Anna narrando
1 semana depois
Falhei ! Falhei de novo ! A minha última chance para acabar com essa dor não deu certo.
Quando abri os olhos e me dei conta de que estava viva comecei a entrar em despero.
Só Deus sabe o que me espera naquela casa, porque sinceramente não sei como Victor irá me punir por ter tentado suicídio.
Nesses dias em que estou no hospital Victor tem ficado comigo. Ele não sai um minuto sequer do quarto, fica perguntando se estou bem.
- Anna o médico já assinou sua alta, vamos para casa de uma vez. - ele fala.
Eu o sigo em silêncio e lembdo dos dias tranquilhos que passei no hospital. Tudo bem que estamos falando de um hospital, mas acontece que ali dentro o Victor não podia fazer nada, por isso me sentia mais segura.
O motorista dele veio nos buscar e nos direcionou até a mansão onde todos os empregados nos esperavam anciosos e preocupados.
- Estão liberados. - curto e grosso.
- Vou subir para meu quarto. - ele concorda.
- Não se esqueça do que conversamos.
- concordo.Subo para meu quarto e lembro da proposta que me foi feita.
Flashback On
Estava no meu segundo dia no hospital. Ainda sentia algumas dores, mas nada muito grave.
- Precisamos conversar ! -Victor fala entrando no quarto.
- Fala.
- Tenho uma proposta para lhe fazer. - fico calada. - nós vamos nos casar no sábado.
- Pensei que fosse somente no mês que vem.
- Resolvi adiar. - ele respira fundo. - Vou ser bem direto com você.
- Estou esperando.
- Sua mãe ainda está viva e se encontra no galpão. Estou disposto a tirá-la de lá com uma única condição.
- Qual ?
- Que se torne uma noiva e esposa exemplar. Isso significa que vamos deixar nossas desavenças para o particular, mas perante a sociedade seremos um casa feliz que está apaixonado.
A proposta era boa não posso negar, tudo que mais quero é ter minha mãe do meu lado. Mas mesmo assim não consigo confiar nele, não depois de mandar mata meu pai.
Eu teria que pensar bastante e tentar raciocinar o que estava acontecendo ali perante mim.
- Então você deixaria que mim mãe morasse comigo ? - pergunto.
- Sim, mas como disse, em troca você se comportaria bem.
- Posso pensar ? - pergunto.
- Você tem até hoje a noite, porque amanhã casamos. - curto e grosso.
- Ok.
Flashback Off
Era uma boa proposta, mas não sei se quero que minha mãe presencie tudo que passo aqui dentro. Porém por outro lado a quero perto de mim, para descobrir como meu pai se envolveu com esse ser desprezível.
Não sabia se aceitaria ou não essa proposta maluca, mas de uma coisa eu podia ter certeza. Independentemente da minha resposta, Victor me obrigará a casar.
O dia passou sem muitas surpresas, já que fiquei trancada dentro daquele cômodo o dia inteiro.
Quando chegou a hora do jantar, fui para o banheiro, tomei um banho sem lavar meu cabelo, fiz um maquiagem levinha, um rabo de cavalo e para vestir escolhi um macacão laguinho que me fazia sentir confortável.
Não demorou muito e Olivia logo entra no quarto para me chamar :
- Senhora fico feliz que tenha se recuperado. - ela me abraça.
- Obrigada por ser minha amiga Olivia. - ela sorri.
- O senhor Victor está a esperando na sala de jantar. - concordo. - você vai mesmo casar amanhã ?
- Não tenho escolha ! - afirmo.
Saio daquele cômodo e caminho em passos largos para a sala de jantar.
- Fico feliz que tenha vindo ! - ele sorri.
- Não tive escolha. - falo seca.
Sento do seu lado e logo os garçons entram e servem nossa comida. O jantar foi feito em silêncio. Graças a Deus por isso !
- Qual é a sua resposta ? - ele fala.
Depois de pensar bastante, decidi que o melhor é :
- Eu aceito, mas gostaria de pedir que minha mãe não morasse aqui. - ele me olha sem entender. - não quero que ela veja o estado em que vivo e vou viver, por isso se possível peço que ela só apareça no casamento.
Ele leva as mãos para seu cabelo.
- Por mim está tudo bem. Será até melhor não ter minha querida sogra por perto, assim teria mais liberdade para te fuder. - me levanto da mesa. - não disse que podia ir embora.
- Preciso descansar para amanhã. - minto já que não vou conseguir dormir tão cedo e quero apenas me livrar dele.
- Não está se esquecendo de nada !?
- Não.
- Acho que está sim. - ele levanta e vem em minha direção. - meu beijo de boa noite. - beija meu pescoço e me esquivo. - não esqueça que a partir de agora tem que se comportar bem. Então para começar me beije.
- Preciso de um tempo Victor.
- Anna se você não me beijar nosso acordo será desfeito, e então sua mãe viverá naquele galpão para sempre. - uma lágrima escorre. - só estou te pedindo um beijo.
Respiro fundo e sem pensar muito o beijo. Era o meu primeiro beijo, como disse antes nunca tive muito contato com as pessoas, principalmente com os garotos, então esse era o primeiro beijo em que eu tomava a iniciativa, pois os outros foram apenas beijos roubados ou forçados, porém esse era diferente. No início não sabia o que fazer, mas aos poucos Victor foi me guiando e quando percebi o beijo estava bom. Pela primeira vez eu estava gostando daquela intimidade.
Depois de um tempo nos beijando, acabamos parando o beijo por falta de ar e então ele disse :
- Agora sim pode ir dormir. Boa noite meu anjo. - acaricia minha bochecha.
Não respondo nada, apenas viro e saio daquela sala.
Ainda não tinha entendido o ocorrido, minha cabeça ainda não havia assimilado o que foi aquele momento. Foi calmo, mas ao mesmo tempo foi intenso. Foi perfeito ! Victor pela primeira vez se comportou como um homem descente, mas não posso me deixar enganar. Ele não é uma boa pessoa e amanhã depois do casamento, irá fazer o que bem fazendo desde que me conheceu.
Antes de dormir tomei um banho, coloquei um pijama laguinho e confortável. Deitei na cama e fiquei pensando o que será de mim depois que me tornar sua esposa. Será que isso o fará me tratar melhor ? Ou será que vai continuar a mesma coisa ?
Isso não importava, o que mais quero é rever minha mãe e ter certeza de que não irá sofrer mais.
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No próximo capítulo teremos o casamento de Victor e Anna meninas.
Obrigada por lerem ! Não esqueçam de curtir e comentar !
Um beijo 😘
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Máfia Francesa
RomanceAnna Cooper viveu sua vida inteira com restrições, seus pais nunca a deixavam sair de casa ou fazer amigos, eles alegavam que as pessoas de fora eram maus e a machucariam. Quando completou 18 anos com a ajuda de uma das empregadas e do motorista da...