capítulo quatorze.

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Votem e comentem. Boa leitura.

Carinho é aquilo o que manifestamos para os seres quem nos despertam vontade de cuidado, vontade de amar e proteger. Carinho é quando, não importa como, você quer expressar seu afeto, zelo e preocupação. O carinho está no ato de uma mãe cobrindo seu filho durante a noite, ou em um namorado quem acorda mais cedo para preparar o café quente e forte que seu companheiro tanto gosta antes de ir para o trabalho. Carinho também mora no aconchego de um beijo ou abraço, ou num bilhete deixado junto com bombom dizendo "Eu te amo. Tenha um bom dia." Carinho é uma manifestação delicada e repleta de dedicação e intenção, daquilo de bom que seu peito nutre por outro alguém.

[...]

— William, o que aconteceu? – Edward perguntou assustado assim que abriu a porta e viu a figura do seu príncipe chorando, parecendo tão frágil.

Sem responder, William vai de encontro ao corpo do cacheado e se encolhe ali dando pequenos soluços, Edward não se demora em envolver seus braços no corpo do mais velho e afagar seu cabelo.

— Meu anjo, me diga o que houve. – o rapaz pede mais uma vez. Vendo que não teria resposta naquele momento, com cuidado se move para fechar a porta sem soltar o outro.

O sol ainda não tinha se posto, então havia alguma iluminação natural dentro da casa. Edward trouxe William para que se sentassem num sofá em uma das salas e o príncipe aproveitou aquele colo enquanto, aos poucos, suas lágrimas diminuíam. O de olhos verdes tinha sua completa atenção voltada à ele, acariciando seu rosto, seus fios lisos e beijando sua testa.

Amore, eu estou preocupado. – o cacheado disse calmamente quando notou que o choro havia cessado. — Diga alguma coisa. Qualquer uma.

— Meus pais. – o príncipe disse em um fio de voz. — Minha mãe, na verdade.

— Ela está bem?

— Está. Foi apenas algo que ela me disse. – William disse levantando seu rosto para observar Edward melhor. — Estou apenas cansado de não ter controle sobre minha vida. Ás vezes usar uma coroa pesa mais do que eu gostaria.

— Eu não sei o que sua mãe disse, mas se te fez chorar, garanto que não era verdade. – deu um sorriso pequeno e beijou seu nariz. — E eu estou aqui agora, não tem nenhum fardo que seja pesado demais para carregarmos juntos. Eu prometo.

— Eu não mereço você. – sua voz mal saiu e seus olhos molharam-se novamente.

Cuore, não diga isso. Olhe para mim. – ele pediu e William levantou seus olhos azuis ainda lustrados pelas lágrimas para observá-lo. — Meu príncipe, eu te adoro. Você é a melhor coisa do meu mundo. – selou levemente seus lábios. — Nunca mais fale algo assim, certo?

O rapaz de cabelos lisos assentiu com a cabeça e estendeu os braços para Edward abraça-lo. O cacheado nunca tinha visto o príncipe tão sensível e carente, então ele decidiu que cuidaria de William, o daria todo o carinho e atenção que ele precisasse. Não só naquele dia, mas para sempre. Enquanto pudesse fazê-lo.

— Edward?

— Sim.

— Eu posso ficar essa noite aqui?

— Essa e todas as outras que desejar.

Eles deram um beijo lento e apaixonado antes de subirem as escadas. O mais novo preparou um banho para o príncipe e separou uma muda de roupas limpas para que ele se trocasse. Antes que o príncipe estivesse totalmente nu, o cacheado deixou um beijo em sua têmpora e desceu para a cozinha. Enquanto William se lavava, Edward preparou o jantar. Não era nada extraordinário, apenas carne, massa e Zabaglione para a sobremesa.

Eclisse | L.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora