Capítulo 11

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Harry pov

Draco me puxou com força para um intenso e delicioso beijo, sua língua cruzando com a minha e o calor do seu corpo próximo do meu.

Ele foi me puxando cada vez mais enquanto andávamos pelo quarto, até cairmos juntos na cama.

Draco não perdeu tempo estendendo seu corpo para cima do meu na medida que nossas bocas continuavam unidas em uma incrível sintonia.

Ele passou a fazer uma trilha de beijos pelo meu rosto chegando a lamber e morder o lóbulo da minha orelha.

- Eu quero tanto você, Potter - Draco susurou no meu ouvido, com uma voz rouca e arrastada cheia de intensidade e desejo.

E nisso eu podia jurar que algo se acendia em meu corpo, um certo incomodo na região pra baixo da minha cintura, mas não era o tipo de coisa que poderia ser. Quer dizer como que eu poderia estar duro com o simples som da voz dele? Não, Harry James Potter você não pode ser tão frouxo assim.

Além do mais eu nem poderia me entregar a luxúria, já que era o meio da tarde e seria difícil de esconder o barulho de gemidos com meu pai chegando em casa.

E ainda tinha mais esse problema. Meu pai. Não era o tipo de coisa comum ver seu pai beijando o maior inimigo dele que ainda por sinal era o pai do seu namorado ou quase namorado.

É, eu estava completamente fodido, quer dizer não no sentido tão literal assim.

- Draco... - gemi ao sentir ele arrastando seus dentes pela a minha pele sensível do meu pescoço. - Draco, não podemos fazer isso.

- O quê? - ele perguntou com uma expressão horrorizada se levantando com tudo para se afastar de mim.

Droga Harry! Você estragou tudo como sempre.

- Olha, meu bem, eu quero e muito isso, não precisa de muito para reparar o quanto meu corpo estava gritando pelo seu, mas não podemos. Meu pai pode chegar a qualquer momento, minha mãe está aqui em casa e ainda por cima tem visita lá embaixo, isso pode dar muito errado ainda mais num momento como esse que pode tornar esse momento único um pesadelo.

- Meu bem? - Draco perguntou começando a rir. - Que fofo!

- Dray! Eu estou falando sério e espero que tenha entendido porque tenho algo para te mostrar - falei me levantando da cama e sendo seguido por ele até onde abaixei para pegar a caixa que achei no sótão enquanto pegava uma coisa para a minha mãe mostrar para a amiga dela que fazia uma visita.

Eu peguei dos dois lados na alça da caixa para erguer e colocar em cima da minha escrivaninha, mas quando fiz isso quase dei um grito ao ver que meu caderninho de capa de couro que eu costumava usar como diário estava ali em cima.

Eu sempre guardava bem no fundo da gaveta como forma de evitar de alguém ler e eu nunca teria o esquecido em cima da mesa tão amostra assim.

O que só poderia significar uma coisa...

- Draco!

- Sim, meu amor - aquele loiro ainda tinha a audácia de sorrir e me chamar de meu amor depois de ter feito algo como aquilo?

- O que isso está fazendo aqui? - perguntei largando a caixa em cima da mesa e pegando o caderno e exibindo a capa para ele.

- Não sei, Harry, a mesa é sua - ele respondeu com um sorriso idiota no rosto.

- Draco, o que foi que você leu?

Respira Harry, respira. Pensa que se tiver um cadáver no seu quarto vai ser muito pior.

- Ahh! Só uma página que falava algo sobre mim.

- Eu vou te matar, Draco Lucius Malfoy! - eu tentei ao máximo não gritar se não alguém ouviria, mas isso não me impediu de correr pelo quarto atrás dele e estragar aquele cabelo perfeito de gel com um travesseiro.

- Desculpa Harry, achei que não teria tanto problema. Tenta entender eu estava entediado e você demorava demais, eu encontrei um caderninho na gaveta e BAM, uma curiosidade bateu e o tédio passou.

- Isso era para me convencer a não te matar? Porque se era, vai precisar de um argumento mais convincente.

- Você me perdoaria porque...porque...eu te amo - ele falou quase sussurando e eu sorri ao ouvir o que pretendia ser dito.

- Não te ouvi direito e desse jeito não vai dar para te perdoar - provoquei rindo.

- Eu te amo, Harry - Draco repetiu mais alto se aproximando de mim com um certo receio, mas sorriu assim que abri meus braços para um abraço.

- Eu também te amo, Draco - disse beijando seus lábios macios. - Mas se ler meu diário mais uma vez, você não vai viver nem um segundo sequer.

- Vou me lembra disso da próxima vez, agora o que pretendia me mostrar?

Voltei a me aproximar da escrivaninha junto dele e abri a caixa começando a pegar algumas coisas de dentro.

- Eu achei essa caixa jogada no sótão com um papel dizendo que era para ser jogado fora, só que meu pai nunca faz isso, se tem algo para jogar fora ele apenas joga. Então quando eu abri a caixa encontrei com um álbum e umas coisas e na hora entendia o que aconteceu na praça.

- Isso explica aquele beijo?

- Em parte sim. Veja só este álbum - eu falei tirando da caixa um álbum de fotos e começando a folheá-lo e mostrar a Draco algumas páginas do tempo de escola dos nossos pais.

E em várias páginas tinha os dois juntos sorrindo com um grupo enorme de amigos. Em outra, minha mãe e Narcissa Malfoy, mãe de Draco, estavam juntas se abraçando como se fosse melhor amigas e ao lado meu pai e Lucius faziam o mesmo.

Só que o problema é que não era uma simples foto de amigos, era de casais.

E isso ficou mais claro quando virei a próxima página...

Uma foto do meu pai e Lucius se beijando de uma forma muito intensa e romântica. E ao julgar pelo brilho nos olhares deles, os dois estavam realmente apaixonados, já que eu tinha o mesmo brilhos no olhar quando via Draco.

Quem diria que os Potter podiam se apaixonar facilmente pelos homens Malfoys...

Rivais // Fanfic DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora