Capítulo 37

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Anna narrando

- Filha. - ela se afasta e tenta limpar as lágrima com as costas das suas mãos. - me perdoa.

Mesmo depois das duras palavras que ela me disse no dia do meu casamento eu nunca consegui odiá-la.

- Eu precisei tanto de você. - falo ainda chorando.

- Eu imagino querida. - ela me olha nos olhos. - eu prometo que não vou mais te abandonar. - ela pega minha mão, coloca em seu colo e a acaricia. - você cresceu tanto. - as lágrimas ainda escorrem pelo seu rosto. - temos muitas coisas para conversar.

- Por que nunca me contou nada ?

- Eu não queria que você estivesse envolvida nas coisas do seu pai. - explica. - eu nunca gostei do meio em que estávamos envolvidos, é por isso que não deixava você sair de casa.

- Agora eu consigo entender mãe.

- Me desculpa por não ter conseguido te proteger.

Meu Deus ! Em alguns minutos minha vida virou de cabeça para baixo. Tudo que eu venho evitando pensar, veio a tona e em no momento que eu não esperava.

- Filha. - minha mãe me chama.

- Eu vou respeitar seu tempo. - respira fundo. - mas saiba que estou aqui. - ela levanta. - agora vamos. Eles estão nos esperando para jantar.

Caminhamos juntas até a sala e não encontramos ninguém.

- Eles estão na brinquedoteca. - a empregada nos avisa.

Caminho até a brinquedoteca e assim que abro a porta vejo Enrico brincando com Angelina e Valentina. Os três estavam tão intertidos com a brincadeira que sequer perceberam minha presença ali.

Depois de tudo que descobri, não sei se seria correto continuar tendo algo com o Enrico, mas de uma coisa eu sei, agora estamos unidos pela dor da perda de pessoas que amamos.

- Anna. - Enrico fala meu nome ao meu ver. - vamos jantar ? - concordo.

Pego Valentina no colo, dou a mão para Angelina e vou para a sala de jantar.

Estávamos jantando enquanto conversávamos sobre coisas trivias, quando meu telefone toca.

Ligação On

- Alô ?

- Anna. - era Lurdes e ela estava sussurrando.

- Lurdes ?

- Não fala nada, só me escuta. - ela respira fundo. - o senhor Victor está aqui no apartamento, ele está furioso, venha para casa o mais rápido possível.

Ligação Off

- Preciso ir. - falo me retirando da sala de jantar junto com minha filha.

- O que houve ? - minha mãe pergunta.

- O Victor está no meu apartamento. Se eu demorar ele vai desconfiar de tudo.

- Você não pode voltar. É perigoso. E se ele te prender novamente. - minha mãe fala preocupada.

- Eu não tenho outra escolha mãe. Se eu não for ele irá mover céus e terra para me encontrar.

- Mas...

- Eu prometo que vai dar tudo certo.

- Deixa que te levo. - Enrico fala.

- Melhor não. - recuso a carona.

- Não vou te deixar em frente o prédio, fique tranquila. - ele fala e acabo aceitando a carona.

Victor narrando

Depois que Anna saiu da sala de tortura eu fiz questão de torturar aquela piranha o dia todo, afinal depois de tudo que ela fez com minha família, ela merece sofre até seu último suspiro de vida.

Eu poderia matar a vadia, mas eu quero que a Anna faça isso, por isso resolvi ir até o seu apartamento, assim, além de levá-la para a sala de tortura, eu posso aproveitar e ver minha filha.

No caminho para o apartamento da Anna, recebo fotos dela com outro homem.

- AQUELA PUTA ! - jogo o celular longe. - chame reforços para irmos buscar minha esposa. - falo com o motorista.

Chego no apartamento da minha esposa e para a minha total surpresa, ela não está.

- Onde ela foi ? - pergunto para a babá.

- Ela foi passear com a menina senhor.

É óbvio que essa mulher está mentindo, já é tarde da noite e Anna não sabe se virar sozinha, ela sempre viveu em uma bolha.

- A essa hora ? - pergunto com raiva.

- Sim. - dou um tapa em seu rosto pela mentira.

- Você sabe que eu posso te matar quando bem quiser não é ?! - dou mais um tapa e a velha acaba caindo no chão.

- Eu sei senhor. - ela começa a chorar. - juro que estou dizendo a verdade, jamais mentiria sobre algo assim.

Não respondo, apenas sento no sofá e fico aguardando minha querida esposa que está junto com minha filha.

Alguns minutos depois, ouço a porta sendo aberta, era ela, minha esposa.

- Onde você estava ? - pergunto calmo e olhando-a friamente.

- Eu resolvi passear um pouco. - essa vadia vai mesmo mentir para mim.

- Tire a Valentina daqui. - falo com a babá.

- Victor... - vejo o desespero em seu olhar.

- Tudo bem. - pego Valentina do seu colo, dou a criança para a babá e arrasto Anna pelo braço até o quarto. - vamos conversar aqui.

- Victor eu só saí para respirar ar fresco, se isso te incomoda, prometo que não irá acontecer novamente.

- Você acha que eu sou idiota ? - puxo seu cabelo.

- Não sei do que está falando ?

- Achou mesmo que eu não descobriria sobre seu amante. - dou um tapa na sua cara.

- O que você fez com ele ?

- Então é realmente verdade. - dou mais tapas em seu rosto e a jogo no chão. - VOCÊ É UMA PUTA ! - dou um chute em sua barriga. - eu tentei te dar liberdade, mas você não soube lidar com ela, por isso arrume suas coisas. Você vai voltar para a mansão.

Ela continua chorando parada no chão.

- ME OBEDEÇA PORRA! - ela ainda não se mexe, por isso a levanto pelo cabelo. - arrume suas coisas ou mato aquela velha agora mesmo.

- NÃO! POR FAVOR. - ela grita.

- Então faça o que estou mandando. - solto seu cabelo.

Depois de arrumar tudo, saio daquele apartamento com minha esposa e filha.

- Está tudo como combinado chefe. - um de meus homens fala abrindo a porta do carro para mim.

Entro no carro por último e finalmente começamos a ir para nossa casa.

- Espero que entenda que tudo que faço é porque você é minha. - falo com Anna que está encolhida no banco de trás chorando.

Estávamos seguindo o caminho perfeitamente, até que minha escolta é cercada por carros pretos. Não demora muito começo a ouvir os tiros.

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Meta para o próximo capítulo :

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