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O trajeto de Lunari até Arles era um tanto longo, aproximadamente seis horas de viajem de carruagem. A família Tomlinson dividiu-se para que pudessem ter conforto, Federico, Johannah, Serena e Lis em um dos veículos, William e as gêmeas em outro à sua frente. Eles deixaram o castelo às sete da manhã e tinham exaustivos cento e cinquenta quilômetros pela frente.
Apesar de não ser uma viagem exatamente confortável, Elena e Antonella acabaram adormecendo no estofado que dividiam, o que deu a William algumas horas de quietude as quais ele sabia que não teria pelos próximos dias. O príncipe observava pela pequena janela as variadas paisagens. O reino franco ficava próximo à costa assim como Lunari, então em uma parte considerável do tempo ele conseguia ver o mar no horizonte. Muitas coisas passavam por sua cabeça. Os últimos dias trocando cartas pareciam ter sido uns dos mais intensos até então. Através da tinta no papel ele e Edward foram capazes de transmitir muitas coisas um ao outro, e era possível sentir toda a verossimilhança naqueles pares de vocábulos, nada parecia fora de proporção ou mentira. William estava preocupado com seus próprios sentimentos e reações diante de Edward, a forma como seu corpo, palavras e coração agiam o faziam temer, tudo parecia demasiado extraordinário e vigoroso, ele não sabia o porquê, apenas não gostaria de assustar o outro. Então, saber que o mais novo sentia o mesmo e apreciava o seu "excesso" o confortou. Edward sempre conseguia fazê-lo sentir dessa maneira aconchegado e acolhido.
"Então saiba que você cabe aqui, cuore, e não precisa ter medo de eu me afogar pela demasia. Eu anseio por nadar nas profundezas de suas águas. Você me faz feliz de uma maneira mais do que suficiente. E não precisa ter medo disso.".
Quando finalmente chegaram a visão os surpreenderam. O palácio era lindo e exuberante, cercado por um belo jardim e uma grande fonte no centro deste. Os sete Tomlinson desceram das carruagens e logo foram recebidos por funcionários dali.
— Bonjour, famille Tomlinson. C'est un plaisir de vous avoir parmi nous, majestés. Je m'appelle Tristan, Tristan Gerard, je suis là pour vous assister pendant votre séjour.* – um homem alto e magro na casa dos trinta ou quarenta anos, foi quem recebeu Federico e sua família. Ele falava de maneira eloquente e tinha excelente postura. Com certeza não era um empregado qualquer, haveria de ser um subordinado direto do rei. — Não se preocupem, falo italiano. – sorriu sem dentes. — Por esta razão fui escolhido para recebê-los. Sei que conhecem o francês, mas Rei Cédric quem pediu para que eu priorizasse o italiano, para que fiquem mais à vontade.
*Olá, família Tomlinson. É um prazer tê-los conosco, majestades. Eu me chamo Tristan, Tristan Gerard, estou aqui para atendê-los durante sua estadia.
— Merci, Monsieur Gerard. É muito gentil. – o patriarca se aproximou. — Sou Federico Tomlinson, esta é minha esposa e rainha, Johannah e meus filhos William, Serena, Elisa, Elena e Antonella. – Tristan e todos os mencionados fizeram uma breve reverência.
— Estou encantado em conhecer todos. – o homem sorriu gentil. — Rei Cédric, rainha Rosalie e princesa Amélie os aguardam no salão principal, me acompanhem enquanto os empregados levam seus pertences ao quartos. – a família acenou positivamente e começaram a segui-lo.
— Sei que devem estar cansados da viagem, então assim que terminarem os acompanharei até seus respectivos aposentos para que descansem. Qualquer coisa de que precisarem me procurem. – o homem parou e virou-se para a família, indicando o cômodo onde deveriam entrar.
William deixou que sua família entrasse primeiro no grande e bonito salão onde os Cartier-Delyon estavam. O príncipe ao cruzar a porta observou os detalhes do ambiente. Era verdadeiramente bonito, muitas janelas, o pé direito alto e as paredes repletas de arabescos em ouro e marfim faziam jus à riqueza daquela família. Uma mesa de, pelo menos, vinte lugares ocupava o centro do salão, onde Amélie e seus pais estavam acomodados, uma mesa farta posta aguardando a chegada do príncipe e sua família. Quando adentraram o espaço os pares de olhos se ergueram e os anfitriãos levantaram-se para cumprimenta-los.
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Eclisse | L.S.
FanfictionDesde as mitologias mais antigas, Sol e Lua são retratados juntos, como signos complementares. Na Itália do século XVIII a crença nos deuses Hélios e Selene era muito presente, por essa razão os reinos de Lughari e Lunari eram muito unidos. Dois r...