Eclisse | L.S.

capítulo quatro.

— Edward, bom dia! – Niall disse entusiasmado como sempre — Eu sabia que viria então deixei o seu pedido já preparado: baguete tradicional e pães de maçã e canela.

— Bom dia e obrigado. Como está? – a voz de Edward era doce.

— Estou bem. Hoje papai e eu fizemos o bolo de frutas da estação, como estamos no verão são frutas vermelhas. Gostaria de experimentar?

— Não é necessário, sei que está delicioso. Vou levar um.

— Ótimo! – começou a embalar o produto enquanto continuava falando — Hoje é a sexta-feira com música, por que você não vem? Há algum tempo desde a última vez, sempre dá alguma desculpa para faltar.

— Não são desculpas. Às vezes estou cansado e Titânia é um pouco...

— Desagradável? Impertinente? – interrompe - Dio, ragazzo, essa mulher se incomoda com tudo o que fazemos.

— Niall, por favor. Não é para tanto, sim?

— Tudo bem, certo. Mas você virá, não virá?

— Prometo pensar. – o amigo revira levemente os olhos e ele ri — Arrivederci, Niall! – pega suas compras e se vira para ir embora.

Ao chegar em casa, o rapaz foi logo para a cozinha preparar a mesa de café da manhã. Pouco depois que termina Titânia entra no cômodo.

— Bom dia, Titânia. Como dormiu esta noite?

— Bem, obrigada. – como em todos os outros dias seu tom era seco e polido, sem muita graça para com o garoto.

— A senhora tem alguma preferência para o almoço de hoje? Pensei em preparar Braciolas. – estava entusiasmado, adorava a receita.

— Você pode preparar o que for da sua vontade, não almoçarei aqui hoje. Acabo de receber uma carta dizendo que tia Margot está doente, então irei visitá-la.

Tia Margot era, possivelmente, a única pessoa por quem a mulher tinha algum apreço. Ela vivia sozinha em um reino próximo, tão confortavelmente quanto a sobrinha. Edward fora algumas vezes até sua casa quando criança e definitivamente não gostava daquela mulher. Ela o tratava mal – pior do que Titânia, diga-se de passagem – então ele agradeceu quando deixou de ser obrigado a vê-la. Não a desejava mal, apenas preferia a distância.

— Certo, espero que ela esteja bem. Quando retornará?

— Passarei o final de semana fora. Acredito que na segunda-feira pela manhã esteja de volta.

— Tudo bem. Depois que comermos te ajudarei a arrumar suas coisas e preparar a carruagem.

— Ótimo, obrigada.

[...]

Desde o dia em que William vira aquele rapaz nadando sua mente pensava apenas nele. O jovem de olhos azuis e imponentes vinha tentando descobrir alguma informação sobre aquele homem - quem apelidou de P - mas falhou nessa missão. O príncipe estava no jardim do palácio conversando com Liam e Zain, quando Ella se aproxima:

— Irmão, eu tive uma grande, grande ideia! – sua voz era entusiasmada, Antonella era a única irmã para quem o príncipe havia contado sobre o homem misterioso. — Ouça, hoje é sexta-feira, dia de música na aldeia. Se o seu rapaz for mesmo de Lunari, há grandes chances de encontrá-lo lá. Você deveria ir, o que acha?

— Mas e se não for? – ponderou — Eu passei os últimos dias procurando informações porém não obtive nenhuma – solta um suspiro frustrado — Talvez ele fosse apenas algum viajante de passagem.