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Um tempo depois...

Yngrid

Sabadão lindo, a meta era pegar um sol e dourar os pelos, mas Allan tá meio doente desde ontem, nem tomei um gelo com a Viviane por causa disso.

Tenho nervoso em ver meu filho doentinho, fico doida da cabeça, parece até que eu sinto a dor dele em dobro. Minha mãe achou até que fosse febre emocional, era acostumado a ver o pai todos os dias, agora ele só vê o Fernando quando o bonito cisma de aparecer.

Já tem quase dois meses que a gente se separou, se o Fernando viu o Allan uma vez foi muito, se eu fosse daquelas que esconde a criança ele ia ficar em cima direto perturbando pra ver o filho.

Era de se esperar né !? Cara não pensou no Allan em hora nenhuma, só pensou nele, deixou a mãe fazer o que fez e foda-se.

Deus tá vendo que em hora nenhuma eu criei impasse, não levei pro pessoal mesmo tendo motivo pra caralho, deixei ele ver o menino a hora que quisesse, homem comandado por mãe é uma merda.

Desperdicei sete anos da minha vida com o Fernando, imagina se fossem vinte, trinta anos ? Taninha disse que agradeceu a Deus por eu ter acordado enquanto tinha tempo.

Imagina acordar com quase quarenta anos, com Allan grande e eu sem poder dar as coisas que ele merece ? Com a carteira de trabalho em branco ?

Eê, acordei a tempo de ver quem ele era e no que eu tava me tornando de tanto conviver com o Fernando, tá bem difícil, mas tudo tá se ajeitando.

Yngrid - Ó, trinta e oito já, vou levar ele na emergência!

Tânia - Dá um xarope a ele...

Yngrid - Nem sei o que ele tem direito, dou o xarope, ele passa mal e aí ?

Tânia - Leva então, quer que eu vá contigo ?

Yngrid - Precisa não, passa só um olho nele pra eu me arrumar ?

Tânia - Vai lá!

Troquei de roupa, peguei os documentos dele e os meus, uma roupinha boazinha pro bonitinho e pronto. Ajeitei o Allan e saí com ele. Vim de moto táxi até na upa, fiz a ficha e fiquei mofando aqui.

Quando atenderam a minha cria já eram mais de cinco horas da tarde, meu bebê tá com amigdalite, não consegui os remédios, vou ter que comprar tudo.

Tomei uma facada lá na farmácia, quase duzentos reais de remédio, posso reclamar não, antigamente eu nem tinha o dinheiro pra comprar.

Dessa vez eu subi a pé. Cheguei em casa já eram quase sete horas, minha mãe já tava com a sopa pronta pro Allan, fiz só esfriar e dar a ele, dei remédio e pus pra dormir.

Fritei uma linguiça, minha mãe comprou três litrões, a gente sentou na sala e a gente bebeu.

Allanzinho melhorou ? // Vivi

Melhorou nada irmã, deu uma piorada, levei no médico e Allan tá com amigdalite // Yndi

Médico deu alguma coisa pra ele tomar ? // Vivi

Deu um xarope, agora é esperar fazer efeito// Yndi

Ahhh sim, precisando de qualquer coisa é só falar // Vivi

Valeu Vivi // Yndi

❤// Vivi

Yngrid - Mãe, tu acha que eu devo falar pro Fernando que o Allan ficou doentinho ?

Tânia - Saiu do saco dele né !? Avisa!

Amg ? Fala com o seu irmão sobre o Allan tá ? Tô bloqueada aqui // Yndi

Vai nem precisar Yndi, ele que chegou aqui em casa falando que te viu pros lados do upa com o Allanzinho, foi até por isso que eu te mandei msg // Vivi

Ahhh tá, entendi, valeu // Yndi

Yngrid - Tu acredita que o filho da puta me viu com o garoto lá embaixo e nem tentou saber o que ele tinha ? _ falei indignada.

Tânia - Bem a cara dele mermo.

Yngrid - Ainda pediu pra Viviane descobrir o que tava acontecendo com o filho dele!

Tânia - Ihhh Yngrid, Allan tem eu, tem você, tem a Vivi, precisa desse merda não! _ esbravejou.

Eu nada falei, se minha mãe conseguiu me criar, eu consigo criar o Allan, única diferença é que meu filho é órfão de pai vivo.

Vai nem fazer falta, vou ser tudo o que Taninha foi pra mim, Allan precisa de Fernando não, ele que vá pra puta que pariu.

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01/04/2021




Aventura Proibida - FinalizadoOnde histórias criam vida. Descubra agora