Capítulo 43

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Victor narrando

- LEVEM-NA PARA O HOSPITAL AGORA ! - grito para os meus homens.

- NÃO! - Enrico a pega no colo e leva até seu carro. - eu vou levá-la.

- Ela é minha esposa !

- ELA ESTÁ MORRENDO ! - a coloca dentro do carro. - não é hora para isso. Se quiser pode ir seguindo o carro. - ele entra e o carro começa a andar.

É claro que não perco tempo e o sigo com um dos meus carros.

- Meu Deus o que eu fiz ? - tento manter a calma.

Se algo acontecer com a Anna eu nunca irei me perdoar, ela e Valentina são tudo que eu tenho. Eu as amo.

Depois de longos minutos finalmente chegamos no hospital. Ela foi levada para a cirurgia e agora, 5 horas depois ainda não temos uma resposta.

- Parentes da paciente Anna Cooper. - o doutor chama assim que entra na sala de espera.

- Aqui doutor. - eu e o merdinha do Enrico falamos juntos.

- Como ela está ? - Enrico pergunta.

- A situação é bem delicada. Por sorte a bala não atingiu nenhum órgão e foi de fácil remoção. - ele respira fundo. - conseguimos impedir o aborto espontâneo, mas a paciente precisa de uma transfusão sanguínea o mais rápido possível, do contrário ela e o bebê correm sérios riscos.

Minha esposa está grávida ?

- Ela está grávida doutor ? - Enrico se adianta.

- Sim, por sorte nossa obstreta está de plantão e dará a atenção necessária ao caso. A única coisa que pedimos é que arranjem um doador o mais rápido possível.

- Qual o tipo sanguíneo dela ? - pergunto.

- O negativo.

- Esse não é meu tipo sanguíneo. - falo.

- É o meu. - Enrico fala.

- Vou encaminhá-lo para sala de doações.

- Eu posso vê-la doutor ? - pergunto.

- Pode, ela está no 35° andar, quarto 3.333.

Saio dali e deixo o doutor com o Enrico. Chego no quarto e ela ainda está dormindo.

- Você está grávida. - coloco a mão levemente em sua barriga. - essa criança é minha né ?!

Por mais que ela sinta raiva de mim, não acho que se entregaria tão facilmente a outro homem.

Enrico narrando

Um filho. Meu Deus, eu vou ser pai. Ao menos é o que acho.

Termino de fazer a doação de sangue e vou imediatamente para o quarto da Anna. Chego lá e para a minha surpresa ela já está acordada conversando com o Victor.

- Eu não sabia que estava grávida. - ela fala nervosa.

- O que você está fazendo ? - pergunto a ele. - ela está fraca. Pare de estressá-la.

Assim que falo essas palavras a enfermeira entra e começa a transfusão de sangue.

1 semana depois

- Eu não sabia dessa gravidez. - ela fala como se estivesse preocupada com o que eu penso.

- Tudo bem. - pego sua mão. - não precisa pensar nisso agora.

- Bom dia senhores. - a obstreta entra no quarto.

- Bom dia doutora. - respondemos.

O Victor não está aqui, ele foi para casa ontem a noite.

- Quanto tempo tem que estou grávida doutora ? - Anna pergunta.

- Pelos exames que fizemos ontem, a senhora está com 5 semanas de gestação. - Anna começa a chorar.

- O que houve meu amor ? - pergunto preocupado.

- Eu... - ela pede para a doutora nos deixar a sós.

- Começaremos o pré-natal assim que receber a alto do médico. - a médica fala e sai.

- Pode falar agora.

- Eu não sei quem é o pai dessa criança. - a olho sem entender. - nós transamos na viagem, mas acontece que na noite do leilão eu também tive relações com Victor. - ela chora desesperada.

- Anna. - faço com que ela olhe nos meus olhos. - eu não estava preparado para isso. - respiro fundo. - mas eu vou amar essa criança de qualquer jeito. - A tranquilizo. - pai e mãe é quem cria, quem está presente, quem ama. E eu vou ser tudo isso para esse bebê. - coloco a mão na sua barriga.

- Você é um anjo. - ela sorri. - não se importa mesmo com isso ?

- Não.

- Mas o que vou dizer para o Victor ? - nessa hora, ele entra no quarto.

- O que está acontecendo ? Por que está tão próximo a minha esposa ?

- O que vou falar ? - ela me olha pedindo uma resposta.

- Não posso te dizer o que fazer. - levanto da cadeira que estava sentado ao seu lado. - vou deixar vocês conversarem.

Anna narrando

- Como você está hoje ? - Victor pergunta.

- Bem.

- Por que está com cara de quem chorou ?

- A obstreta veio aqui.

- E o que ela disse ? Nosso filho está bem ?

- O que te faz acreditar que o filho é seu ? - ele fecha a cara. - antes de falar sobre isso, eu gostaria de comunicar que entrarei com o processo de divórcio.

- Você não tem essa opção Anna. Você é minha !

- Não sou de ninguém. - respiro fundo. - Victor olha bem onde eu estou. Você me colocou aqui. O que você sente não é amor, é obsessão.

- Eu não vou deixar você ir.

- Victor faça isso pela nossa filha, não quero que ela cresça vendo o pai maltratar a mãe.

- NÃO USE MINHA FILHA ! - ele grita.

- Estou falando a verdade. Pense sobre isso. - olho nos seus olhos. - esse filho é do Enrico. - falo friamente.

Dizer que existe a possibilidade de ele ser pai do meu segundo filho, é como voltar atrás e pedir que ele volte a me prender.

- O que ?

- Eu e Enrico estamos juntos e como não nos cuidamos... - acaricio minha barriga.

Victor está em estado de choque. Ele me olha como se tivesse cometido alta traição e merecesse a morte.

- Você foi capaz de me trair ?

- Victor não vamos guardar mágoas um do outro, vamos seguir em frente e ficar juntos por Valentina. - tento amenizar o clima pesado que está no quarto.

- EU NUNCA MAIS QUERO VER VOCÊ NA MINHA FRENTE ! - ele grita e me assusto. - foi só eu te dar um pouco de liberdade que você logo achou um homem. - ele respira fundo tentando controlar a raiva. - eu tentei te amar Anna, nesses últimos meses eu verdadeiramente tentei não ser controlador e obsessivo. Mas olha o que recebi em troca. - ele anda de um lado para o outro no quarto e vejo lágrimas escorrerem dos seus olhos. - você conseguiu o que tanto queria, eu vou lhe dar o divórcio. A única coisa que não abrirei mão é da minha filha. - ele sai do quarto e me deixa ali sozinha.

Ele realmente tentou me amar ? Será que agora eu fui a filha da puta ? Devo contar a verdade ?

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Quem vocês querem que seja o pai do bebê ?
Enrico ou Victor

Meta para o próximo capítulo:

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