Memória

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Olás!

Voltamos com mais um capítulo.

Terceiro capítulo em cinco dias, hein?

(*gatilho não intencional*)

Eu só lembro de ter mimado vocês assim no início de Cinco Dias, mas não tinha muita gente pra ser testemunha disso, infelizmente! kkkkkk

Enfim, agora tem, e eu tô feliz demais com os resultados dos dois últimos capítulos. Sigo chocada e muito, muito, muito agradecida.

E amei a discussão nos comentários sobre variações de mandarina/tangerina/mexerica/bergamota no capítulo anterior. 

É pra esse tipo de entretenimeno que eu continuo vindo aqui postar pra vocês. Portanto, continuem fazendo algazarra! <3

Agora avancemos!


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Na manhã seguinte, Rafaella programou-se para ser a primeira a chegar na galeria.

Quando tinha algum tempo sobrando, ela gostava de descer em uma estação de metrô mais distante para que pudesse apreciar mais do trajeto e da movimentação dos turistas em alguns dos famosos pontos de interesse e compras da capital.

Não era o caso daquele dia e, como ela tinha se proposto a chegar mais cedo, desceu na estação mais próxima.

Mesmo assim, o trajeto era enriquecedor, pois passava por uma parte bastante relevante do centro histórico de Londres, muito perto de uma famosa praça – Trafalgar Square – que homenageava uma das inúmeras batalhas que os britânicos gostavam de celebrar, e também do suntuoso prédio que abrigava a National Gallery, um dos maiores museus do mundo e que tanto já tinha lhe servido de refúgio em dias coloridos pelos mais variados humores.

Enquanto caminhava com o olhar estático nos detalhes históricos da paisagem, ela não conseguiu evitar de pensar no quanto significava para Marcela que a pequena, mas simbólica, galeria de sua família continuasse instalada a poucas quadras dali.

Significava muito, é verdade, mas talvez fosse mesmo sinal dos tempos ou do "progresso", como Bianca fez questão de pontuar.

Talvez fosse, mas a verdade é que ela não se convenceria o suficiente nunca e, por isso, continuaria tentando junto com a amiga.

Quando chegou na frente da galeria, levou a mão à bolsa e nem precisou vasculhar muito, pois subitamente a ficha caiu de que, não, ela não tinha consigo a chave do imóvel naquela manhã.

Poderia ter lembrado disso uma horinha antes, não é? Porque isso certamente teria lhe poupado de sair de casa com antecedência e, no final das contas, apenas para ficar plantada na frente do prédio esperando que outra pessoa chegasse.

Exatamente como aconteceu, pois Rafaella ficou encostada na parede durante quase uma hora, até que, finalmente, Marcela chegou.

R: Como você é lerda, Marcela! – Reagiu de braços abertos e com impaciência evidente.

M: Eu que sou lerda? – Gargalhou ironicamente, já enfiando a chave na fechadura – Coragem, hein, Rafa Kalimann? Você esquece que sua chave ficou comigo, e eu que sou a lerda... E eu lá tenho culpa de você ter a memória prejudicada desse tanto?

Acalento (RABIA)Onde histórias criam vida. Descubra agora