Capítulo 23

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Victor narrando

Minha vontade é de matar aquela puta imediatamente ! Ela esteve bem debaixo do meu nariz o tempo todo, e eu não fiz nada. Mas se ela pensa que irá mexer com a minha família, ela está muito enganada.

Deixo Anna sozinha e saio direto para o centro de operações, onde a máfia planeja seus planos.

- Minha filha foi sequestrada. - falo com Dylan quando o encontro.

- O que houve Victor ?

Faço uma reunião com meus homens, explico tudo e ordeno que monitores a cidade inteira se necessário.

Já são 23:30 e ainda não temos nenhuma notícia, Olivia simplesmente evaporou.

- Alguma notícia ? - pergunto pela última vez antes de ir para casa.

- Nada chefe. - um de meus homens fala.

Saio dali e vou direto para casa.

- Achou a Valentina ? - Anna me pergunta assim que entro no quarto.

- Não. - ela deixa uma lágrima cair e pega sua bolsa.

- Vamos. - a olho sem entender. - vamos para o local que o Olivia quer.

Não tinha como escolher entre minha esposa e minha filha. As duas eram importantes demais para mim, jamais faria nenhuma das duas sofrerem.

- Anna...

- VICTOR VOCÊ NUNCA FOI UM HOMEM BOM, NÃO TENTE SER ASSIM AGORA. - Anna grita.

- Tudo bem. - falo.

Saímos de casa e fomos direto para o endereço enviado por mensagem. O local que Olivia nos mandou ir, ficava bem afastado da cidade, por isso conseguimos chegar no horário certo.

- É aqui. - falo estacionando em um canto daquele lugar assombroso.

Descemos do carro, caminhamos mais para dentro e na mesma hora meu telefone toca.

Ligação On

- Chegaram no horário certinho, pensei que não fossem vir.

- Pare com isso por favor. - Anna implora.

- Só depois que você morrer. - Olivia rir. - agora é com você Victor, já sabe o que fazer. - ela desliga.

Ligação Off

Olho em volta tentando achá-la, mas não consigo enxergar nada que esteja longe devido a escuridão.

- Vamos Victor. - Anna fala fechando os olhos e ficando parada na minha frente.

Tiro a arma que estava guardada em minha cintura, aponto para Anna e atiro em sua barriga.

Para quem não sabe, desde pequeno meu pai adotivo me ensinou a atirar, por isso sabia os locais letais. Quando atirei na barriga da Anna, mirei na parte em que nenhum órgão pudesse ser atingido.

Anna cai do chão já desacordada e recebo a ligação.

Ligação On

- Alô.

- Victor achamos Olivia.  Temos autorização para atirar dela ? - Dylan fala do outro lado da linha.

- Sim, ok. Faça isso. - tento disfarçar já que não sei se Olivia está me ouvindo.

Ligação Off

- Parabéns Victor. - Olivia aparece na minha na minha frente. - agora seremos só nós dois. - ela aponta uma arma para a cabeça da Anna. - vou garantir que ela esteja morta.

Escuto um disparo e olho imediatamente para Anna. Não foi com ela, graças a Deus.

- Victor. - Olivia fala caindo no chão.

Ignoro essa puta, pego Anna no colo e coloco no carro.

- Victor. - Dylan fala aparecendo. - seus homens acharam a Valentina.

- Onde ela estava ?

- Estava em uma casa aqui por perto chorando, foi isso que nós ajudou. - ele fala.

- Dylan preciso que leve Anna e Olivia para o hospital, vou ficar e cuidar da minha filha. - ele concorda.

Não queria salvar Olivia, pelo contrário, quero dar a essa vagabunda uma morte digna de cinema.

Dylan sai com as duas no carro e logo depois um dos meus homens chegam com minha filha no colo.

- Meu amor. - a abraço.

- Papa. - ela fala.

Essa foi a primeira palavra que Valentina falou, papa.

- Eu te amo Valentina. - a abraço.

Meus homens me levam até minha casa, onde consigo cuidar da Valentina. Minha filha estava morrendo de fome e o pior, ela estava com um hematoma na perninha direita. Olivia irá sofrer até o último de seus dias.

- Prometo que vou te proteger de verdade. - falo com a Tina.

Depois de colocá-la para dormir, recebo um telefonema do Dylan.

Ligação On

- Oi Dylan. Como está a situação aí ?

- Olivia está mal, a bala atingiu alguns órgãos, ela está na mesa de cirurgia.

- E a Anna ?

- Está bem, a médica disse que por sorte a bala não atingiu nenhum órgão. Ela precisou de uma transfusão sangue, mas isso já foi resolvido.

- Ok, fique aí e me ligue se tiver mais notícias.

- Você não vai vim para cá ?

- Vou na hora do almoço, já que Valentina está descansando e não tenho ninguém com quem deixá-la.

- Ok. Boa noite.

Ligação Off

Depois de falar ao telefone com meu irmão, trago Valentina para dormir comigo, tomo um banho, coloco um conjunto de moletom que tenho e durmo junto da minha princesa.

Acordo com Valentina chorando, alimento-a e então voltamos a dormir.

Acordo mais tarde, dessa vez sem minha filha chorar. Olho no relógio e vejo que já são 12:30 hrs.

Levanto, preparo o mamar de Valentina, dou para ela, depois dou um banho em minha filha, escolho uma roupa bem bonita, deixo-a brincando dentro do berço e vou me arrumar rapidamente.

Me arrumo na velocidade da luz, pego minha filha, coloco-a no bebê conforto e vou para o hospital.

Chego lá sou recebido por Dylan que me fala onde Anna está.

Vou até seu quarto, entro e ela já está acordada comendo sua refeição.

- Você está bem ?

- Estou.

- Me des... - tento falar, mas essa não é uma palavra tão comum no meu vocabulário.

- Não precisa se desculpar, você fez o certo. O mais importante é que nossa filha está bem. Traga ela para mim. - ela pede.

Anna coloca a bandeija de lado, entrego Valentina para ela e as duas começam começam brincar.

Para ser sincero, nesses último meses eu tenho percebido que algo entre mim e a Anna mudou. Eu estou olhando-a de uma forma diferente, é como se toda vê que a visse meu rosto quisesse abrir um sorriso. Sei que fui e ainda sou muito cruel com ela, mas nunca me ensinaram a amar ninguém. Desde pequeno aprendi somente como machucar as pessoas.

Agora olhando-a, eu posso perceber que talvez a melhor coisa que eu posso fazer, é deixá-la livre.

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Meta para o próximo capítulo :

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