Alvorecer

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OI, OI!

Hoje é domingo, né? Ainda dá tempo de deixar uma att pra vocês começarem a semana?

Hoje eu tô meio sei lá, então não vou dizer muita coisa.

Primeiro, vou comentar que eu amei que vocês já estão de quatro pela nossa Rafaella nova, porque eu também estou amando demais escrevê-la. Mas quero lembrar também que eu vou começar a puxar saco da Bianca se implicarem muito com a minha filha chata!:)

kkkkkkk... Enfim...

Por fim, quero dizer também que, de tudo que eu já escrevi de Acalento até agora, esse é um dos meus capítulos favoritos.

Espero que vocês se entretenham também, tanto quanto eu gostei de escrever ele!:)


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Não demorou muito e o surrealismo da cena atingiu proporções ainda mais inimagináveis, pois o selinho se transformou em um beijo tão completo e explícito que, no primeiro relance que expôs a língua de Rafaella, a carioca virou o rosto reflexamente.

Menos vulnerável aos efeitos da cena, Manu não desviou o olhar e, ao contrário disso, teve linearidade suficiente a pontuar o inevitável em um sussurro discreto, despejado perto do ouvido de Bianca:

– Cara de hétero, né?

Calada, Bia inspirou profundamente e, investida na inteligência emocional que lhe custou anos demais para conquistar, voltou o rosto para o contexto, passando a aguardar pacientemente o encerramento do exibicionismo inesperado.

R: Tá pago? – Pronunciou assim que se afastou do beijo.

F: Com juros... – Deixou um selinho – Gorjeta... – Outro selinho – E tudo mais! – Selinho final antes de pular fora do colo de Rafaella.

Marcela: Vocês vão explicar o que aconteceu aqui ou é só pra gente fingir que não viu?

R: A Flá jurou que o serviço de catering da festa era o mesmo que a gente contratou para uma exposição há uns três anos atrás; eu disse que não; a gente apostou; ela foi atrás da confirmação e, enfim... – Soltou o ar – Eu perdi!

Manu: E vocês apostaram um beijo? – Já que a muda não se mexia, a amiga não se importaria de fazer tudo.

F: Sim, eu disse que, se eu estivesse certa, valia um beijo. – Sorriu travessa.

B: E se você estivesse errada? – Finalmente reagiu.

R: Ela ia fazer um trabalho chato por mim na galeria, por uma semana... – Franziu o nariz – Eu sempre fui meio trouxa em apostas.

F: Trouxa ou não, só sei que eu venci demais hoje.

Bianca virou o rosto em direção à mesa de som da festa quando percebeu que não conteria o impulso de dar aquela revirada de olhos que extravasaria o que nem ela sabia ainda que lhe incomodava.

Manu percebeu e girou o corpo, ficando de costas para a mesa com as conhecidas e puxando o corpo da amiga para fazer o mesmo.

B: Mais uma faceta revelada: aquela que faz apostas infantis. – Falou baixo.

Acalento (RABIA)Onde histórias criam vida. Descubra agora