A Cupido que nunca amou

Filósofo

"Um certo dia um jovem triste e frustrado com tudo o que ele teria que enfrentar em sua carreira não muito promissora e cheia de incertezas,o jovem era morador  de uma cidade chamada Millowstone e ele havia se perdido em uma floresta da região, pois estava acampando e buscava novas aventuras sozinho, então ele achou uma bela moça enquanto procurava um caminho de volta para casa, essa moça estava ensaiando sozinha na floresta para uma de suas entrevistas como repórter, então o jovem rapaz ficou parado atrás de uma árvore a observando, até que ele decidiu se aproximar dela e conversar com a jovem dama que inicialmente ficou com vergonha e assustada, depois de muita conversa o jovem garoto e a menina foram para a cidade e por incrível que pareça mantiveram contato, ela gostava dele e ele gostava dela, era algo realmente recíproco. Com o passar do tempo ele criou coragem mesmo sendo muito tímido e vergonhoso e pediu a menina em namoro, começaram a namorar e muito tempo depois ele decide pedir a menina em casamento, ela engravida e eles tem uma filha linda, a razão dos sorrisos que aquele homem que outrora foi um rapaz, esboçava todos os dias, essa menina cresceu até que o seu pai sofreu um pequeno acidente que o impossibilitou de caminhar, o deixando numa cama de hospital por alguns anos, porém este homem nunca perdeu a sua alegria, pois sua filha e sua mulher sempre estava com ele."

- Por que você tá me contando isso? Eu já sei como vocês se conheceram. – Disse Zemilly abraçada com seu pai.

- Você consegue perceber como minha história com sua mãe está bem resumida, filha? – Perguntou Pai de Zemilly esperando uma resposta de sua filha.

- Sim, o senhor resumiu direitinho foi até rápida demais eu diria. – Respondeu Zemilly.

- Certo, agora uma pergunta difícil ein: Numa perspectiva totalmente abrangente e avulsa da história que o resumo conta, essa história nesse exato momento tem um fim? – Perguntou o Pai de Zemilly.

- Não pai, o senhor ainda está vivo, a história deveria ter um "continua" no final. - Respondeu Zemilly, com um olhar curioso para saber qual ensinamento o seu pai lhe passaria dessa vez.

- Okay, você é uma menina esperta e deve saber que a regra básica de toda história é, inicio, meio e fim, então minha filha não entenda minha morte como o fim do mundo, é apenas o fim dessa história, ou o florescer de uma história completa, com todas as páginas, com inicio, meio e fim. – Disse o Pai de Zemilly enquanto abraçava fortemente sua filha, que logo após suas palavras fica em prantos.

Zemilly começa a chorar, as lembranças corroem seu coração naquele momento, um misto de sentimentos ruins com lembranças boas começa a moldar em sua mente uma cena triste e de sofrimento, enquanto seu pai a abraça os seu coração clama por socorro, ela não conseguiria se imaginar sem seu pai, não nesse momento.

O tempo passa e sua mãe chega no hospital, por ser a responsável legal pelo paciente que é o seu marido ela pode entrar livremente para o visitar, e é isso que ela faz, ela vai em direção ao quarto de seu marido, chegando lá se depara com sua filha chorando nos braços do pai, a dor que ela sente naquele momento é insuportável, mas ela sabe que tem que manter a calma, e acima de tudo ajudar sua filha.

- Filha, vai beber uma agua, eu preciso falar com seu pai. – Falou Mãe de Zemilly com uma voz trêmula.

Zemilly então sai do quarto e deixa sua mãe conversando com seu pai, e começa a caminhar pelos corredores do hospital em direção ao bebedouro, sua sede é superficial, ela queria preencher aquele vazio dentro dela com qualquer coisa, agua poderia não ser suficiente mas não custa nada tentar o estado que ela se encontrava era de uma total impotência, por não poder ajudar seu pai, e isso a feria muito profundamente.
Enquanto caminhava pelo corredor frio daquele hospital ela se depara com Lukas, que a pergunta se ela está bem, Zemilly então se senta numa cadeira que estava do lado dele e começa a desabar num abraço lento e aconchegante de seu amigo, talvez ela não precisasse de água naquele momento, ela poderia muito bem saciar aquele vazio com suas amizades.