P.V Sasuke
Quando finalmente chegamos à boate já havíamos passados por mais becos do que eu poderia aguentar, quase todos com uma nova alucinação diferente. Eu suava frio e tinha a leve impressão de que estava pálido. Suspirei de alívio quando chegamos em frente a casa de festa que possuía uma entrada discreta: nada mais do que um letreiro azul Neon e um tapete vermelho ladeado por plantas, que formavam uma espécie de barreira. O segurança nos olhou desconfiado quando apresentamos nossas identidades falsas - já que a boate não era permitido menores de dezoito anos - mas nos deixou passar. Ninguém se importava de fato com nossa idade, afinal, levaríamos dinheiro para a boate.Nenhum de meus amigos perceberam meu estado perturbado, e assim que adentramos o local semi-iluminado com luzes coloridas apontando para a pista de dança, me puxaram para dançar. Nós sete fizemos uma pequena roda e passamos a fazer alguns passos coordenados e desengonçados, rindo a todo momento.
Me afastei do grupo meia hora depois e fui até o bar. Chegando lá me sentei na cadeira mais escondida que havia, fazendo sinal para o garçom e pedindo uma dose de Whisky. O líquido desceu por minha garganta como fogo, mais ainda não era mais doloroso do que a tristeza que se abatia sobre mim desde que encontrei a garotinha. Pedi mais duas doses.
Copo por copo, dose por dose, fui tentando afogar aquela sensação ruim que continuava me rondando. Varri todo o local com a visão meio embaçada e avistei um homem pálido no lado oposto do salão. Sua cabeça estava sendo segurada por suas mãos à frente do corpo, e sangue escorria de seu pescoço, manchando sua roupa de vermelho vivo. Sua cabeça também pingava sangue no carpete negro e me encarava com olhos sombrios em meio a cortina de cabelos ruivos.
Cara, eu tava muito bêbado.
Levantei em um pulo da cadeira, parando por um momento para me equilibrar e corri em direção ao Neji, a primeira pessoa que avistei. Ele estava com uma garota morena e conversava animadamente com ela quando cheguei nele e me apoiei no ombro do mesmo.
— Aí cara, eu tô muito bêbado, tô vendo um cara sem cabeça! — Disse com a fala meio embolada por conta do álcool. Ele me olhou com um semblante raivoso, mas se despediu da menina - não sem antes trocar os números - e me levou em direção aos fundos da boate.
Devagar, caminhamos pela rua deserta em direção à minha casa, que era um pouco longe dali. Caminhamos em silêncio por algum tempo, até Neji o quebrar.
— Você ainda não me disse porque salvou o Uzumaki. — Falou enquanto eu apoiava meu peso nele.
— Por que ele é um humano ué! — minha voz já estava começando a ficar embargada pelo sono, e se eu não estivesse olhando para cada beco para verificar quaisquer alucinações, já estaria dormindo praticamente.
Neji percebeu meu estado sonâmbulo e não disse mais nada, apesar de ainda aparentar estar confuso.
Não sei quanto tempo levamos para chegar na minha casa, e quando chegamos Itachi estava sentado no sofá me esperando. Ouvi algo sobre eu ser um irresponsável etc, mas apenas o ignorei e subi para o meu quarto, adormecendo em minha cama.
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Acordei no outro dia com uma dor de cabeça infernal e cogitei ficar na cama o dia todo, mas desisti quando me lembrei que tinha contas para acertar com um certo loiro.Me arrastei para fora da mesma e obriguei meu corpo a tomar um banho descente, se vestir e descer para tomar um café.
Itachi e Fugaku já haviam saído para trabalhar, deixando apenas eu e minha mãe na mesa de café da manhã. Dona Mikoto passava geléia no pão tranquilamente e não levantou o olhar quando me sentei na ponta oposta da mesa.
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Ghost - Sasunaru
FanficNaruto Uzumaki não é um adolescente comum. Desde cedo ele carrega o grande fardo de se comunicar com os mortos e aguentar todo o sofrimento que esse dom lhe causa, o tornando um garoto triste e solitária, e se não bastasse ter que lutar contra demôn...