Parte 3

489 84 215
                                    

Olá pecadores, como estão? Hoje o capítulo está meio melancólico. Mas isso será bom, porque a partir daqui às história realmente começa.

Agradeço a todos os comentários e curtidas! Sinto muito feliz e agraciada.

Uma pequena curiosidade: eu nunca li algum livro que contenha os personagens Padre Gabriel e um Vampiro, então se as coencidencias aqui são meramente coencidencias.

Aqui o Lao Wen diz que está apaixonado pelo seu Padre, quis deixar assim, porque na medida que a história avança a paixão se transformara em amor.

No mais vamos para leitura! 🤭🤭

🔱🔱🔱

- A benção, Padre Zhou...

Eu deveria ter tomado alguma atitude quando vi Lao Wen naquele corredor meio escuro? Deveria, mas o que eu fiz? Nada! Absolutamente nada. Meu cérebro não mandava comandos a minhas pernas ou boca, então fiquei ali parado como uma estátua. Enquanto sentia a aproximação de Wen Kexing na minha frente.

- Padre Zhou? Tudo bem? A benção. - disse pegando minha mão e beijando.

- Hum, sim. Desculpa. E que o senhor lhe conceda a graça. - sentir seus lábios na minha mão me causou uma sensação estranha no corpo.

- Nós podemos conversar? Não precisa ser no confessionário, mas se o senhor se sentir mais confortável lá, por mim tudo bem. - tinha algo errado ali, não tinha?

- É algum pecado ou segredo? Se não for, podemos conversar aqui na minha sala. Só não pode ser agora, pois isso me atrasaria para a missa.

- Não tecnicamente um pecado, talvez um segredo... Mas posso esperar até o final da missa, então. - um silêncio ficou entre nós e isso estava me deixando nervoso. - Até mais então Padre Zhou.

Vi as costas de Lao Wen se virar e sumir pelo corredor e só isso? Sem uma provocação? Sem palavras de duplo sentido? O que? Mas porque eu estava me importando com isso, afinal? Com um sinal da cruz eu fui em direção a capela para arrumar o altar para a missa. Já eram quase 20:15 quando terminei de atender a última pessoa no confessionário quando percebi que Wen estava no fundo da igreja de cabeça baixa e quando percebi já estava do seu lado lhe chamando.

- Lao Wen? Está acontecendo algo? - ele levantou seus olhos e vi um pouco de tristeza ali, mas foi bem de relance, eu acho.

- Hum, não Padre Zhou. Só estou cansado, o dia foi bem cansativo. O senhor já terminou?

- Sim, deixa eu fechar as portas que aí vamos...

- Podemos conversar aqui? Digo, no templo?

- Porque? - quis saber.

- E-eu me sinto bem aqui.

- Na casa do senhor sempre nos sentiremos bem e em paz... - disse quando ia em direção a porta.

- Talvez seja. Mas nem sempre eu me sinto em paz aqui, as vezes eu me sinto... - ele não terminou.

Com as portas fechadas eu voltei ao lugar onde Wen estava sentado e sentei duas fileiras na frente dele e ele sorriu com isso. Era um sorriso discreto, mas era um sorriso. Olhando para o mais novo notei que havia algumas olheiras ao redor dos seus olhos e que ele estava um pouco disperso em seus pensamentos. Parecia que ele estava decidindo algo e precisava de coragem para isso, então esperei seu tempo até que ele me olhou e com um suspiro ele começou a falar.

- Padre Zhou, eu queria pedir desculpas e perdão por aquela noite. Eu sei que agir de modo imaturo e infantil, sei que não respeitei sua crença, seu corpo e fé e muito menos a casa do senhor. Mas é que... - ele desviou o olhar antes de falar - Eu sou loucamente apaixonado por você, Zhou Zishu! Eu desejo você desde os meus treze anos e pensei que o tempo iria diminuir esse desejo ou essa paixão, mas não Padre! Ela continua aqui fortemente no meu peito e a cada dia que eu o vejo, eu simplesmente te desejo, desejo seu corpo, sua boca, desejo ser seu por inteiro e tudo mais que o A-Xu quiser comigo.

Pai perdoa-me, porque pequei ( EM PAUSA )Onde histórias criam vida. Descubra agora