O pesadelo

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Draco estava em sua Mansão. Tudo por lá estava diferente, já não era a mesma coisa. Mas o que diabos aconteceu enquanto ele estivera fora?

O corpo dele estremecia a cada passo que dava, as mãos palidas tremiam levemente, o frio suportável e os lábios rosados entreabertos.

— Filho? — Narcisa o chama lhe assustando um pouco — Que bom te ver! — ela diz com lágrimas nos olhos, o loirinho foi em sua direção lhe dar um abraço a mesma o recebeu de braços abertos.

— Por que me chamaram, mamãe? — ele pergunta se distanciando do contato e á olha nos olhos — Me diga o que está acontecendo.

— Draco, querido... — sua mãe diz com os olhos preocupados, suas mãos suavam e sua respiração falhava — ...Sente-se aqui. — aponta para uma poltrona que estava logo à frente deles.

— O Lord das Trevas, ele quer conversar com você. Temo que já sei o rumo da conversa. — Cissa diz receosa, vendo Malfoy engolir em seco.

— E-eu não quero. — Draco diz com a voz fraca.

— Eu sei que você será forte meu filho. Independente do que irá acontecer, nós vamos enfrentar isso, juntos. Ok? — ela pergunta e Draco assenti com a cabeça várias vezes feito uma criança.

[...]

— Bem, já que todos estão presentes, vamos começar a nossa reunião. — diz Voldemort com a voz rouca e aqueles olhos vermelhos que faziam qualquer um ter pânico. Ele estava sentado na ponta da enorme mesa de jantar dos Malfoy, os Comensais presentes ficavam em silêncio, Bellatrix Lestrange parecia a única que estava se divertindo com o rumo da conversa, ela obviamente já sabia do que se tratava. — Como todos sabem, o nosso menino Malfoy está de volta. — diz o Lord olhando de relance para Draco, que apenas escutava com atenção, ele já temia com o assunto — Hoje, Draco Lucius Malfoy, filho de Narcisa Malfoy e Lucius Malfoy, vai ser abençoado com a gloriosa Marca Negra!

Não! Não por favor não. Isso não pode estar acontecendo. É claro que eu já temia isso de qualquer forma, mas não acreditava que poderia ser real. Pare de me olhar com esse sorriso bizarro, seu merda! Você acha que receber essa Marca brega e feia é uma benção? Isso é um pedido de socorro para ser internado no St. Mungos!

A cada pensamento de Draco, o sorriso do Lord ia murchando mais, formando uma feição séria.

— Não se esqueça que eu sou um ótimo Oclumente, Draco. Tenha mas cuidado quando for pensar em alguma coisa. — ele diz e Draco apenas assenti.

[...]

— Tem noção da vergonha que me fez passar? — Lucius Malfoy berrava com o filho.

— Qual foi a parte do "Eu não quero receber essa Marca ridícula" você não entendeu? — Draco responde gritando.

— Draco Malfoy, se você não for até lá, pedir desculpa para o Lord e receber aquela bendita Marca... — Lucius diz cuspindo as palavras.

— Vai fazer o que? — Draco pergunta em tom de deboche.

— Seus amigos é quem vão pagar caro. — a postura de Draco muda na hora e Lucius sorri vitorioso.

— Você não teria coragem...

— Oh, se tenho... Você acha que eu gosto daqueles dois insuportáveis que você faz questão de chamar de amigos? Meu filho, que decepção.

— Está mentindo! — Draco grita, estava fazendo de tudo para segurar as lágrimas.

— Bom, já que não acredita em minha palavra, se você não caminhar até aquela sala, obedecer o Lord das Trevas e, não receber a Marca... Sua mãe e seus amigos iram pagar caro.

— Minha mãe e sua esposa, seu doente. — antes que Draco pudesse dizer mais algumas palavras, ele apenas escuta um Crucio e cai no chão, sentindo dores insuportáveis.

[...]

— Não! Para, por favor! — Malfoy estava dormindo em sua cama, no dormitório da Sonserina. Ele chorava e tentava acordar mas não conseguia, até que Harry acorda escutando os gritos do loirinho, Blaise como de costume, já havia acordado e não se encontrava lá.

— Draco? — o moreno o chamou — Draco acorde! — ele chocalhava o corpo do loiro de leve, mas nada aconteceu.

Draco acordou em um pulo, assustando Harry que estava sentado em sua cama. Ele abre os olhos levemente tentando se acostumar com a claridade do quarto, a primeira coisa que ele conseguiu ver foi as orbes verdes de Harry que estavam atrás dos óculos de grau transparente, e logo em seguida viu que seus dedos estavam entrelaçados com os do mesmo.

— Draco? — Harry pergunta preocupado.

— Aonde eu estou? — o loiro pergunta enxugando as lágrimas que escorriam em sua bochecha.

— Em Hogwarts, no nosso dormitório que fica nas Masmorras.

— E o que aconteceu?

— Eu não sei. Eu acordei ouvindo gritos seus, fiquei desesperado sem saber o que fazer, você não acordava. — Harry dizia, mesmo ele sem perceber, ele ainda segurava a mão do loirinho.

— Deve ter sido apenas um pesadelo, você se lembra o que era? — Harry perguntou. O corpo do loiro doi por inteiro, ele sentia uma dor muito semelhante com o do Crucio que recebeu no sonho.

O loiro não conseguia formar uma frase, Draco já não tinha controle de suas emoções, ele começou a chorar e Harry não sabia o que fazer, mas o moreno sabia que o loiro obviamente estava começando uma crise. Ele chorava sem parar, o ar já estava faltando em seus pulmões. Ele queria gritar por ajuda mas a voz não lhe saía, ele queria se acalmar não queria ver seu mais novo amigo lhe julgando, mas os pensamentos e lembranças do sonho o assombrava. Ele queria respirar mas ficava difícil cada vez mais. E o loiro mal sentiu quando os braços de alguém o rodearam.

— Draco. — Harry diz passando a mão nas costas do loiro e o mesmo apoia a cabeça em seu ombro — Respire fundo. — instruiu — Faça o mesmo que eu, puxe o ar, segure, e solte. Isso, assim.

A respiração de Draco ainda estava instável, mas estava mais calma.

— Consegue ver o que há em volta?

— S-sim.

— Ótimo, me diga quatro coisas que consegue ver.

Draco recua do ombro de Harry e olha em volta.

— A p-porta que dá entrada ao banheiro, a cama de B-Blaise, a porta que dá entrada a biblioteca e... v-você. — ele diz soluçando, finalmente conseguindo parar de chorar.

— Isso, muito bem.

Draco retorna com a cabeça para o ombro de seu amigo, Harry moveu a sua mão e começou a fazer carinho nos cabelos de Draco que eram incrivelmente macios e cheirosos.

— Agora me diga, duas coisas que você pode ouvir.

— A sua voz e, eu não sei mais...

— Pronto, não tem problema, está tudo bem, uma coisa então. — Draco sorri fraco com a animação do moreno.

— Agora eu quero que me diga três coisas boas, que você consegue sentir.

— A cama macia, a sua mão junto a minha, e o carinho que está fazendo em meus cabelos. — Harry sorri com a frase, ele não imagina que para o loiro, o toque de sua mão e seu carinho fosse coisas boas de sentir.




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Ai gente, fiquei triste e boiola escrevendo esse capítulo 😭

Galera estou pensando em nomear os capítulos, por exemplo:

"A troca de Casas" 

.... capítulo ....

Para mim vai ficar mais fácil de escrever os capítulos, agradeço a compreensão de vocês.

(1196 palavras)

Até o próximo capítulo



Isa

Se Algo Acontecer... Te Amo • DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora