capítulo onze.

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Votem e comentem bastante! Boa leitura.

O trajeto de Lunari até Arles era um tanto longo, aproximadamente seis horas de viajem de carruagem. A família Tomlinson dividiu-se para que pudessem ter conforto, Federico, Johannah, Serena e Lis em um dos veículos, William e as gêmeas em outro à sua frente. Eles deixaram o castelo às sete da manhã e tinham exaustivos cento e cinquenta quilômetros pela frente.

Apesar de não ser uma viagem exatamente confortável, Elena e Antonella acabaram adormecendo no estofado que dividiam, o que deu a William algumas horas de quietude as quais ele sabia que não teria pelos próximos dias. O príncipe observava pela pequena janela as variadas paisagens. O reino franco ficava próximo à costa assim como Lunari, então em uma parte considerável do tempo ele conseguia ver o mar no horizonte. Muitas coisas passavam por sua cabeça. Os últimos dias trocando cartas pareciam ter sido uns dos mais intensos até então. Através da tinta no papel ele e Edward foram capazes de transmitir muitas coisas um ao outro, e era possível sentir toda a verossimilhança naqueles pares de vocábulos, nada parecia fora de proporção ou mentira. William estava preocupado com seus próprios sentimentos e reações diante de Edward, a forma como seu corpo, palavras e coração agiam o faziam temer, tudo parecia demasiado extraordinário e vigoroso, ele não sabia o porquê, apenas não gostaria de assustar o outro. Então, saber que o mais novo sentia o mesmo e apreciava o seu "excesso" o confortou. Edward sempre conseguia fazê-lo sentir dessa maneira aconchegado e acolhido.

"Então saiba que você cabe aqui, cuore, e não precisa ter medo de eu me afogar pela demasia. Eu anseio por nadar nas profundezas de suas águas. Você me faz feliz de uma maneira mais do que suficiente. E não precisa ter medo disso.".

Quando finalmente chegaram a visão os surpreenderam. O palácio era lindo e exuberante, cercado por um belo jardim e uma grande fonte no centro deste. Os sete Tomlinson desceram das carruagens e logo foram recebidos por funcionários dali.

Bonjour, famille Tomlinson. C'est un plaisir de vous avoir parmi nous, majestés. Je m'appelle Tristan, Tristan Gerard, je suis là pour vous assister pendant votre séjour.– um homem alto e magro na casa dos trinta ou quarenta anos, foi quem recebeu Federico e sua família. Ele falava de maneira eloquente e tinha excelente postura. Com certeza não era um empregado qualquer, haveria de ser um subordinado direto do rei. — Não se preocupem, falo italiano. – sorriu sem dentes. — Por esta razão fui escolhido para recebê-los. Sei que conhecem o francês, mas Rei Cédric quem pediu para que eu priorizasse o italiano, para que fiquem mais à vontade.

*Olá, família Tomlinson. É um prazer tê-los conosco, majestades. Eu me chamo Tristan, Tristan Gerard, estou aqui para atendê-los durante sua estadia.

 Merci, Monsieur Gerard. É muito gentil. – o patriarca se aproximou. — Sou Federico Tomlinson, esta é minha esposa e rainha, Johannah e meus filhos William, Serena, Elisa, Elena e Antonella. – Tristan e todos os mencionados fizeram uma breve reverência.

— Estou encantado em conhecer todos. – o homem sorriu gentil. — Rei Cédric, rainha Rosalie e princesa Amélie os aguardam no salão principal, me acompanhem enquanto os empregados levam seus pertences ao quartos. – a família acenou positivamente e começaram a segui-lo.

— Sei que devem estar cansados da viagem, então assim que terminarem os acompanharei até seus respectivos aposentos para que descansem. Qualquer coisa de que precisarem me procurem. – o homem parou e virou-se para a família, indicando o cômodo onde deveriam entrar.

William deixou que sua família entrasse primeiro no grande e bonito salão onde os Cartier-Delyon estavam. O príncipe ao cruzar a porta observou os detalhes do ambiente. Era verdadeiramente bonito, muitas janelas, o pé direito alto e as paredes repletas de arabescos em ouro e marfim faziam jus à riqueza daquela família. Uma mesa de, pelo menos, vinte lugares ocupava o centro do salão, onde Amélie e seus pais estavam acomodados, uma mesa farta posta aguardando a chegada do príncipe e sua família. Quando adentraram o espaço os pares de olhos se ergueram e os anfitriãos levantaram-se para cumprimenta-los.

Eclisse | L.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora