capítulo treze.

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"Atenção, povo de Lunari,

É com imensa alegria que o Rei Federico Matteo Tomlinson e a Rainha Johannah Serena Tomlinson anunciam que uma nova aliança foi conquistada. O reino franco de Arles agora fará parte da reconstituição daquilo que Lunari fora um dia, trazendo de volta a bonança, fartura e estabilidade. Os últimos anos têm sido difíceis, mas acreditamos que, finalmente, conseguiremos oferecer a dignidade que cada um merece de maneira contemplativa.

Nesta segunda-feira, dia trinta e um de agosto, acontecerá o Baile da União, para que esse marco em nossa história seja celebrado. Todos os aldeões estão sendo convidados a fazerem parte deste momento. Apresentem-se no palácio a partir das sete horas da noite, os portões estarão abertos.

Esta vitória é tão sua quanto nossa. Os tempos difíceis estão perto de cessar.

Sua Majestade."

Assim que Lorde Alessandro terminou de ler o pronunciamento oficial todos que estavam, até então, atentos e estupefatos, gritaram em entusiasmo. A notícia era motivo de choro, abraços e riso. Todo o povo se emocionou com aquele anúncio tão inesperado. Haviam rumores sobre os novos negócios da família, mas aquela não seria a primeira vez que eles tentariam uma conciliação com algum outro reino, então poderia ser apenas mais um alarme falso, falsas expectativas. Por essa razão Federico e Johannah escolheram esperar antes de poderem dar quaisquer garantias, mas agora era certo que William e Amélie se casariam – em breve haveria um anúncio, também – e o primeiro baile estava próximo, logo, era seguro dizer.

Haveriam dois bailes: o primeiro para que Arles fosse apresentada formalmente como integrante daquela aliança e, posteriormente, o baile de noivado do príncipe e da princesa, na semana anterior ao casamento.

Com esta nova aliança e a noite chuvosa de domingo, Lunari, com certeza, tinha motivos para comemorar e agradecer. Algo além do palpável dizia que as coisas estavam melhorando outra vez.

A novidade gerou entusiasmo em muitos, e atraiu especificamente alguém...

[...]

­— Com licença, majestade. A senhora Lúcia o procura.

— Mande-a me esperar no meu escritório, logo estarei lá.

Era possível ouvir apenas o som dos sapatos batendo no chão pelo castelo. Não havia ninguém naquele corredor – todos sabiam que quando aquela mulher visitava o rei era estritamente particular e ninguém deveria interrompê-los, nem mesmo a rainha ou a princesa.

— Olá Lúcia. Faz tempo desde a última vez. – o homem proferiu depois de fechar a porta e entrar no cômodo.

— É bom vê-lo também, Desmond.

Uma senhora branca e um pouco corcunda, trajando um vestido preto e um xale de mesma cor estava sentada numa das poltronas no escritório do rei. Ela estava na casa dos sessenta anos – o que não era nada comum naquela época, exceto, é claro, para aqueles quem não eram pessoas como todas as outras – e tinha um longo cabelo quase grisalho preso em coque.

— Tenho notícias interessantes, Desmond, recebi esta manhã. – a velha aproxima seu corpo a mesa na qual ele estava sentado do lado oposto. — Algo acontecerá em Lunari em breve...

— Diga logo. – o rei apoiou os cotovelos na mesa e a olhou em expectativa.

— Príncipe William irá se casar. Lunari se aliará a Arles.

— O quê? – o homem levantou-se de repente indo para perto da mulher. — Você tem certeza disso? – sua voz é exasperada e seu rosto está surpreso pela informação.

Eclisse | L.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora