18. Vamos para a Alemanha

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Eai delícias, tô baitola

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- Armiinnnn! - Eren caminhava cantarolando o nome do amigo na direção do mesmo, este que apenas revirou seus olhos e riu quando sentiu o moreno sacudir seus ombros em excitação, estava animado naquela manhã.

- O que aconteceu pra te deixar agindo  igual um imbecil hoje?

- Vamos para a Alemanha amanhã! Esqueceu? - Eren sorriu grande e sacudiu o amigo quando viu ele fazer uma expressão surpresa também. Tinha esquecido completamente dessa promessa feita depois da festa.

- Ohhh, eu vou ganhar passagem de graça mesmo?!

- Vai! E estadia também

Os dois comemoraram, por motivos diferentes, mas estavam igualmente sorrindo e com os braços erguidos como se jogassem algo para cima. Era bem mais divertido quando estavam sozinhos, apesar de agirem igual duas crianças eles gostavam de ser naturais, de aproveitar a infância que não tinham tido.. Eren sempre era o mais animado, Armin por gostar dessa animação acaba sempre entrando na onda e também fazendo palhaçadas. Gostava de ver Eren feliz, assim como ele adorava ver o amor dele sorrir grandemente. Seu coração aquecia toda vez que Arlert sorria, mesmo que não fosse sinônimo de felicidade, pelo menos ele sentia que o menino estava bem junto de si, e por isso mesmo pediu a lua que iluminasse a vida e os sonhos do seu amado cada dia mais.

Os dois riram divertidamente depois de abaixarem os braços novamente, recompondo-se e continuando a caminha na direção da entrada da escola. Tiveram as aulas do dia normalmente, conversaram com os amigos no intervalo, foi um dia deveras tranquilo.

A noite quando eles voltaram para o dormitório que tudo começou a se agitar. Eles precisavam de uma autorização da mãe do Armin para viajarem, e essa sem dúvidas foi a parte mais difícil.. Não que a mãe dele fosse controladora, apenas era superprotetora demais e talvez não achasse que seu filho de quase dezessete anos não pudesse viajar em um avião. Tiveram que tentar e no fim, até que deu certo. Ela deixou que fosse acompanhado do Eren, mas só se um adulto os acompanhasse. A mãe de Yeager iria junto visitar sua mãe então estava tudo perfeito, ela seria responsável por ambos os meninos. Com a autorização da mãe de Armin, do diretor Levi e da avó, a saída do internato diretamente para Alemanha estava finalmente concedida. Animados, eles organizaram em duas malas cada tudo o que precisavam e foram dormir, teriam que acordar cedo amanhã..

[...]

Bertholdt estava caminhando calmamente pelas ruas da cidade. Havia faltado aula naquele dia pois se sentia muito mal e com uma falta de ar horrível, precisou sair para ver a natureza e buscar nela uma paz interior.. Enquanto estava alí, caminhando em meio a flores, árvores altas, bastante verdes e animais ele se sentia livre, como se nada mais pudesse machucar a si, mesmo que seu coração ainda pensasse em Reiner.

Tinha muito medo dele, mas tinha pena, Reiner era doente.. Não que fosse uma desculpa para ter batido em si, mas sem dúvidas influenciou muito na vida do Braun essa doença conhecida como dupla personalidade. Era isso que o garoto tinha, uma personalidade que não tinha nada a ver com a verdadeira dele.. Mesmo que tivesse medo e insegurança sobre o loiro, o perdoaria verdadeiramente se ele reconhecesse o erro e realmente, buscasse se tratar.
Esperava mesmo que ele pudesse ter um tratamento e futuramente, os dois pudessem ser amigos. Braun sempre teve pensamentos muito duplos e conturbados sobre os assuntos, e dês daquela discussão por um pedido tão simples no refeitório Hoover já suspeitava de uma possível personalidade além da verdadeira.

Enfim, não queria pensar nisso. Fazia bastante frio naquele dia e por isso mesmo, ajeitou o cachecol de crochê verde musgo que sua avó tinha feito para si anos atrás, esquentando melhor as áreas qual cobriu que foram a boca e o nariz. Continuou andando e tirando foto de algumas plantas, até que em um momento aleatório pode ouvir uma voz logo atrás de si chamando pelo seu nome, silabando ele até..

- Ber..tholdt. - Era impossível que não reconhecesse aquela voz, apenas em ouvir o suspirar ele já conseguiria decifrar a figura loira parada na entrada do bosque de árvores, era ele.

- R-Reiner...

- Já faz quase um ano..

[...]

- Filha, pega a tinta para mim por favor. - Erwin pediu a Christa, sua filha mais nova que trouxesse a ele mais um pouco de tinta para sua caneta, esta que já estava bastante judiada por ser regarregada a cada duas vezes na semana. Erwin quando se sentia inspirado era muito perigoso, gastava todos os potes de tinta possíveis.

- Oi pai. - Furlan apareceu na sala de repente, espantando Christa e Erwin que rapidamente analisou o filho, já imaginando o motivo de estar em casa. - Eu vou comprar inibidores, certo?

- Compre os mais fracos. - Fur apenas assentiu de leve e deixou a casa mais uma vez.

- Pai, você vai mostrar seus poemas na escola do Levi quando?

- Bem, nunca. O internato não deve estar interessado nisso em nenhuma das matérias do médio. - Smith disse suspirando pesadamente, chateado com a demanda de demonstrações líricas havia diminuído.

- Ah pai, devem gostar muito de você lá! Você é uma figura enorme para vários ômegas.

- Vou perguntar a ele, quem sabe..

- Perguntar o que? - Levi entrou cuidadosamente pela porta da casa, recebendo um abraço cuidadoso de Christa e de Erwin um beijinho nos lábios.

- Estávamos falando que o pai podia aumentar muito a demanda de poemas se mostrasse os novos na sua escola.

- Hm, na minha escola? Não acho que seja uma má ideia. - Ele disse entregando sua pasta preta a Erwin e começando a retirar seu casaco quente pendurando no cabide ao seu lado.

- Você acha que daria certo?

- Acho sim, conheço vários alunos que admiram você. Mas, qual você pretende apresentar, hm? - Levi perguntou enquanto deixava a sala. Como Christa estava curiosa ela continuou ali para ouvir o que seu pai diria.

- Acho que um recente meu, chamado comentas de inverno.

[...]

- Nossa Eren, que frio! - Reclamou baixinho apertando os braços em volta do próprio corpo, logo depois recebendo por cima dos ombros um casaco bem mais grosso do que o moletom que vestia.

- Bem vindo a Alemanha meu caro! - Yeager disse sorrindo alegremente e espreguiçando-se um pouco da viagem longa, descendo do avião e entregando as malas ao Arlert antes de sair correndo animado para chegarem na casa da avó. A mãe dele desceu segundos depois enquanto Armin colocava o casaco, sorrindo minimamente para o menino.

- Gostou do lugar, querido?

- Sim, é bem bonito apesar do frio.

Carla riu baixinho e logo levou o menino junto de si até o caminho qual deveria ser o da casa dos Yeagers. Seria um dia longo afinal, Eren ainda planejava diversas coisas com seu amigo na bela cidade de Dinkelsbühl.

՚՚ 𝙬𝙞𝙣𝙩𝙚𝙧 𝖼𝗈𝗆𝖾𝗍𝗌  ֞ ☁️Onde histórias criam vida. Descubra agora