Acalento (RABIA)

2010

Olá, 

Demorei? 

Não demorei! Vocês que estavam ansiosas... -_-

Falando sério, a intenção era vir no meio da semana, mas eu decidi que eu não tinha escrito 22 capítulos dessa bagaça, cozinhando esse momento em fogo baixo, pra chegar nele e apresentar um capítulo "corrido", não é?

Então tomei meu tempo, deixei minha história ir me levando e cá estou: domingo, e com um capítulo de mais de 14k de palavras para FINALMENTE darmos esse salto de compreensão gigantesco na história que eu me propus a contar desde o início pra vocês.

O que eu quero dizer antes de vocês lerem é que é mais um capítulo "difícil". Talvez o mais difícil que eu já escrevi na minha vida.

Então, como eu não sei o grau de sensibilidade de cada um, e nem o momento individual de vocês, eu digo com todo carinho do mundo que se hoje não for um bom dia para você, seja por qual razão for, volte quando for melhor.

Eu vou continuar esperando vocês aqui, venham quando vierem. <3

No mais, se forem prosseguir, respirem e aproveitem a leitura, porque hoje é dia de usar todas aquelas anotações mentais que fizeram desde o início! :)

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R: Olha, vou te mostrar a foto do Matheus e cê me diz se é ele mesmo.

B: "Matheus", não...

E no mesmo instante em que as palavras seguintes de Bianca se articularam para fazer a correção, seu olhar caiu na foto que Rafa lhe mostrava e lhe deu todas as confirmações possíveis:

– Matthaus. Rodolffo Matthaus.

R: Bia... – Continuou tentando não descarrilar junto com a namorada, já que de nenhuma forma conseguia acompanhar. E nesse processo, acabou adotando outro tom – Titchela que me perdoe, mas ele é um tipo um tanto... – Olhou para a foto e reformulou – Bem comum. É mais produzido do que exatamente dono de uma beleza memorável e "uau", né? Então cê pode tá confundindo, amor.

A tentativa de suavizar de Rafaella foi em vão, porém.

B: Não tô, Rafa, não tô! – Impacientou-se e pressionou as palmas das mãos na testa – É ele, eu tenho certeza que é ele.

R: Tá bom, calma! – Deixou o celular de lado, sentou no chão e começou a ser mais eficiente em percorrer o caminho do esclarecimento – De onde você conhece ele?

B: Do Rio. – O olhar vagou inquieto.

R: Do Rio? – Levou o toque delicado ao queixo da namorada para realinhar os olhares – Eu não sei taaaanto assim dele, mas o Matheus é goiano, Bia. Tem um sotaque puxado que só vendo.

B: Exatamente, ele é goiano, mas morava no Rio. – A respiração não parava de ofegar.

R: Hum. – Pegou a mão esquerda de Bianca, passou a desenhar círculos com o polegar na palma dela para serená-la – E quando vocês se conheceram?