capítulo dezesseis.

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Capítulo muito especial hoje, corações. Aproveitem os mares calmos, uma hora os tsunamis vêm...

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"Eu poderia dizer que a noite parecia mágica, mas seria mentira. A sensação era de vida."

William não tardou a despertar naquela manhã de sexta-feira. Dia 28 de agosto de 1745. Ele não sabia, mas aquele seria um dia importante.

O príncipe, obviamente, não queria ter de encontrar seus pais, porém, eles, com certeza, já sabiam sobre sua presença no castelo, o que fora confirmado quando uma das criadas apareceu em sua porta para avisá-lo que o café da manhã seria servido.

Vestindo seus trajes menos rebuscados e com o cabelo bem penteado em um topete baixo, ele foi até o salão onde as refeições da família eram costumeiramente servidas e viu, somente, seus pais à mesa. Estava tudo bem, ele poderia lidar com aquilo. Dando apenas um breve "Bom dia", se sentou em seu lugar costumeiro – ao lado do pai e enfrente a mãe – e passou a servir uma xícara de chá.

— Bom dia, filho. É bom tê-lo em casa. – o rei cumprimentou docemente.

— Obrigado, pai. Mas não ficarei muito tempo. – disse no mesmo tom.

— Eu disse à você, Federico. – a rainha começou. — Ele não se importa mais conosco, não se importa mais com a família.

— Johannah, não comece com isso, por favor. – o homem diz em tom de alerta.

— Mas é a verdade. – continuou. — Nem mesmo com as irmãs quem ele diz amar tanto, se importa mais.

— O que disse? – William que até então estava ouvindo em silencio de cabeça baixa, se pronunciou. Ele não admitiria que aquilo fosse dito.

— Isso mesmo o que ouviu. – a mulher o encarou com uma sobrancelha arqueada e feição fechada.

— Não repita algo assim nunca mais, mamãe. – disse duramente. — As minhas irmãs são minha vida, todos aqui sabem disso. Por elas que estou aqui agora, eu vim para vê-las. Não tente fazer de mim um monstro pois ninguém comprará esta história, tampouco minhas princesas, que por mais jovens que sejam, me escutaram e compreenderam a situação com muita inteligência. Escutar, mãe, sabe o que isso significa?

— Você está cada dia mais insolente! – esbravejou.

— Se a senhora me escutasse e não só me ouvisse, pensaria diferente. – o príncipe afastou a cadeira da mesa e se levantou. — Se me dão licença, estou de saída.

Quando o rapaz se aproximava da porta seu pai o alcançou. — Espere, William. Aonde vai? Aonde tem passado a noite? – perguntou preocupado.

— Não se preocupe, pai. Estou confortável e seguro, tenho boas pessoas comigo. – disse de modo tranquilizador, e era a verdade, afinal.

— Aqui também é confortável e seguro. – o homem parecia magoado

— É claro que sim. – sorriu sem dentes. — Porém, não consigo estar aqui neste momento.

— Você precisar cuidar com quem anda, William, não deve se colocar em risco. – alertou.

— Confie em mim, pai, estou bem e em excelente companhia. – seus olhos passavam sinceridade, então Federico pôde relaxar um pouco.

— Eu confio. – o trouxe para um abraço. — Se cuide. E não pense duas vezes em pedir algo se precisar. Sua mãe está irritada mas o ama.

O rapaz de olhos azuis não respondeu, apenas deu um beijo na cabeça do pai antes de se afastar completamente.

Eclisse | L.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora