Beco

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OI!

Acharam que eu vinha só no final de semana? :)

Depois da maratona (para os meus padrões) de quatro capítulos na primeira semana de Acalento, demorei um pouquinho mais dessa vez.

Mas postar os quatro primeiros mais rápido foi intencional, confesso! Era meu tudo ou nada para vocês se apaixonarem ou dropparem logo a fic nova.

Algumas se apaixonaram e eu fiquei feliz real com todo o ciclo da semana passada, e especialmente no último capítulo.

Aliás, fiquei muito, muito feliz tb com o retorno do último capítulo e tudo que chegou em mim aqui, no tt, dm, etc. Vcs são as melhores em incentivar, juro! <3

De resto, esse capítulo tá um pouco maiorzinho pra compensar a demora e a gente começa a desenrolar o fio agora...

Latam muito para a Rafa de Acalento e sejam gentis, justas e generosas com a minha chatinha!


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No final da manhã, e muito tempo depois do momento delas no nascer do sol, Bianca permanecia acordada na suíte de seu hotel, sentada na frente do computador e entupida de café.

Confrontada com o que ela não conseguiu evitar, sua contenção de danos só poderia envolver uma dose surreal de trabalho, do mais complexo e intrincado deles, mas que fosse na medida exata para lhe blindar dos pensamentos incômodos.

Há uma verdade inafastável sobre o que é incômodo, porém: você pode até se ocupar, distrair ou enganar, mas de fato ele não se desconecta do sujeito incomodado, e só o que é preciso é um gatilho qualquer para que torne a se manifestar.

E às vezes esse gatilho entra pela porta que você não trancou.

M: Vai continuar ignorando minhas mensagens mesmo, Bianca Andrade?

B: Carái, pirralha! – Deu um pulo na cadeira e levou a mão ao peito – Eu ainda não tenho tanto dinheiro guardado assim pra tu querer me mandar pra vala desse jeito, não!

M: Você ainda não fez o seu testamento e me incluiu nele, não é isso que eu estou tentando. Ainda. – Disse friamente, mas retomando imediatamente – Agora vai me dizer por que eu tive que voltar correndo da minha "turistada" da manhã? Mandei milhares de mensagens e você, nada.

B: Trabalhando, Manu. – Tentou bravamente reativar a trava de segurança.

E para a encenação ser completa, levantou e mexeu em uns papéis com ar compenetrado.

Manu esperou uns segundos em silêncio.

Esperou mais alguns.

Só então, reagiu:

– Ah, falsa do caralho, hein, marketeira? Não tá nem lendo nada nesse papel aí.

B: Bebeu, Manoela? – Virou finalmente para a amiga.

M: Até parece que eu não sei que você faz leitura dinâmica e, nesse tempo que eu fiquei esperando você criar vergonha, já teria passado umas três páginas. Mas não, ficou aí com o olhar parado em uma só.

B: Já viu que eu tô viva, não viu? – Girou o corpo com extrema impaciência – Agora volta para a sua "turistada" e me deixa aqui fazendo o que quer que tu não acredita que eu esteja fazendo.

Acalento (RABIA)Onde histórias criam vida. Descubra agora