A Cupido que nunca amou

Curiosidade vermelha.

Depois que finalizaram as divisões de classe daquele período todos foram em direção as suas salas,  pra tristeza das meninas a jovem Lucy e suas duas amigas Veronica e Jocellyn ficaram na mesma sala que elas.
Lucy e suas amigas são o típico trio de meninas que você caro leitor deve conhecer de obras americanas para o público adolescente, um trio que se pararmos para notar não está somente em filmes, as divisões também acontecem nas escolas como a das meninas, pode não ser três, mas sempre tem, as vezes quatro, cinco ou até mais. Mas como eu um mero narrador não possuo a formação necessária para falar sobre este assunto, vamos voltar para a nossa história.

Ao entrar na sala Zemilly, Cecília e Tauane arranjaram lugares próximas umas das outras, Gustavo e Alfie também sentaram próximo das meninas, porém João não quis sentar perto dos meninos, preferiu sentar no fundo, Lucy ao entrar percebe que perto de João tem uma cadeira vaga e corre em direção a cadeira, sentasse e fica olhando em direção a Cecília, esperando que ela vire seu rosto.
Cecília um pouco depois faz o movimento que Lucy tanto aguardava, e Lucy como a verdadeira vibora que é acena gentilmente para Cecília e manda um beijo pra ela.
Cecília então "agarra" aquele beijo imaginário com um sorriso nitidamente falso e ao invés de devolver o beijo ela devolve o dedo do meio para Lucy, João percebendo aquilo coloca a mão na boca gentilmente e começa a rir, Lucy fica envergonhada e apenas começa a conversar com uma de suas amigas que estava sentada do seu lado.

O professor chega na sala e a aula começa normalmente.
Na hora da saída, as meninas esperaram Thomas, o veterano amigo e crush de Tauane, porém enquanto estavam lá fora o grande alvoroço de jovens que saia pelas portas daquela escola que por conta dos próprios alunos em si substancialmente  afetava o senso de sociedade e socialização naquelas horas, a saída parecia um caos total, os maiores venciam os menores nesse breve conto de alguns minutos em corredores largos porém que ficavam apertados com tantas pessoas que por ali se locomoviam ao mesmo tempo. E naquele alvoroço todo João que estava passando em frente as meninas é empurrado em direção a Cecília que estava no canto com suas amigas esperando Thomas.

- Éeh Desculpa.  – Disse João, com uma voz que esboçava nitidamente uma profunda timidez.

- Tudo bem eu que devia ter ido mais pra trás. – Falou Cecília com um sorriso em seu rosto, sorriso esse que mostrava que ela não havia esquecido o belo rapaz.

João sorri de volta e continua andando em direção aos portões da saída.

- O que foi isso em miga? Pelo amor de Deus,  esse macho ainda mexe com tua mente? – Perguntou Tauane com um olhar de reprovação.

- Não mulher apenas pedi desculpas como qualquer pessoa normal e educada. – Respondeu Cecília.

- É Cecy, mas se tem duas coisa que você não é essas duas coisas são normal e educada. – Disse Zemilly rindo.

- Aff, eu não falei nada demais com o menino apenas falei o básico por favor ne gente, olha ali ó o Thomas vindo, esqueçam isso. – Respondeu Cecília apontando para Thomas que estava vindo na direção delas dentro daquela gigantesca multidão.

- Opa meninas, vamos? Ou vocês vão esperar mais alguém? – Disse Thomas.

- Não vamos, não tem mais ninguém pra esperar não. – Disse Tauane pegando no braço de Thomas gentilmente.

Foram em direção aos portões de saída da escola, quando um dos amigos de Thomas o chama.

- Ôôôô Thommy, hoje é dia de você escrever no livro vermelho. – Falou um dos amigos de Thomas que também jogava no mesmo time de Basquete que ele.

- Certo, certo, amanhã passo pra ti. – Disse Thomas pegando e guardando rapidamente o livro em sua mochila.

O garoto acena com a cabeça e se despede, logo após isso Thomas e as meninas continuam a andar normalmente porém Cecília não se aguentou de curiosidade e perguntou sobre o livro:

- O que tem nesse livro vermelho misterioso? – Perguntou Cecília com uma voz dramática de suspense.

- Aaah não é nada demais é só uma brincadeira que os meninos do time fazem todo ano, é besteira. – Respondeu Thomas.

A curiosidade de Cecília apenas aumentou com aquelas palavras de Thomas, porém para não incomodar mais ela preferiu ficar quieta.

Logo após isso pegaram o ônibus e finalmente Cecília pode ficar
sozinha com seus pensamentos, o recomeço que ela desejava estava acontecendo diante dos seus olhos e isso era reconfortante.