Victor narrando
- LEVEM-NA PARA O HOSPITAL AGORA ! - grito para os meus homens.
- NÃO! - Enrico a pega no colo e leva até seu carro. - eu vou levá-la.
- Ela é minha esposa !
- ELA ESTÁ MORRENDO ! - a coloca dentro do carro. - não é hora para isso. Se quiser pode ir seguindo o carro. - ele entra e o carro começa a andar.
É claro que não perco tempo e o sigo com um dos meus carros.
- Meu Deus o que eu fiz ? - tento manter a calma.
Se algo acontecer com a Anna eu nunca irei me perdoar, ela e Valentina são tudo que eu tenho. Eu as amo.
Depois de longos minutos finalmente chegamos no hospital. Ela foi levada para a cirurgia e agora, 5 horas depois ainda não temos uma resposta.
- Parentes da paciente Anna Cooper. - o doutor chama assim que entra na sala de espera.
- Aqui doutor. - eu e o merdinha do Enrico falamos juntos.
- Como ela está ? - Enrico pergunta.
- A situação é bem delicada. Por sorte a bala não atingiu nenhum órgão e foi de fácil remoção. - ele respira fundo. - conseguimos impedir o aborto espontâneo, mas a paciente precisa de uma transfusão sanguínea o mais rápido possível, do contrário ela e o bebê correm sérios riscos.
Minha esposa está grávida ?
- Ela está grávida doutor ? - Enrico se adianta.
- Sim, por sorte nossa obstreta está de plantão e dará a atenção necessária ao caso. A única coisa que pedimos é que arranjem um doador o mais rápido possível.
- Qual o tipo sanguíneo dela ? - pergunto.
- O negativo.
- Esse não é meu tipo sanguíneo. - falo.
- É o meu. - Enrico fala.
- Vou encaminhá-lo para sala de doações.
- Eu posso vê-la doutor ? - pergunto.
- Pode, ela está no 35° andar, quarto 3.333.
Saio dali e deixo o doutor com o Enrico. Chego no quarto e ela ainda está dormindo.
- Você está grávida. - coloco a mão levemente em sua barriga. - essa criança é minha né ?!
Por mais que ela sinta raiva de mim, não acho que se entregaria tão facilmente a outro homem.
Enrico narrando
Um filho. Meu Deus, eu vou ser pai. Ao menos é o que acho.
Termino de fazer a doação de sangue e vou imediatamente para o quarto da Anna. Chego lá e para a minha surpresa ela já está acordada conversando com o Victor.
- Eu não sabia que estava grávida. - ela fala nervosa.
- O que você está fazendo ? - pergunto a ele. - ela está fraca. Pare de estressá-la.
Assim que falo essas palavras a enfermeira entra e começa a transfusão de sangue.
1 semana depois
- Eu não sabia dessa gravidez. - ela fala como se estivesse preocupada com o que eu penso.
- Tudo bem. - pego sua mão. - não precisa pensar nisso agora.
- Bom dia senhores. - a obstreta entra no quarto.
- Bom dia doutora. - respondemos.
O Victor não está aqui, ele foi para casa ontem a noite.
- Quanto tempo tem que estou grávida doutora ? - Anna pergunta.
- Pelos exames que fizemos ontem, a senhora está com 5 semanas de gestação. - Anna começa a chorar.
- O que houve meu amor ? - pergunto preocupado.
- Eu... - ela pede para a doutora nos deixar a sós.
- Começaremos o pré-natal assim que receber a alto do médico. - a médica fala e sai.
- Pode falar agora.
- Eu não sei quem é o pai dessa criança. - a olho sem entender. - nós transamos na viagem, mas acontece que na noite do leilão eu também tive relações com Victor. - ela chora desesperada.
- Anna. - faço com que ela olhe nos meus olhos. - eu não estava preparado para isso. - respiro fundo. - mas eu vou amar essa criança de qualquer jeito. - A tranquilizo. - pai e mãe é quem cria, quem está presente, quem ama. E eu vou ser tudo isso para esse bebê. - coloco a mão na sua barriga.
- Você é um anjo. - ela sorri. - não se importa mesmo com isso ?
- Não.
- Mas o que vou dizer para o Victor ? - nessa hora, ele entra no quarto.
- O que está acontecendo ? Por que está tão próximo a minha esposa ?
- O que vou falar ? - ela me olha pedindo uma resposta.
- Não posso te dizer o que fazer. - levanto da cadeira que estava sentado ao seu lado. - vou deixar vocês conversarem.
Anna narrando
- Como você está hoje ? - Victor pergunta.
- Bem.
- Por que está com cara de quem chorou ?
- A obstreta veio aqui.
- E o que ela disse ? Nosso filho está bem ?
- O que te faz acreditar que o filho é seu ? - ele fecha a cara. - antes de falar sobre isso, eu gostaria de comunicar que entrarei com o processo de divórcio.
- Você não tem essa opção Anna. Você é minha !
- Não sou de ninguém. - respiro fundo. - Victor olha bem onde eu estou. Você me colocou aqui. O que você sente não é amor, é obsessão.
- Eu não vou deixar você ir.
- Victor faça isso pela nossa filha, não quero que ela cresça vendo o pai maltratar a mãe.
- NÃO USE MINHA FILHA ! - ele grita.
- Estou falando a verdade. Pense sobre isso. - olho nos seus olhos. - esse filho é do Enrico. - falo friamente.
Dizer que existe a possibilidade de ele ser pai do meu segundo filho, é como voltar atrás e pedir que ele volte a me prender.
- O que ?
- Eu e Enrico estamos juntos e como não nos cuidamos... - acaricio minha barriga.
Victor está em estado de choque. Ele me olha como se tivesse cometido alta traição e merecesse a morte.
- Você foi capaz de me trair ?
- Victor não vamos guardar mágoas um do outro, vamos seguir em frente e ficar juntos por Valentina. - tento amenizar o clima pesado que está no quarto.
- EU NUNCA MAIS QUERO VER VOCÊ NA MINHA FRENTE ! - ele grita e me assusto. - foi só eu te dar um pouco de liberdade que você logo achou um homem. - ele respira fundo tentando controlar a raiva. - eu tentei te amar Anna, nesses últimos meses eu verdadeiramente tentei não ser controlador e obsessivo. Mas olha o que recebi em troca. - ele anda de um lado para o outro no quarto e vejo lágrimas escorrerem dos seus olhos. - você conseguiu o que tanto queria, eu vou lhe dar o divórcio. A única coisa que não abrirei mão é da minha filha. - ele sai do quarto e me deixa ali sozinha.
Ele realmente tentou me amar ? Será que agora eu fui a filha da puta ? Devo contar a verdade ?
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Quem vocês querem que seja o pai do bebê ?
Enrico ou VictorMeta para o próximo capítulo:
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Máfia Francesa
RomantizmAnna Cooper viveu sua vida inteira com restrições, seus pais nunca a deixavam sair de casa ou fazer amigos, eles alegavam que as pessoas de fora eram maus e a machucariam. Quando completou 18 anos com a ajuda de uma das empregadas e do motorista da...