Abraço

6.8K 351 1.8K
                                    


Olás!

Pulamos o domingo, hein?

Bom, eu fiquei com o coração apertado de não poder vir aqui no domingo e isso piorou muito depois de tudo o que rolou, porque sei que foi um dia difícil para quase todo mundo.

Foi impossível vir, mas cá estou, apesar de ainda bastante atribulada.

A semana tem sido pesada e eu espero que vocês fiquem bem e essa att ajude a amenizar um pouquinho das angústias.

Como eu disse no tt, tem uma coisinha aí que eu tenho certeza que a maioria vai amar.

Portanto, divirtam-se, meus amores!



-----



Quando perderam o fôlego, encostaram as testas.

B: A gente ainda se vê nos meus próximos dias aqui, né? – Deixou um carinho na bochecha de Rafaella.

R: Eu espero que sim! – Encostou de novo os lábios.

E nem deu tempo de elas desgrudarem antes de serem interrompidas pelo som da chave na fechadura.

R: Uai? – Estranhou, como era de se esperar, e soltou Bianca suavemente, um segundo antes de a porta se abrir.

E o que passou por ela foi muito pior do que a mineira havia projetado.

R: MÃE?? – Surpresa nem definia mais, era quase pavor mesmo. E foi piorando. – PAI?

L: Oi, minha filha! – A mãe passou de vez pela porta e deixou sua bolsa e chave em um aparador.

R: Meu Deus, como assim, gente? – Olhou de Bianca para os pais – O que cês tão fazendo aqui?

P: Nem me pergunte, filha, nem me pergunte. – O tom de voz do pai era indisposto – Converse e esclareça com a sua mãe!

À medida em que Rafa se aproximava dos pais, Bia parecia se encolher ainda mais na cena que ela jamais teria previsto e nem sabia se tinha estruturas para enfrentar.

Tinha que ter, porém, e até deveria agradecer, porque só conseguia imaginar que, se fosse um pouco antes, eles teriam entrado ali enquanto ela chupava a filha deles em cima do sofá.

Isso, sim, teria sido algo a não ser superado pelo resto de sua existência, então só podia agradecer mesmo.

Aliás, no meio desse fluxo mental desordenado, imaginar o pior dos cenários acabou lhe lembrando de uma coisa, e ela precisou checar dando alguns passos para trás enquanto acompanhava o diálogo constrangido que continuava a acontecer na sala.

L: Eu estava preocupada com você, Rafaella, e não tem nenhuma novidade nisso.

R: E precisou vir do Brasil pra cá assim? Do nada e de um dia para o outro? – Recebeu o abraço da mãe ainda sem conseguir corresponder de tão passada que estava – E pior, né? Sem avisar e nem sequer tocar a campainha.

L: Cê deu a chave pra gente, uai! – Continuava demonstrando indiferença com as reclamações de Rafa.

P: Eu tentei te avisar, filha. – Abraçou Rafaella afetuosamente – Mandei áudio assim que pousamos aqui, mas cê nem ouviu.

Acalento (RABIA)Onde histórias criam vida. Descubra agora