Cicatriz

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Oi, olá, oi!

Bem-vindas e bem-vindos a mais um domingo em que eu chego aqui honrada e feliz de ter conseguido vir - como vcs gostam de dizer - "acalentar" vocês!

"Lixo"? "Asqueroso"? "Manipulador"? "Seboso"? "Narcisista"?"Verme"?

Sim para todas.

Vocês descreveram direitinho quem leram nos últimos capítulos, e eu digo que caberia aí mais um punhado enorme de adjetivos negativos.

Obrigada pela paciência e leitura respeitosa com diálogos longos e pesados e, embora hoje a gente ainda tenha uns desdobramentos disso nos pontos certos, trago spoiler/boas notícias:

HOJE TEM BOIOLICE DEMAIS DA CONTA!

Aqui em cima, é só!

Conversamos mais no final.

Leiam e espero que gostem!:)


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A intenção de se jogar na pista de dança acabou se perdendo, porém, pois, após passarem na suíte da advogada para que ela terminasse de se recompor, Gizelly e Rafaella foram recepcionadas já ao pé da escada por Seu Pedro e Dona Lúcia, que àquela altura não sabia muito, mas já sabia o suficiente.

E para surpresa de muitos – menos das filhas que, no fundo, sempre foram habituadas à ambivalente personalidade da mãe – foi Dona Lúcia quem primeiro abriu os braços para acolher sua primogênita.

Em silêncio, Gizelly se deixou envolver pelos contornos constrangidos do abraço que não tinha a espontaneidade do hábito, mas tinha o principal: o conforto do pertencimento.

Recebeu também o carinho discreto do pai em suas costas e, logo na sequência, sentiu seu corpo ser esmagado pelos braços de urso de Rafaella, que juntou os quatro e deu à sala inteira a oportunidade de enxergar concretamente o vínculo indissolúvel que sempre os uniu, e que na maioria das vezes só se testemunhava abstratamente.

Claro que, em uma festa daquele porte, com tanta comida e bebida de alto requinte, poucos foram os olhares que abandonaram o entretenimento egoísta para observar a cena, mas, evidentemente, o par de olhos mais atento e sensível da festa – e quiçá de muitas e muitas festas, em diversos e numerosos países e continentes – estava atento, orgulhoso e aliviado o suficiente.

E como haveria de se esperar, esse par de olhos tanto encarou e se empenhou que, no tempo exato, atraiu o tal "farolzinho verde" que há meses lhe iluminava.

Quando isso aconteceu, o abraço coletivo se desfez e a dona dele se aproximou da conversa onde Bianca estava e que, para sua surpresa, não contava com Manu, Marcela ou Mari.

R: Tudo bem por aqui, amor? – Chegou passando o braço na cintura de Bianca.

B: Tudo, sim... – Beijou docemente a bochecha de Rafaella antes de esclarecer – Teu pai já começou s de mexer, a notícia espalhou e eu estava aqui trocando uma palavrinha com meu antigo chefe, começando a explicar pra ele que a partir de segunda-feira a Kalimann vai colocar em andamento o "Plano B" para conter esse ruído na negociação e garantir a manutenção da Carter's no catálogo.

Acalento (RABIA)Onde histórias criam vida. Descubra agora