Capítulo 22

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Harry pov

O desespero já começava a tomar conta de mim, juntamente das minhas milhares de paranoias e pensamentos ruins que surgiam na minha mente.

Se ele não aparecesse...

Se tivesse desistido...

Se visse que sou ruim e perderia muito comigo e preferirisse estar com outra pessoa que lhe passe segurança.

Mas e se tivesse sido pego...

E se foi preso e não poderá sair...

E se meu pai comunicou a Lucius e o mesmo fez algo com Draco. Poderia ele ter matado o próprio filho? Não, claro que não...

Como disse antes, eram mais e mais paranoias a cada vez que se passava mais tempo e eu não encontrava com Draco.

Precisava dele o mais rápido possível. Eu não sentia mais nada além da dor de um provável braço quebrado e um tornozelo torcido - bom eu espero que tenha sido só uma torção e não mais um osso quebrado.

– Ai meu Deus! Você está vivo! – falei assim que vi o loiro correr até mim com uma cara péssima de lágrimas, mas vivo pelo menos.

O abraçei com todas as minhas forças, mesmo se aquilo pioraria e doeria mais meu braço machucado.

E senti que ele precisava daquele abraço tanto quanto eu. Draco começou a chorar desesperado e o puxei para mais perto massageando as costas dele.

– O que houve, amor? – perguntei da forma mais carinhosa possível o que possibilitou mais lágrimas escorrendo no rosto dele.

– Minh-minha ma-mãe... acho que está morta. – ele falou soluçando com o choro e passei a enxugar as lágrimas da bochecha dele e aproveitar para deixar um delicado beijo lá. – Seu pai e o meu, eles têm um plano e se não os impedirmos ou fazer o que eles querem as coisas só vão piorar.

– Está dizendo que se eu não me casar com Tom Riddle, eles vão me matar e te matar. O que querem afinal?

– Eu não sei, Harry. Meu pai chegou na hora que minha mãe terminava de contar sobre o plano e eu fugi, mas quando corria ouvi ele me chamar e depois minha mãe gritar.

– Pode ter sido uma armação para tentar te fazer voltar à trás. Ela ainda pode estar viva e de qualquer forma isso não é culpa sua, Dray. – eu falei o mais gentil que podia, mas Draco se afastou bruscamente dos meus braços, me fazendo soltar um gemido de dor do meu braço.

– Espero que seja. – ele disse ainda triste, mas depois abriu um sorriso pegando e entrelaçando sua mão na minha - a que o braço ainda estava bom, por sorte. – Você está bem? Está machucado? Quer que eu faça algo?

Não era um bom momento para esse pensamento, mas Draco ficava tão fofo sendo super protetor e carinhoso.

– Acho que quebrei meu braço com a queda, já que meu pai quase me pegou e tive que pular o final da escada, mas estou bem sim, amor. – disse sorrindo e ele abriu um sorriso singelo e se entendendo para dar um beijinho no meu braço, como quando se fazia com as crianças e dizia que com um beijinho qualquer machucado seria sarado.

Aproveitei a deixa para puxar Draco para dentro do cemitério, como segurança para não sermos vistos.

Ficamos um bom tempo em silêncio enquanto andávamos até a porta de uma cripta com o nome Potter.

– Acho que é aqui. – Draco falou olhando para mim nervoso, mas tentando manter a pose, pegou a minha mala colocando nas costas para depois pegar e entrelaçar nossas mãos. – Quer que eu entre com você? – ele perguntou e eu concordei com um aceno da cabeça, pegando na maçaneta e a girando para abrir a enorme porta de madeira e metal.

Rivais // Fanfic DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora