Desilusões

13 6 0
                                    

O som alto que saia daquelas grandes caixas de som não eram capazes de silenciar o choro de Cecília, Gustavo tenta de todas as maneiras acalmar sua amiga, porém todas as tentativas foram sem sucesso, ela estava com seu coração partido naquele momento, o menino a qual ela tanto gostava havia ferido seu coração sobremaneira, enquanto ela dava seus passos apressados para a saída do estacionamento, Gustavo avisou a Zemilly e Tauane o que havia acontecido, rapidamente elas saíram do ginásio em direção ao estacionamento onde Cecília estava, chegando naquele local se depararam com ela deprimida e chorando muito.

- Amiga calma, vai ficar tudo bem, a gente tá com você. – Falou Zemilly enquanto abraçava Cecília.

- Eu só quero ir pra casa por favor, liga pra minha mãe ela já deve ter chegado em casa. – Disse Cecília, chorando muito.

- Melhor ligar pra sua mãe Zemilly vamos pra casa já deu por hoje. – Falou Tauane para Zemilly.

- Tá, vou ligar pra minha mãe pra gente ir pra casa tá certo? – Perguntou Zemilly a Cecília, enquanto enxugava suas lágrimas.

- Só me tira daqui por favor eu não quero mais ficar aqui! – Exclamou Cecília em alta voz e chorando muito.

Gustavo tenta abraçar Cecília, porém com todo o ódio que ela tinha guardado naquele momento ela empurra ele, que acaba se desequilibrando em caindo no chão.

- Sai de perto de mim, você mentiu pra mim, você NÃO É MEU AMIGO. – Gritou Cecília com ódio estampado em seu rosto.

Naquele momento os olhos de Gustavo se enchem de lágrimas porém, pra não chorar diante das meninas ele se levanta e sai correndo em direção a entrada da festa.
Alfie sem saber o que fazer decide ir ajudar seu amigo, e entra correndo atrás dele até o banheiro masculino.

- Ei cara, sê tá bem? – Perguntou Alfie a Gustavo que se segurava o máximo pra não chorar.

- Eu tô ótimo, ela mereceu tudo o que aconteceu com  ela, ela sabe a muito tempo que João é um babaca, por que ela gosta dele!? – Exclamou Gustavo em alta voz enquanto socava a parede e segurava o choro.

- Cara pode chorar mano, não faz mal, ela falou aquilo tudo no calor do momento, não é serio o que ela disse. – Disse Alfie enquanto ia em direção ao Gustavo de braços abertos para abraçá-lo.

Alfie se aproximou de Gustavo na intenção de o abraçar, mas Gustavo deu um forte empurrão nele.

- Não toca em mim, me deixa em paz cara, vai lá paquerar aquela escritorazinha de merda. – Gritou Gustavo furioso.

- Não fala dela idiota, fica aí sozinho mesmo seu merda, você não merece os amigos que tem seu imbecil! – Exclamou Alfie enquanto apontava o dedo na cara do Gustavo.

Alfie ja nervoso com toda aquela situação pra não acabar brigando com seu amigo sai e deixa Gustavo lá dentro do banheiro sozinho, ao saber que estava sozinho Gustavo se senta no chão sujo do banheiro do ginásio e chora, seu choro é o mais sincero choro que existe, é o choro da amargura, e do desespero, de um lado havia Cecília, chorando por suas desilusões amorosas, e do outro havia Gustavo, naquele chão sujo de banheiro de festa chorando por não saber chorar, é caro leitor a situação não está nada boa naquela festa.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------

- Eu ia arregaçar aquela vadia no tapa, mas certeza que ela iria correr chorando pro pai dela. – Falou Cecília enxugando suas lágrimas, sentada na entrada do estacionamento.

- Mas não daria nada, tu não seria processada tu é de menor.           – Falou Alfie.

- Mas o pai dela que iria sofrer as consequências ele é Roteirista da Millowstone Studios, empresa que o pai da Lucy é sócio.              – Disse Tauane enquanto posicionava sua cabeça no ombro de Cecília.

- Bom gente, a mãe tá chegando já, o Gustavo ficou bem Alfie?          – Perguntou Zemilly enquanto guardava o celular no bolso de sua calça.

- Não, ele falou coisas que eu não gostei e acabamos brigando resolvi sair de lá e deixar ele se não eu iria só piorar as coisas, mas e você onde que você tava? – Disse Alfie.

– Fui do outro lado do estacionamento pra ver se conseguia sinal no celular. – Explicou Zemilly a Alfie.

- Alfie, não leva a sério o que o Gustavo disse independente do que foi, quando ele fica triste ele fica muito nervoso e tenta ao máximo não chorar por conta do pai dele, que é muito machista e diz que homem que é homem de verdade não chora, como Gustavo cresceu com seu pai falando isso e até batendo nele por ele estar simplesmente chorando que ele é assim. – Falou Cecília com um peso na consciência por ter dito aquilo tudo para Gustavo.

Um pouco depois a mãe de Zemilly chegou, as meninas se despediram de Alfie, entraram no carro e foram para suas casas.
Chegando em casa Cecília se despediu de Tauane, Zemilly e sua mãe e foi em direção a porta de sua casa, como ela havia chegado mais cedo resolveu entrar de fininho para que seu pai e mãe que provavelmente já estaria em casa, não percebessem os seus olhos inchados de tanto chorar naquela noite, porém enquanto fechava a porta de casa ela percebeu um barulho incomum vindo da cozinha.

- EU NÃO AGUENTO MAIS, VOCÊ NEM VEIO OLHAR SUA FILHA NUM DIA MUITO IMPORTANTE PRA ELA. – Gritou o Pai de Cecília da cozinha.

- VOCÊ SÓ VIVE SENTADO NUMA CADEIRA ESCREVENDO SEUS LIVROS IDIOTAS, VOCÊ NEM TRABALHA DE VERDADE SEU BOÇAL, EU QUERIA ESTAR AQUI MAS NÃO CONSEGUI CHEGAR A TEMPO. – Exclamou Mãe de Cecília com uma voz trêmula de choro.

Depois de ouvir a discussão de seus pais, Cecília sobe correndo para seu quarto, ao verem Cecília correndo para as escadas a discussão se encerra, o pai de Cecília imediatamente sobe as escadas atrás de Cecília que já havia se trancado em seu quarto, enquanto sua mãe chorava calada na cozinha.

- Filha, filha abre a porta por favor, vamos conversar. – Falou o pai de Cecília batendo repetidas vezes na porta de seu quarto.

- Pai por favor me deixa, eu só preciso dormir, eu tô bem, me deixa. – Respondeu Cecília enquanto chorava nitidamente.

- Amanhã nós iremos conversar, dorme bem meu amor. – Falou o Pai de Cecília, entendendo a situação e resolvendo deixar de lado por enquanto.

A Cupido que nunca amouOnde histórias criam vida. Descubra agora