13 (parte dois)

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My body's aching, but I can't sleep

My dreams are all the company I keep

Got such a feeling as the sun goes down

I'm coming home to my sweet

Mother love

(Meu corpo está doendo, mas eu não consigo dormir

Meus sonhos são a única companhia que eu tenho

Me vem uma sensação quando o sol se põe

Eu vou voltar para casa para o meu doce

Amor de mãe)

(Queen – Mother love)


Abri meus olhos e ofeguei com força, como a Katniss acordando de um pesadelo.

O teto era bege?!

- Você está segura, calma. – uma mão quentinha segurou meu braço e a outra me empurrou de volta para me deitar.

Ergui meus olhos avistando Berry de olhos inchados detrás dos óculos segurando minha mão. Respirei fundo e identifiquei que estava em um hospital.

- O que é isso que colocaram em mim? – olhei para o soro o meu braço.

- É para você se hidratar e se nutrir. Está tudo bem, Lolla. – passou a mão no meu cabelo curto. – Você está bem ... Você ...

Os olhos dela encheram-se de água e eu entendi que tudo o que eu passei nos últimos dias e pensei ser um pesadelo, era realidade.

- Não seja chorona, Ringo. – olhei para o outro lado e vi Lennon jogado na poltrona.

- Desculpa. – Berry secou os olhos. – Ainda bem que deu tudo certo. – beijou minha testa.

Ainda estava confusa.

- Eu não morri. – falei pausadamente.

- Não. – Berry sorriu.

- Graças ao Lennon. – May entrou com Kassie no quarto.

- E ao Kyle. – Lennon levantou-se.

- Sumi por quantos dias?

- 6 dias. – Kassie falou e virou-se de costas chorando.

- Está tudo bem, Kass. – acalmei-a. – Fora meu cabelo.

Eles riram.

- Ela está voltando a si já. – May sorriu.

- Que bom. – Berry sorriu. – Tem um monte de gente querendo te ver. A Layla está vindo da Virginia.

Fiquei um tempo em silêncio. Me sentindo cansada, grata e ainda com medo por tudo o que não aconteceu.

- E o Malcon? – perguntei.

- Foi preso. – a mãe da Vie me informou.

- Acordou? – uma mulher de branco, enfermeira, entrou. – Vou chamar o médico, e por favor, só um acompanhante.

- Eu fico. – Lennon ordenou.

As meninas me beijaram no rosto e prometeram voltar.

- Oi, linda. – segurou minha mão.

- Oi. – inclinei a cabeça.

- Seu pai ficou aqui um tempão, foi só tomar um banho e já volta.

Eu ia perguntar dele mesmo. Fechei meus olhos e uma combustão de emoções me dominou.

- Lennon.

- Sim.

- Me desculpa. – comecei chorar, sem controle algum.

- O que? Pelo o que? Não, não chora. – secou meu rosto. – Fica calma, por favor. – beijou minha testa.

- A gente brigou e eu fui tão brava e...

- Eu que fui um sem-noção, Lolla. – sorriu para mim. – Vamos esquecer isso. Nós estamos bem. Está tudo bem. Estou aqui e você também, isso é tudo o que importa.

Esquecer era bom. Concordei.

- Achei que ... achei que .. – ele ergueu a cabeça respirando fundo e seus lábios tremeram. - ... Que tinha perdido você para sempre.

- Eu também .... eu te amo tanto. – Lennon encostou a cabeça na minha.

- Eu que te amo tanto! Eu amo você, linda. Eu amo você, Lolla. Você não pode morrer nunca, tá bom?

– acabei rindo.

- Tudo bem. Nem você ... eu ainda quero viajar com você. – ele me beijou ternamente.

- Nós vamos viajar pelo mundo todo. – me beijou de novo. – Eu amo você.

- Mesmo com esse cabelo?

Ele riu.

- Mesmo assim. – ele secou os olhos e assentiu.

- Ainda bem que vai crescer de novo. – a voz dela nos interrompeu.

Lennon se afastou e minha mãe estava na porta sorrindo para nós.

- Vou deixar vocês a sós. – ele sorriu para mim. – Volto daqui a pouco.

Ele saiu do quarto e ela se aproximou da maca. Nervosa, com as mãos juntas e o corpo magro tremendo.

- Mãe...

- Me desculpa! – ela me agarrou chorando. – Me desculpa. Eu sinto tanto. Eu sinto muito. Me perdoa, filha! Me desculpa! Eu amo tanto você.

Eu não enxergava nada, minhas lágrimas não paravam de escorrer.

- Achei que você. .... – acariciou meu rosto. – eu .... Ah Lolla, eu te amo tanto! Fui uma mãe horrível eu ...

- Eu te perdoo mamãe. Amo você também. – sorri e sequei o rosto dela.

- Você é o grande amor da minha vida, Lolla. – suspirou. – Sempre foi você, me desculpa ter feito você duvidar disso.

- Meu amor sempre foi você também, mamãe. – segurei sua mão. – Nós vamos ficar bem.

- Vamos sim. – sorriu de volta. – Somos a 'número 1' uma da outra. – beijou minha testa.

Respirei fundo sentindo meu coração totalmente preenchido de amor depois de tantos anos.

O buraco que faltava não existia mais.

Ela estava aqui de novo. Do meu lado.

O lugar de onde nunca deveria ter saído.


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Sempre foi Você (Girls From Staten Island - livro 6)Onde histórias criam vida. Descubra agora