capítulo quinze.

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O dia amanheceu radiante e incontestavelmente quente. As cortinas claras e longas do quarto de Edward balançavam conforme a brisa morna. O sol beijava o rosto de William que estava emaranhado nos lençóis brancos recebendo um leve cafuné em seus cabelos castanhos. Os dedos longos de Edward roçavam o rosto do príncipe gentilmente onde uma rala e quase ruiva barba estava dando sinais de vida. Aquele doce carinho foi a primeira coisa que ele sentiu ao que despertava.

— Bom dia. – a sua voz de sono soprou as palavras enquanto seus olhos azuis se abriam.

Buongiorno, pesciolino. – o cacheado respondeu com um sorriso.

Buongiorno, pesciolino. = Bom dia, peixinho.

Pesciolino? – o príncipe o encarou com o cenho amarfanhado.

— Sim, você faz um bico de peixinho enquanto dorme. – riu.

— Isso não é verdade. – William afundou o rosto em um travesseiro envergonhado.

A verdade é que ele sabia que fazia aquilo enquanto dormia, desde criança, de acordo com sua mãe.

— Claro que é verdade. – o de olhos verdes beijou sua nuca descoberta. — Um bico muito adorável, por sinal.

— Se é realmente adorável, por que não o beija? – ele tirou o rosto da fronha e olhou o outro de modo provocador.

Edward apenas riu e se aproximou dele, usando a mão direita para segurar seu rosto beijou-o calmamente. William não tardou a passar as mãos ao redor de seu pescoço e agarrar alguns cachos o trazendo ainda mais perto.

Talvez apenas quem já tenha estado apaixonado possa compreender a proporção desse sentimento. É o tipo de sensação que transborda seu peito e atinge sua razão. É sentir-se tão ardente quanto os mármores infernais mas nunca queimado ou ferido, você se sente prazerosamente cálido. Estar apaixonado é desejar sempre mais sem, de fato, conhecer os limites do coração. É sentir-se de repente corajoso e disposto a fazer coisas que antes pareciam inimagináveis. Se o estar apaixonado é o estado de pré amor, as primeiras chamas de uma fogueira, é então a sensação de esperança, de que existe algo pelo o que valha a pena lutar.

Estar apaixonado é elaborar milhares de planos de escapatória para fugir de seu castelo de cristal e encontrar seu amante...

Todas as vezes que o mundo machucava ou angustiava William, Edward é quem o lembrava de como era sentir o coração bater. Bater em alegria, contentamento, bater apaixonado. Edward era amor, conforto, cuidado e segurança. E William faria qualquer coisa para não perde-lo. Ele fugiria para as montanhas e enfrentaria batalhas violentas contra homens ou animais. Porque ele sabia que Edward era algo pelo o que valia a pena lutar por.

Depois de muitos beijos carregados de emoções, eles finalmente separaram-se dando um longo suspiro e um largo sorriso.

— Eu sou apaixonado por você, meu sol. – o príncipe disse o olhando com os olhos brilhando.

— Sol?! – o de olhos verdes pergunta risonho.

— Sol. Meu sol.

— Se eu sou o Sol, você é o único astro em meu sistema, então. Minha luz e calor são seus. E somente seus.

William estava tão sereno e abrasado, realmente sentia como se tivesse passado a noite com o Sol numa mesma cama. Afinal, era assim que Edward o fazia sentir: iluminado e aquecido mesmo em meio ao breu e a friagem.

— Você já está trocado. Por quanto tempo dormi? – indagou sentando-se na cama.

— Não muito, são quase nove horas. Eu quem acordei cedo.

Eclisse | L.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora