Victor narrando
Já estou aqui parado a um bom tempo e nada desse filho da puta ainda.
- Será que ele vem mesmo patrão ? - um dos meus homens pergunta.
- É claro que ele vem.
Não demora muito, o covarde chega acompanhado de seus homens.
- O covarde finalmente deu as caras. - falo assim que vejo o desgraçado.
- Me chame pelo meu nome, Enrico. - ele sorri. - pelo que vejo você veio bem preparado. - olha em volta e avista todos os meus homens.
- Não sou o único.
- Acho que podemos deixar as formalidades de lado. - ele aponta a arma para mim e ao mesmo tempo meus homens também miram suas armas nele.
- Ainda está chateado por sua irmã ? - o provoco.
- CALE A BOCA. - ele respira fundo. - acho que está na hora de resolvermos isso como homens. Sem armas ou homens em volta. - ele abaixa a arma e começa a arrumar a manga da sua camisa.
- Tanto faz, de qualquer forma você já está morto.
- É o veremos.
Nós dois damos ordens para que nossos homens não interfiram e então começamos a lutar.
Anna narrando
Assim que Enrico saiu o meu coração começou a apertar de uma forma que nunca senti antes.
Eu estou com medo, medo de perdê-lo. Nunca, desde os meus 18 anos eu havia passado meses tão tranquilos.
Quando Victor me concedeu a suposta liberdade, eu nunca imaginei que conheceria a Angelina e através dela o Enrico. No início eu tentei resistir, mas acho que desde o início sempre estivemos destinados a nós encontrar.
Tudo o que vivi nesse curto tempo foi tão intenso, calmo e lindo. Eu aprendi a amá-lo. Aprendi que relacionamentos não precisam ser rodeados de inseguranças, traições e violência. Relacionamentos podem ser tranquilos, fiéis e calmos.
Ele me ensinou o que é o amor, já que até então eu achava que sabia o que era.
Hoje eu lamento não poder viver uma vida de novela ao lado dele, da minha filha e da Angelina. Mas sou grata por tudo que vivi nesse tempinho que pude passar junto a eles.
É por esse amor que não posso deixar que ele seja igual o Victor. É por esse amor que estou disposta a me sacrificar, afinal, a raiz do problema sou eu.
Depois de tanto pensar eu finalmente tomo coragem, para ir para onde os dois estão.
O que vai acontecer ? Eu não sei, para ser sincera, eu estou morrendo de medo, mas não vou deixar que isso me pare. Vou fazer isso pela nossa família.
Vocês devem estar se perguntando como eu sei onde eles estão. Na semana passada eu entrei no escritório do Enrico e o computador estava aberto em cima da mesa, nele estava informações sobre o local.
Depois de despistar todos os empregados, pego a chave do carro e saio voada. Espero que não seja tarde.
Enrico narrando
- Isso é pela Anastácia, pela Anna e tantas outras mulheres que você fez sofrer. - falo enquanto distribuo socos pelo seu corpo.
- CALE A BOCA. - ele acerta um soco na minha barriga. - eu fiz um favor em matar sua irmã. Acha que ela daria certo nos negócios ? Aquela mulherzinha sempre metia o nariz onde não devia. - ele continua me socando. - eu fiz o que ninguém teve coragem de fazer.
Já estamos brigando a um bom tempo e mesmo exaustos, não nos entregamos. É hoje que terei minha vingança.
Ao ouvir ele falar isso da minha irmã, meu sangue começa a ferver e sinto o gás que preciso para acabar com isso agora.
Começo a socá-lo sem dó, eu estou descontando toda a minha raiva. Eu estava a um passo de concluir a minha vingança.
- NÃO FAZ ISSO ENRICO ! POR FAVOR ! - Anna gritava descontroladamente enquanto chorava. - VOCÊ NÃO É COMO ELE.
Ouvir essa voz foi o que me fez perceber que não vale a pena sujar minhas mãos com o Victor.
Levanto do chão com dificuldade :
- Agradeça a ela por salvar sua vida. - cuspo em seu rosto.
Caminho até a Anna lentamente, já que estou sem forças. Quando estava chegando, Anna se jogou em meus braços, como estava fraco acabei caindo e foi nessa hora que ouvi o disparo.
- Você está bem ? - ela pergunta.
- O que você fez Anna ? - a coloco deitada no chão e percebo que ela foi baleada. - CHAMEM UMA AMBULÂNCIA ! AGORA ! - grito.
- Calma. - ela pega minha mão. - não precisa ficar nervoso, agora tudo vai ficar bem. - uma lágrima escorre dos seus olhos.
- Por que você veio até aqui ?
- Eu sabia que se não viesse você faria uma besteira. - fala com dificuldade. - por isso vim, porque o motivo do problema sempre foi eu. - ela sorri. - eu amei viver ao seu lado, mesmo que por pouco tempo.
- Não fala mais nada. A ambulância já está chegando. - tento controlar as lágrimas.
- Promete que vai cuidar das meninas.
- Nós vamos cuidar delas juntos. - choro ainda mais. - você vai sobreviver.
- Eu amo você Enrico. - ela fecha os olhos e então meu mundo desaba.
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Meta para o próximo capítulo :
20 estrelinhas e 35 comentários
Aguentaaaa coração. Que final foi esse em minha gente ?! O que será que vem por aí ?
Estamos chegando no fim dessa história maravilhosa e já quero agradecer a todos que acompanharam.
Comentem muitoooo e votem muitooo também, assim o último capítulo vai sair mais rápido.
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Máfia Francesa
RomanceAnna Cooper viveu sua vida inteira com restrições, seus pais nunca a deixavam sair de casa ou fazer amigos, eles alegavam que as pessoas de fora eram maus e a machucariam. Quando completou 18 anos com a ajuda de uma das empregadas e do motorista da...