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Era sexta-feira e o povo de Lunari já estava reunido festejando, comendo e dançando, como sempre faziam naquele dia. William estava no campo florido onde ele e Edward se encontraram pela primeira vez, esperando pelo rapaz.
O príncipe estava aflito e ansioso por um milhão de razões. Apesar de ter enviado a carta no dia anterior, ele não sabia como o cacheado se sentia ou o que pensava. A carta poderia sequer ter chego às suas mãos, algo poderia ter dado errado no percurso. Talvez ele não viesse, por vontade própria ou por impedimento de Titânia. Talvez Edward fosse e brigasse com ele. Centenas de hipóteses e pontos de interrogação rondavam sua mente. Além de um sentimento angustiante de culpa, não por ter estado ausente nos últimos dias, mas pela razão por detrás daquilo: um casamento que ele não gostaria de fazer parte, especialmente como noivo.
William estava ali há dez minutos e Edward não apareceu. Quinze minutos. Vinte minutos. Meia hora. A cada segundo que passava suas mãos transpiravam mais, mesmo com a – incomum – brisa gélida que soprava com a chegada do anoitecer.
O príncipe estava convencido de que o mais novo não viria, então levantou-se derrotado e deu as costas começando a caminhar de volta para casa.
— William! Espere! – a voz familiar foi ouvida de longe pelo príncipe que rapidamente se virou e pôde ver Edward correndo desajeitadamente em sua direção com os cachos voando na frente do seu rosto. William sorriu.
O corpo magro de Edward colidiu contra o seu e no mesmo segundo os braços agarraram seu pescoço. O mais velho não pensou duas vezes quando o abraçou pela cintura. William podia sentir o coração acelerado e o corpo quente do outro por conta da corrida, enquanto ofegava cansado. De algum modo aquilo o confortou. Aquele abraço trouxe uma boa sensação para os dois.
— Carino, pensei que não viesse. – disse inspirando fundo no pescoço de Edward.
— Eu também senti sua falta, cuore. – apertou mais forte William, quem também abraçou sua cintura com mais força. — Senti sua falta. Não me solte mais.
— Eu não vou, amore.
Eles ficaram naquele enlace quente e confortável mais alguns minutos, mas inevitavelmente tiveram de se afastar em determinado momento. Um de frente para o outro Edward colocou suas duas mãos no rosto do mais velho e distribuiu beijos calmos por toda superfície, bochechas, têmporas, pálpebras, testa e, por último, selou levemente seu nariz, antes de roçar o seu próprio ali, de olhos fechados e um sorriso sem dentes nos lábios.
— Edward, eu sinto muito. – William começa, suspirando.
— Não. Deixe isso pra depois. – afastou o rosto. — Temos tempo para você me contar. Agora vamos ver o pôr-do-sol que está começando?
O príncipe acenou positivamente com a cabeça e sorriu, puxando o cacheado delicadamente pela mão para que se deitassem no gramado verde. William trouxe Edward para si, esse repousando sua cabeça no peito do mais velho e passando o braço direito ao redor da barriga dele, também. O cabelo cheio de cachos próximo ao rosto do príncipe o permitia sentir o aroma doce e passar os dedos nos fios macios. Permaneceram daquele modo num silêncio agradável observando as cores explodirem no céu que se tornava aos poucos negro e banhado por estrelas brilhantes.
— William? – Edward chamou baixo.
— Sim.
— Você falou sério quando disse que daríamos um jeito, certo?
— Sim, amore, era verdade cada palavra que eu disse. – passou a ponta dos dedos por seu ombro e braço. — Por quê?
— Apenas queria ter certeza. – virou o tronco e beijou o rosto do mais velho antes de encará-lo. — Eu adoro você, William. E odiei a sensação de sentir sua falta.
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Eclisse | L.S.
FanfictionDesde as mitologias mais antigas, Sol e Lua são retratados juntos, como signos complementares. Na Itália do século XVIII a crença nos deuses Hélios e Selene era muito presente, por essa razão os reinos de Lughari e Lunari eram muito unidos. Dois r...