3 (parte dois)

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Drop of a hat she's as willing as playful as a pussy cat

Then momentarily out of action

Temporarily out of gas

To absolutely drive you wild, wild

She's all out to get you

(Imediatamente ela está disposta

Brincalhona como uma gatinha

E depois momentaneamente sem ação

Temporariamente sem energia

Para te deixar completamente maluco, maluco

Ela está à solta pra te pegar)

(Queen – Killer queen)

Virei para os lados segurando-a pela barriga enquanto ela se debatia e fiquei igual uma barata tonta.

Uma risada ecoou atrás de mim e Lennon se aproximou colocando suas mãos sobre as minhas.

- Eu seguro.

- Tá. – soltei-a e comecei a pegar lencinhos, pomada, talco, e uma fralda nova.

Vie não parava de chutar e chorar enquanto eu realizava meu trabalho. Lennon ria e me fazia rir com comentários como: 'Ela parece um potrinho chutando' ou 'Meu Deus, ela caiu no lixo tóxico? Que cheiro é esse?'.

Nós encerramos nossa missão e a apanhei no colo, mesmo assim Vie chorava e resmungava jogando o corpo para frente e trás.

- O que você quer? – falei com ela. – Já está limpa.

- Conheço esse choro.

Lennon pegou-a no colo e saiu do quarto, enquanto isso fui lavar minhas mãos no banheiro e me deparei com uma cena inusitada ao voltar para a sala.

Vie sentada no sofá ao lado dele que buscava algo na TV, e nas mãozinhas melecadas dela um pedaço de chocolate todo babado, assim como a boquinha bem desenhada dela, nem seu furinho no queixo era visível com tanta lambança.

- Ela pode comer isso? – perguntei sentando-me ao lado deles.

- O Simon sempre dá quando ela faz birra. Funciona.

Só estava há poucas horas com essa criança e me sentia exausta, imagina ser mãe 24h por dia, a vida toda? Não era para mim.

Levantei-me e fui aquecer a mamadeira dela, quando o chocolate acabou Vie voltou a chorar e Lennon parecia tão desesperado quanto ela.

- Não sei mais o que fazer. – trouxe ela de volta para mim.

- Aqui. – a peguei e avistei seus olhos verdes úmidos cansados. – Isso é fome e sono. Vamos. – voltei para a sala. – Apaga a luz e coloca no Pocoyo. – ordenei.

- Sim, senhora. – bateu continência.

Deitei Vie no meu colo, a mamadeira em sua boca, o desenho começando e minutos depois eu tinha uma bebê calma e dorminhoca nos meus braços.

Carreguei-a até o quarto, Lennon veio atrás e me ajudou. Ele afastou a mantinha do berço conforme eu a deitava, e a cobriu. Ficamos olhando ela dormir por um tempo.

- Missão cumprida com sucesso, soldado. – sussurrei para ele.

- Ir para o Afeganistão foi mais fácil.

Sempre foi Você (Girls From Staten Island - livro 6)Onde histórias criam vida. Descubra agora