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A luz da lua iluminava uma pequena ilha em um arquipélago dominado inteiramente por dragões selvagens e devoradores de homens.
Nossa história tem início em uma caverna escura, onde uma mãe repousava enquanto usava seu corpo para aquecer sua prole...
O som de choro feminino acaba por despertar aquela criatura. A fim de proteger seus ovos, aquela mamãe sai sorrateiramente daquela caverna.
Ela buscava fazer o mínimo de barulho possível, se fosse um grupo grande de humanos, dificilmente ela poderia enfrentá-los. Mas usando a sua astúcia ela poderia salvar sua prole.
A luz da lua e das estrelas revela a aparência daquele ser...
Ela possuía um enorme corpo, ele era longo e fino, suas cores variavam entre verde acinzentado na parte superior do seu corpo e pálido na inferior, seu corpo era coberto por inúmeros espinhos negros e vermelhos.
Ela era um dragão da classe pedregulho, chamada de "Morte Murmurante" ou "Suspiro da morte".
Sua calda já estava armada pra disparar um espinho em qualquer um que se atrevesse a se tornar o seu alvo...
Graças a sua ótima visão, ela pôde observar que não havia um grupo de vikings aos arredores da sua caverna, havia apenas um pequeno barco na praia mais próxima.
Desafiando todos os perigos que existiam ao seu redor, aquela Morte Murmurante rasteja cautelosamente até aquele barco...
Seus olhos brancos lhe mostram uma visão horrível... Uma mulher aparentemente sem vida em seus olhos... Segurando um bebê. A criança parecia estar bem, mas chorava bastante ao perceber que sua mãe não se mexia mais.
O Dragão usa sua calda pra mover delicadamente a criança até a areia e olhá-la com mais atenção.
Ele era tão pequeno e frágil, seus olhinhos azuis permaneciam fixos na criatura.
A maioria esmagadoras dos humanos iria gritar e chorar ao ficar tão perto de um Suspiro da morte, esses dragões não tinham a aparência mais convidativa do mundo...
- Heheheheh - Mas aquela criança riu, uma risadinha tão fofa e destemida, mesmo sendo tão pequeno e fraco...
A Morte Murmurante aproxima seu rosto do bebê. Surpreendentemente, o bebê usa suas mãozinhas macias para tocar as escamas ásperas e duras daquela criatura.
Um sorriso desdentado surgiu no rosto do pequeno humano ao tocar uma superfície tão diferente do comum.
-... Ka... i - A mulher quase morta murmura com uma grande fraqueza...
A princípio a Dragão ficou assustado, mas logo percebeu que o último suspiro daquela mulher... Foi o nome dado a criança por ela mesma.
Kai
A mamãe sabia que não poderia fazer nada por aquela criança, todos os dragões sofreram horrores nas mãos humanas. Criar aquela criança seria como declarar guerra contra os outros dragões e correr ainda mais riscos com os Vikings.
A Morte Murmurante lentamente começa a rastejar pra longe do bebê, tentando não fazer movimentos bruscos pra não assustá-la. A criança começa a chorar ao perceber que estava novamente sozinha.
Seu choro acaba por atrair mais dois dragões que se mantinham escondidos no escuro das árvores ou atrás das pedras próximas.
Um Gronckle da cor roxa e um pesadelo monstruoso azulado, ambos se aproximam da criança que chorava intensamente, a luz da lua refletia nas lágrimas humanas daquele menininho.
O Gronckle farejou o bebê por alguns segundos. Mas ao perceber que aquele bebê se trata de um humano, o dragão abre sua grande boca, um brilho amarelado já podia ser visto pelos olhos amedrontados do bebê.
Tchik!
O comedor de pedras interrompe o seu disparo ao sentir uma enorme dor em sua pata frontal.
Um espinho negro estava profundamente cravado no local...
De repente um ser semelhante a uma serpente envolve o seu próprio corpo ao redor do corpo do frágil bebê enquanto rugia ferozmente.
O Gronckle fugiu ao perceber que não poderia lutar com tal ferimento.
O Pesadelo Monstruoso incendeia o seu próprio corpo pra tentar intimidar a Morte Murmurante.
A criatura espinhosa avança contra o Dragão agressor enquanto fazia de tudo pra proteger aquele frágil humano, nem mesmo ela sabia o por quê estava fazendo isso... Talvez fosse instinto, proteger aquele bebê havia se tornado uma prioridade a partir do momento em que ele a tocou.
Em um momento de descuido, o pesadelo consegue morder o corpo da mãe Dragão.
Um grunhido ensurdecedor e ouvido. A Morte Murmurante devolve na mesma moeda e abocanha a calda do seu inimigo, os dentes afiadíssimos conseguiram perfurar as escamas do réptil inimigo.
Com uma força digna do seu tamanho, ela arremessa o pesadelo pra longe, fazendo o réptil colidir com as árvores.
O pesadelo estava ferido demais pra continuar, então fugiu voando de forma desorientada.
A criatura com o corpo de uma serpente respira por um momento, o sangue que vazava pelo ferimento feito pela luta parecia não ser nada grave, não ao ponto de se tornar um problema futuro.
O bebê para de chorar ao ver o rosto da criatura que o protegeu, a calda gentil da Morte Murmurante ergue o bebê e o leva delicadamente até a caverna.
Antes de adentrar a caverna, o Dragão pegou a coberta que a criança, e um diário que foi escrito pela mãe do bebê em seus dias a deriva.
A Dragão fêmea podia entender aquela humana... O instinto de proteger seus filhotes a qualquer custo.
Sob a luz daquele luar, a criatura fez uma promessa para a humana já sem vida pouco antes de empurrar o pequeno barco de volta pro oceano...
Mudança de Cena
O bebê foi levado até o ninho, ele estava apoiado na cabeça daquele Dragão fêmea enquanto observava as afiadas estalaquitites e estalagmites dos grandes túneis.
Pra surpresa de todos, um dos ovos de Morte Murmurante já havia se quebrado enquanto a mamãe estava lá fora. Mas... Onde estava o filhote?!
Um som estranho atraiu a atenção dos dois. Era uma criaturinha... Pequena, ela batia acidentalmente sua cabeça nas pedras da caverna.
Isso era incomum.
Em geral, os Mortes Murmurantes tinham uma visão excelente, mas aquele... Parecia... Cego.
Com a ajuda da sua nova mamãe, o humano é colocado no solo e engatinha até o filhote desorientado...
Com suas mãozinhas, ele toca as escamas do filhote, elas ainda estavam macias por ter acabado de sair do ovo.
A criatura fareja o humano como se estivesse armazenando o cheiro do bebê em sua memória. Com um grunhido da mãe de ambos, a criaturinha soube que aquele bebê não era inimigo...
Muito pelo contrário...
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Hunter Rider (Httyd X Male Oc)
FanfictionKai... "Aquele que foi trazido pelo mar". Esse é o meu nome. Vivo em uma caverna com meus numerosos irmão, apesar da aparência assutadora, eles são legais. Mas obviamente eu não sou como eles, tenho braços ao invés de asas, e cabelo ao invés de esta...