Capítulo muito especial hoje, corações. Aproveitem os mares calmos, uma hora os tsunamis vêm...
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"Eu poderia dizer que a noite parecia mágica, mas seria mentira. A sensação era de vida."
☆
William não tardou a despertar naquela manhã de sexta-feira. Dia 28 de agosto de 1745. Ele não sabia, mas aquele seria um dia importante.
O príncipe, obviamente, não queria ter de encontrar seus pais, porém, eles, com certeza, já sabiam sobre sua presença no castelo, o que fora confirmado quando uma das criadas apareceu em sua porta para avisá-lo que o café da manhã seria servido.
Vestindo seus trajes menos rebuscados e com o cabelo bem penteado em um topete baixo, ele foi até o salão onde as refeições da família eram costumeiramente servidas e viu, somente, seus pais à mesa. Estava tudo bem, ele poderia lidar com aquilo. Dando apenas um breve "Bom dia", se sentou em seu lugar costumeiro – ao lado do pai e enfrente a mãe – e passou a servir uma xícara de chá.
— Bom dia, filho. É bom tê-lo em casa. – o rei cumprimentou docemente.
— Obrigado, pai. Mas não ficarei muito tempo. – disse no mesmo tom.
— Eu disse à você, Federico. – a rainha começou. — Ele não se importa mais conosco, não se importa mais com a família.
— Johannah, não comece com isso, por favor. – o homem diz em tom de alerta.
— Mas é a verdade. – continuou. — Nem mesmo com as irmãs quem ele diz amar tanto, se importa mais.
— O que disse? – William que até então estava ouvindo em silencio de cabeça baixa, se pronunciou. Ele não admitiria que aquilo fosse dito.
— Isso mesmo o que ouviu. – a mulher o encarou com uma sobrancelha arqueada e feição fechada.
— Não repita algo assim nunca mais, mamãe. – disse duramente. — As minhas irmãs são minha vida, todos aqui sabem disso. Por elas que estou aqui agora, eu vim para vê-las. Não tente fazer de mim um monstro pois ninguém comprará esta história, tampouco minhas princesas, que por mais jovens que sejam, me escutaram e compreenderam a situação com muita inteligência. Escutar, mãe, sabe o que isso significa?
— Você está cada dia mais insolente! – esbravejou.
— Se a senhora me escutasse e não só me ouvisse, pensaria diferente. – o príncipe afastou a cadeira da mesa e se levantou. — Se me dão licença, estou de saída.
Quando o rapaz se aproximava da porta seu pai o alcançou. — Espere, William. Aonde vai? Aonde tem passado a noite? – perguntou preocupado.
— Não se preocupe, pai. Estou confortável e seguro, tenho boas pessoas comigo. – disse de modo tranquilizador, e era a verdade, afinal.
— Aqui também é confortável e seguro. – o homem parecia magoado
— É claro que sim. – sorriu sem dentes. — Porém, não consigo estar aqui neste momento.
— Você precisar cuidar com quem anda, William, não deve se colocar em risco. – alertou.
— Confie em mim, pai, estou bem e em excelente companhia. – seus olhos passavam sinceridade, então Federico pôde relaxar um pouco.
— Eu confio. – o trouxe para um abraço. — Se cuide. E não pense duas vezes em pedir algo se precisar. Sua mãe está irritada mas o ama.
O rapaz de olhos azuis não respondeu, apenas deu um beijo na cabeça do pai antes de se afastar completamente.
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Eclisse | L.S.
FanfictionDesde as mitologias mais antigas, Sol e Lua são retratados juntos, como signos complementares. Na Itália do século XVIII a crença nos deuses Hélios e Selene era muito presente, por essa razão os reinos de Lughari e Lunari eram muito unidos. Dois r...