Capítulo 28

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Anna narrando

- Senhorita. - um homem que acredito ser o motorista pega minha mala e anda até o carro. - entre por favor. - ele abre a porta e entro no carro.

- Bom dia Anna. - Angelina fala animada do meu lado.

- Bom dia Angelina. - respondo-a com a mesma animação.

Enrico estava sentado no outro lado mexendo em seu tablet, e como não me cumprimentou, também não o cumprimentei.

- Você sabe aonde estamos indo ? - Angelina pergunta para Enrico que mantém sua atenção no aparelho eletrônico.

- Senhor Enrico. - tento chamar sua atenção e para a minha felicidade consigo.

- Pois não. - frio como sempre.

- Angelina está falando com o senhor.

- O que deseja Angelina ? - ele desliga o tablet e direciona sua atenção para a garota.

- Para onde estamos indo titio ?

- Isso é segredo minha princesa. - responde com um sorriso no rosto.

- Chegamos. - o motorista fala.

Saio do carro e vejo que estamos no aeroporto.

- Vamos sair do país ?

- Não. - responde e sai andando de mãos dadas com Angelina.

Eu juro que estou tentando me controlar, mas está sendo impossível. Enrico é um ser extremamente arrogante, estou aqui correndo o risco de ser pega por Victor e mesmo assim sou tratada dessa forma. Sorte dele que trouxe meu passaporte.

Depois de passar por todos os procedimentos, entramos juntos no jatinho particular. Meu Deus ! Isso é muito luxo. Chega ser mais luxuoso do que o do Victor.

- Tem medo de altura ? - ele pergunta.

- Se tivesse não adiantaria muita coisa. - falo sarcástica.

- Fique tranquila, nada vai acontecer. - Angelina fala pegando em minha mão e sorrio com sua atitude.

- Você é muito corajosa.

- Obrigada.

O avião decolou e pouco tempo depois Angelina pegou no sono.

- Quer ? - me oferece uma taça de vinho.

- Estou trabalhando.

- Seu chefe a libera. - me entrega a taça e dou um gole imediatamente.

- Para onde estamos indo ?

- Já disse que é surpresa. - pisca.

- Não gosto de surpresas.

- Não fazemos só o que gostamos. - Bebe um gole de seu vinho. - mas não se preocupe, dessa vez você irá gostar.

- Não sei se devo confiar em você. - falo suspeita.

- É um direito seu. - se ajeita na poltrona e começa a ler um livro.

Esse homem tem a capacidade de mexer comigo, mas não posso me deixar abater, tenho que lembrar que sou casada e tenho uma filha. Com esses pensamentos acabo pegando no sono.

Acordo com Enrico me chamando :

- Anna.

- Oi. - me estico na poltrona e abro os olhos. - Chegamos ?

- Ainda não, falta mais uma etapa.

- Está pensando em me matar ? - me olha sem entender. - por que está me levando a um lugar tão longe assim ? - ele ri.

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