Outono

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Olás!

Mais um domingo em que eu não deixei ninguém na mão, uma imensa vitória para essa autora que vos escreve!

Vou começar os trabalhos hoje agradecendo o carinho que muitas tiveram comigo semana passada no pequeno surto de (falta de) motivação que eu deixei transparecer nas notas finais.

Até queria dizer que já passou e não vai se repetir, mas infelizmente vez ou outra isso acontece mesmo, porque eu tenho uma dificuldade enorme de escrever as partes "planas" da história.

Eu gosto mesmo é do caos e vocês já sabem disso. kkkk

E quando eu falo "caos", não me refiro a tombos, tá? Eu quero dizer os picos da história, sejam eles por euforia positiva e às vezes negativa mesmo. Fazer o que?

Resumindo: as "partes necessárias" são um porre de escrever.

É sobre isso! 🌈

Bom, hoje ainda é uma parte necessária, mas já caminharemos bem mais, como vocês estão prestes a descobrir.

Aproveitem, leiam com muita atenção, porque já sabem, né?

 No futuro  bastante iminente tudo pode ser usado à favor das nossas protagonistas (nunca contra)!



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O dia seguinte ao jantar na casa dos pais de Rafaella amanheceu sob a forma de um domingo bastante ensolarado.

Como é comum no período posterior a qualquer atividade angustiante o suficiente – como de fato sempre seria o primeiro jantar na casa de novos sogros – o sono de Bianca mais parecia uma ressaca que a deixou inconsciente muito além do horário que normalmente ela costumava acordar, mesmo aos domingos.

E isso era tão real que seu estágio de adormecimento ainda era profundo quando ao longe, muito longe, sua consciência começou a ser resgatada pelo estímulo sensorial que ela jamais teria decifrado.

Era em seu rosto e era quente.

Quente, não, talvez morno.

Molhado? Meio viscoso...

Não tinha um padrão identificável, porque de fato era quase desordenado e um tanto alvoroçado.

E à medida em que essas sensações iam se acumulando, a consciência do despertar ia ficando cada vez mais impossível de ignorar e, junto dela, veio o estado de defesa do qual Bia raramente descuidava, mas que a cada noite consecutiva passada com Rafaella ia perdendo um pouco o sentido.

Não o suficiente a neutralizá-lo por completo, porém, e foi por isso que quando a soma dos estímulos teve força suficiente a lhe despertar definitivamente, Bianca afastou o corpo em um ímpeto, sentou na cama já de olhos abertos e se encolhendo.

R: Ei, ei, calma! – a voz familiar trouxe o olhar assustado em sua direção, na beirada esquerda da cama – Tá tudo bem!

Ainda sem conseguir reduzir o estado de sobressalto, Bia apertou o lençol na altura do peito e sentiu a mão de Rafa em seu rosto.

Acalento (RABIA)Onde histórias criam vida. Descubra agora