Capítulo 20

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Harry pov

Por um momento tudo parecia completamente perfeito. O foda-se ao mundo havia funcionado muito bem.

Eu havia esquecido da dor, da tristeza e do fato que estava sendo obrigado a me casar. Mas nos braços de Draco tudo era diferente, era ele e mais nada. Eu me sentia protegido e acolhido como se nada pudesse me atingir.

Principalmente por estarmos abraçados e nús em uma cama.

Draco descia e subia suas mãos fazendo carinhos e desenhos sobre a minha pele descoberta nas costas.

– Sabe a calmaria do mar depois ds uma tempestade? – perguntei para ele e o mesmo concordou sorrindo. – É exatamente o que sinto com você, sempre que tudo parece estar desmoronando você aparece e me ergue e protege do perigo.

– Você é tudo para mim, Harry, não quero te perder ou ver você se casando com outra pessoa.

– Não vou me casar com o Riddle. Eu só quero você. Nem que eu tenha que fugir ou ir para qualquer outro lugar para ficar com você.

– Nossa, eu adoraria fugir para um lugar qualquer com o maravilhoso Harry Potter. – Draco falou sorrindo e me puxando para mais um beijo repleto de paixão e sintonia.

De verdade não tinha como não amar Draco e seus olhos azuis acinzentados, cabelo loiro platinado e seus lábios perfeitos de sorriso majestoso.

– Vamos fugir então, Dray. – falei animado e ele riu como se fosse uma simples piada. – Estou falando sério, Draco. – disse dando um tapinha no braço dele.

– Você quer fugir mesmo? Deixar toda a sua vida para trás? As riquezas, o luxo, o prestígio do nome, quer deixar tudo para trás só para ficar comigo? – ele me perguntou e para mim aquela resposta parecia óbvia demais.

Não importava nada se eu não poderia ficar com ele.

– Draco, eu não estaria em momento algum deixando a minha vida para trás, porque a minha vida é você. Sempre vai ser estar ao seu lado e se isso é deixar tudo, que assim seja porque eu nunca vou desistir de você.

O loiro pulou nos meus braços me abraçando e me puxando para um esperançoso beijo, bem molhado por sinal pela quantidade de lágrimas que ele tinha nos olhos.

– Eu quero estar com você também, Harry, e se nossas famílias não nos deixam ficar juntos, eu faço as minhas malas hoje mesmo e vamos para onde você quiser.

Foi a minha vez de beija-lo, Draco Malfoy era tudo para mim e eu preferiria morrer a viver uma vida sem ele.

– E para onde iríamos, Dray?

– Talvez na casa de algum amigo. Pansy Parkinson nos receberia super bem, mas o pai dela tem uma grande influência em todo o lugar, além de fazer negócios com o meu pai. Blaise mora numa casa pequena e teria muito medo de alguém descobrir que os Zabini estão nos escondendo e o único lugar seria ficar no porão dele, o que faz décadas que alguém não entra lá.

– Espera acho que conheço alguém. – falei sorrindo.

Tinha certeza de quem poderia nos esconder sem problemas, apesar da grande família.

– Quem? – Draco perguntou curioso e eu sorri com o quanto ele era lindo se intrometendo em tudo.

– Primeiro pensei na Hermione, mas os pais dela trabalham para o meu pai e nunca descumpriram uma ordem dele então seria um risco grande de se esconder lá. Ai me veio a ideia dos Weasley.

– A família de um monte de ruivos? – Draco perguntou rindo e concordei com um aceno da cabeça.

– Exatamente, mas Rony é incrível e a mãe dele era muito amiga da minha. E lembro também da história da Luna Lovegood que o pai dele foi preso roubando e ela se escondeu lá por um tempo já que namorava com Gina. Eles a receberam muito bem e deixaram que ela ficasse pelo tempo necessário.

– Certo, temos um lugar para fugir então.  Podemos ir hoje mesmo, aproveitar essa noite antes que tudo piore amanhã de manhã.

– Dray, eu só preciso ir em um último lugar antes disso. Preciso me despedir da minha mãe ou pelo menos do corpo dela que está na cripta da família. – falei para ele com um sorriso triste, apesar que era algo que eu realmente queria fazer antes de poder seguir a vida. – Vou arrumar as minhas coisas e você vai até a sua casa e arruma as suas, leva só o necessário depois arrumamos um jeito para as outras coisas. Me encontra na frente do cemitério e depois vamos para a casa dos Weasleys.

– Tem certeza que não quer que eu te espere?

– A porta está trancada, se meu pai quer entrar ele vai ter que arrombá-la e não tenho tantas coisas para levar. Arrumo rápido, fujo pela janela e te prometo que vamos nos encontrar no cemitério. – falei para Draco, me levantando da cama e começando a me vestir.

Draco fez o mesmo e logo estavamos com roupas novamentes. Ele ainda estava meio receoso de tudo, então o puxei para mais um beijo dando a confiança necessária para o que tinha que ser feito.

– Eu te amo, Draco Malfoy.

– Eu te amo muito mais, Harry Potter. – ele disse sorrindo e começando a descer pelas escadas da janela do meu quarto.

Fiquei por um tempo na janela olhando ele se afastar entre as sombras, para eu me virar de volta ao meu quarto e pegar uma mala de mão para guardar as minhas roupas ou pelo menos socar lá dentro de uma forma que dê para fechar.

Quando estava finalmente tudo pronto, ouvi uma forte batida na minha porta e um chamado do meu pai.

Era agora ou nunca...

Corri para a janela e começei a descer o mais rápido possível as escadas.

Ouvi um forte estrondo da porta do meu quarto sendo derrubada e não tive outra escolha à não ser pular os últimos degraus da escada e cair no gramado.

Meu corpo começou com uma forte dor que com a tensão do momento não foi sentida na queda.

Levantei rápido da grama e corri o mais rápido que pude, não sabia como estava conseguindo ficar em pé, mas precisava encontrar com Draco.

– HARRY POTTER! HARRY POTTER! VOCÊ ESTÁ MORTO, GAROTO! – meu pai gritava sem parar.

Porém nessa altura eu já estava entre as árvores bem longe daquela casa tão ruim.

Me sentia finalmente livre. Livre do meu pai. Livre de um casamento. E livre para ficar com quem eu realmente amo que é o Draco.

Meu maior desejo de liberdade estava prestes a começar, só espero que Draco tenha conseguido fugir para me encontrar...

Rivais // Fanfic DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora