Yngrid
Trabalho a semana toda, ralo igual uma filha da puta, só tenho saído com a minha família ou com a Vivi, hoje eu resolvi sair com o MK, dar uma confiança pro homem.
Sou mãe, filha, mas também preciso exercer a função de mulher e é isso que eu tô me arrumando pra fazer.
Taquei uma roupa mais arrumadinha, Vivi falou que ele não é pão duro na hora de sair com mulher, então quero ir a altura do lugar que ele vá me levar.
Marquei de me encontrar o bofe um pouquinho distante de casa, tô bem velhinha pra ter fofoca envolvendo o meu nome.
Dei um beijo no Allanzinho, avisei minha mãe e saí, vim andando quietinha no beco, subi na moto e o bofe me deu o capacete, até aquela parte que mostra os olhos eu tapei, quero ser reconhecida não nem.
Grudei nele igual, o homem corre muito, coração até acelerou. Faço a mínima ideia de onde ele me trouxe, mas já vi que o lugar é diferenciado.
MK - Quer beber o que ?
Yngrid - Pode ser um chopp ? _ ele assentiu.
MK - Mestre!? _ chamou o rapaz com o dedo _ Trás dois chopp bem gelado fazendo o favor ?
Garçom - É pra já patrão!
Conversei muito com o bofe, rolou muita insinuação, vários beijos, pegada dele é daquelas que te deixa desnorteada, eê.
MK me contou poucas coisas da vida dele, descobri que o homem é dez anos mais velho que eu, esse é o motivo da Vivi chamar ele de velho, debochada que só, ninguém nem fala que pros dois só tem sete anos de diferença.
Te falar ? Não parece, dá é coça em muito novinho de vinte e dois, conservadíssimo ele.
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MK - Que isso Yngrid, vai vacilar ? _ me agarrou pela bunda.
Yngrid - Vacilar por causa de quê ? _ fiz a posturada.
Tava doidinha pra partir pra última forma, mas a gente tem que fazer o jogo, camisa dez não entrega a bola fácil.
MK - Nem se despediu pô, vai sair saindo ?
Yngrid - Muito carente você! _ falei e ele abriu um sorriso.
Eê, muito canalha, pra mim chega! Beijei mesmo, mas um beijo pra ficar na memória dele, se ele é sacana eu sou mais!
MK - Capeta! _ praguejou e eu ri enquanto seguia meu caminho.
Cheguei em casa rindo da cara que ele fez quando me soltou, minha mãe não entendeu nada, coitada.
Tânia - Vou nem perguntar se o passeio foi bom, tá aí toda mostrando os dentes!
Yngrid - Tô feliz Taninha, só isso....
Tânia - Aquela felicidade que engravida, sei qual é!
Dei nem confiança, fui é cuidar do meu boneco e
passar meu uniforme de trabalho.Aqui é conto de favelada amor, gata borralheira carioca, seis dias de trabalho e um de Cinderela.
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02/05/2021
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Aventura Proibida - Finalizado
Short Story"Já fiz muitas escolhas erradas e andei muito na contramão, mas cada queda me ensinou a olhar pra frente. A gente não pode viver a vida olhando para o que passou". Clarissa Corrêa