capítulo bônus.

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Oi, beija-flores! Hoje vou mostrar um pouco mais dos sentimentos e pensamentos do Edward neste momento pós término. Trago aqui fragmentos do diário dele e imagens de alguns desenhos/pinturas que "ele fez"!

Agradeço à Emilene, quem escreveu dois dos textos que estão aqui. São fantásticos <3

Agradeço, também, à todos pelo amor de sempre com Eclisse, significa muito.

Boa leitura.

"Mergulhar era algo que eu costumava fazer para me distrair, para apreciar a natureza, para desfrutar daquilo que meus deuses me oferecem. Mergulhar era calmaria, aconchego e paz.

Ao mergulhar, me permitia apreciar o contato gélido das gotículas de água em meu corpo, garantindo-me trocas de energia e reabastecimento. Permitia-me sonhar, fechar os olhos e descarregar todo o peso que portava em minhas costas durante os dias revoltosos.

E eu mergulhei. Mergulhei em um oceano vasto. Eu poderia chamá-lo de Novo Refúgio e assim o fiz. Por tempo limitado, mas um tempo feliz. E era o oceano mais azul, mais repleto de nuances, sonhos e conforto.

Era aonde o Sol estava, entre o horizonte e o céu, refletindo seus raios sobre minha pele, dourando-a.

Acredito eu que me permiti ter coragem de mergulhar de modo tão profundo, que encontrei novas sensações. Dentre elas, a mais linda: o Amor. A mais linda e a mais temida, pois quando amamos, não temos freio ou controle, somos instantaneamente domados por turbilhões de vontades e desejos. Somos imediatistas, incoerentes, irresponsáveis e anestesiados da realidade.

E, mais uma vez, eu mergulhei. Totalmente sedado pelo Amor, eu mergulhei o mais fundo que pude. Eu estava com meus olhos vendados e sem qualquer mera proteção julgada como necessária.

E eu me perdi. Estava submerso.

Não encontrei meios para voltar à superfície. Perdi toda a minha consciência — se é que tinha alguma.

E eu me afoguei. Me afoguei em seu oceano azul. O azul límpido, julgado como calmaria, porém, que me mostrou tempestades agressivas, nas quais eu me vi sem saída e totalmente sem forças para sequer nadar contra a correnteza, que me arrastava cada vez mais e mais para longe.

Estou em busca de respostas e força pois preciso sobreviver a esse Amor que está me chicoteando com suas marés alvoroçadas, as quais nem mesmo a lua consegue controlar."

[...]

"Hoje decidi ir ao meu ateliê, andei lentamente ao redor de minhas dores e felicidades. E ali estava você: minha mais bela dor, minha felicidade momentânea. Detalhado demais, lindo demais, único demais. Parecia tão real que senti as famosas borboletas voando loucamente em meu estômago. Mas, em questão de segundos escutei o barulho dos pedacinhos partidos de meu coração ecoando em minha mente lenta e dolorosamente, lembrando-me da mágoa que venho carregando em meu peito dia após dia.

Esse estrondo assustou as pequenas borboletas, fazendo-as desaparecerem em fração de segundos.

É engraçado a forma como nosso subconsciente parece ter prazer em nos torturar quando se trata de feridas recém-adquiridas e corações partidos. Qualquer simples coisa que eu faça, meu subconsciente recorre à você, William. Ele me arrasta para meus pensamentos mais frágeis, onde eu me encontro encurralado em um canto, cheio de nossas boas memórias rondando-me. Sejam elas de juras de amor, sorrisos apaixonados, carinhos ternos ou momentos genuínos onde apenas havia aquele silêncio reconfortante.

Eclisse | L.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora