Jardim

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Oi, gente!

Eu demorei pra vir hoje porque, confesso, não ia vir.

Tive uma semana pouco inspirada e não consegui fechar um capítulo dentro do padrão que costumo postar.

 Tava relutando em postar qualquer coisa por isso, mas no final do dia agora, e vendo alguns pedidos de att, eu pensei que eu podia antecipar esse pedaço e contribuir para o início da semana de vocês.

Não defino como [MIMO], porque as cenas dele são, sim, bem importantes dentro da história inteira, mas são momentos só com elas, que fecham a viagem de Amsterdam e lançam algumas questões relevantes.

Como não tem focos de tensão ou nada que vá angustiar vocês - não que costume ter, né, pq eu nem faço isso :) - acho que vai somar positiviamente para a semana de quem gosta da história e de uma boiolicezinha.

Desconsiderem os erros porque não deu tempos MESMO de revisar.

É isso, espero que traga um pouquinho de alegria!



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Já no meio da tarde daquele domingo em Amsterdam, Rafa e Bia caminhavam de mãos dadas ao longo de um dos canais da cidade e, claro, a mineira não perderia a oportunidade de implicar com Bianca.

R: Se alguém tivesse me contado isso umas semanas atrás, eu não ia acreditar que esse era o tipo de passeio que cê ia fazer questão nessa cidade.

B: E qual o problema? – O tom debochado de Rafa mereceu uma mirada lateral da carioca – Eu sempre soube da existência desse evento que só acontece nessa época, faz tempo que queria vir, e finalmente coincidiu de eu estar na cidade. Simples assim.

O "evento" ao qual ela se referia era o tradicional final de semana de junho no qual algumas casas ao longo do canal abriam as portas à visitação pública de deslumbrantes jardins escondidos que, no resto do ano, eram cultivados e impossíveis de serem notados na paisagem cotidiana da cidade.

R: Só acho que não é tão "simples assim" olhar pra você e pensar que vai se interessar por jardins secretos.

B: Continuo sem entender o porquê. – Reforçou a censura apertando os olhos e Rafa deu risada.

R: Sei lá... – Tentou refletir na melhor resposta – Talvez seja porque você é toda blasé e quase monocromática, né?

B: Lá vamos nós... – Suspirou conformada – Monocromaticamente azul, no caso.

R: Hum... Mais ou menos isso, mas em termos de turismo e lazer, eu te associaria mais ao cinza e, em boa medida, austeridade de Londres e Nova York mesmo. Amsterdam no final de primavera e início de verão, como nós estamos agora, tem muitas cores. E esses jardins que nós vimos então, têm mais ainda.

B: Tu continua falando como se eu fosse essa pessoa super séria e chata. – Soou quase magoada.

R: Não é isso que eu quero dizer, deixa de drama, vai! – Suspendeu a mão de Bianca e beijou – Eu disse "se alguém me falasse isso umas semanas atrás", não foi? – Olhou de lado e Bia assentiu – Então, hoje eu já sei um pouquinho mais de você, foi só um comentário. Acho que antes eu imaginaria que aqui em Amsterdam você iria focar mais no cenário de experiências pecaminosas que a cidade tem pra te oferecer do que em passeios diurnos em jardins secretos.

Acalento (RABIA)Onde histórias criam vida. Descubra agora