos, eles alegavam que as pessoas de fora eram maus e a machucariam. Quando completou 18 anos com a ajuda de uma das empregadas e do motorista da...