Mágico

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Voltamos à programação de domingo...

Bem mais cedo hoje, porque a autora precisa render o dia pra trabalhar também, infelizmente. :(

Passaram bem a semana?

Tô feliz com o resultado do último capítulo, hein? Obrigada por terem expressado o que sentiram de forma tão clara.

Acho que me perdoaram e perdoaram minhas filhas atrapalhadas também depois que entenderam as intenções, né?

Pois é, hoje a gente continua num imenso mar de boiolice, mas com muita informação relevantíssima para o futuro.

Que seja uma leitura leve para a semana de vocês!



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Impaciente e olhando a tela do celular a cada dez ou quinze segundos, a cantora já não aguentava mais a tortura, pois além da espera agonizante, tinha também a fome que só aumentava depois de uma manhã cheia de atividades na cidade.

Perto de atingir o limite em que não aguentaria mais a inércia de não mandar uma mensagem questionando, finalmente ela teve a visão de quem estava aguardando: Rafaella.

Não fosse o mau humor por todo o contexto, até teria aberto um sorriso gentil, mas percebeu logo que nem toda gentileza do mundo teria lhe permitido esse desprendimento, pois uns segundos depois de a imagem de Rafaella romper a entrada do restaurante, o braço esticado da mineira puxou Bianca, que Manu definitivamente não estava esperando naquele almoço tardio.

Sob o olhar cada vez mais estarrecido da cantora, a dupla foi se aproximando de mãos dadas e com sorrisos quase irresponsáveis no rosto.

B: Ah lá, tá puta! – Sussurrou e gargalhou discretamente, próxima ao ombro de Rafaella.

R: Ela só parece surpresa. – Devolveu também aos sussurros.

B: Não, tá puta, sim. – Cobriu a risada com a mão livre,

Quando chegaram finalmente na frente da mesa, Manoela jogou as costas no encosto da cadeira, cruzou os braços e pernas, e apertou os olhos antes de soltar em tom que tangenciou a arrogância:

– Não sei se me surpreende mais o casalzinho entrando nesse restaurante de mãos dadas; ou essa roupa que você está usando, Bianca.

B: Aí, falei que não tinha que ter saído do hotel vestida assim! – Fez cara de choro.

R: Pode parar, Manuzinha, não faz essa aqui começar a surtar! – Abraçou de lado e levou uma mão ao rosto de Bia, divertindo-se com a cena dela.

M: Só achei... – Tentou encontrar a palavra e suavizar – Peculiar, eu diria. Inesperada também.

B: Eu estava confortável no hotel, resolvendo um perrengue e sem intenção de sair... – Puxou a cadeira para Rafaella sentar – Aí essa doida apareceu lá e saiu me arrastando, sem me dar o direito de salvar a minha dignidade.

M: Sua dignidade está perdida desde que você sentiu o perfume de mexerica, Bianca. – Disse sem nem ver o que disse e já folheando o cardápio.

Acalento (RABIA)Onde histórias criam vida. Descubra agora