Ghost - Sasunaru

All the good boys go to hell

UM ANO, UM ANO QUE EU NÃO APAREÇO.

Meu deus gente, eu juro que era pra ser só por algumas semanas, eu juro ;-;

Enfim, as coisas se agravaram muito, quem tá no grupo de Ghost sabe, eu venho explicando a situação desde o fim do ano. Para quem não está no grupo, a situação em questão é que eu passei a trabalhar durante os finais de semana, enquanto estudo integral 😭😭😭

Maior loucura da minha vida gente, te contar.

Mais, como quem é vivo sempre aparece, estou aqui com um capítulo não tão fresco assim pois eu comecei a escrever ele naquela semana mesmo em que eu postei o último capítulo, e ao longo dos meses fui escrevendo ele. Sério, nem eu acredito que terminei. Que dádiva.

Eu não vou nem enrolar muito gente porque eu sei que o que vocês querem não sou eu.

Boa leitura pessoal!

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P.V Sasuke

Eram pouco mais das dez, porém eu ainda estava deitado ao lado de Naruto sob o gramado agora prateado pelo luar. Tinha tentado até dormir, como o loiro, mais seus espasmos e gritos haviam me tirado essa possibilidade. Então tudo o que fiz foi fingir estar no décimo sono enquanto o mesmo acordava suando frio e gritando, e depois voltava para sua posição.

Algumas vezes até achei que ele não conseguiria dormir após os horrores que viu em seu sono, porém logo estava o Uzumaki caindo na inconsciência novamente. Essa atitude me fez pensar que Naruto talvez preferisse os monstros produzidos por ele mesmo, do que os monstros da realidade. Ou então, no quão habituado ele estava com esses terrores noturnos para que não fossem mais motivos de insônia.

Fosse qual fosse a realidade, a verdade é que eu não era mais indiferente a ele como costumava ser a semanas atrás, e pouco me importava se eu deveria estar sendo cruel ou frio com Naruto. Pelo contrário, eu tinha uma ligeira vontade de fazer algo contra aquilo, conforta-lo de qualquer maneira possível, mas eu estava inseguro, afinal, esse novo relacionamento era um mistério para mim, e isso me causava medo.

Depois que o Uzumaki foi embora, roubei o livro da vida das mãos do destino e passei a escrever o que bem entendesse no meu dia a dia. Mistérios, abismos sem fundos e águas desconhecidas não eram o meu forte mais: tudo precisava ser de meu conhecimento, programado. O desconhecido não é "bom", é perigoso. Ele te faz feliz por cinco anos e então vai embora, aparecendo seis meses depois te ignorando completamente. 

Agora o desconhecido arrombou a porta do meu destino após eu espanca-lo por mais cinco anos, tomou o livro da vida das minhas mãos trêmulas e o rasgou em pedaços, tudo para que eu não tivesse nada nem ninguém para recorrer, a não ser ele mesmo.

Suspirei, encarando os fios loiros, agora prateados ao luar, de Naruto, e me deparei com seus olhos azuis brilhantes me encarando de volta, me fazendo enrubescer no ato.

— Sakura já chegou? — perguntou ele, sua voz rouca pelo sono me causando um arrepio estranho. Naruto bocejou preguiçosamente e coçou os olhos despreocupado, como se estivesse obrigando o mundo a segurar sua respiração enquanto ele despertava. Até mesmo eu parei para acompanhar seus movimentos letárgicos.

Era de costume sempre ver o Uzumaki alerta, agitado. Mesmo quando andava se arrastando pela escola seus olhos demonstravam seu estado de constante atenção, então vê-lo totalmente desarmado era como me desarmar também. Era como uma pintura abstrata de cores calmantes.