Capitulo 32 - Vinho e Manjar

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- Acha que eu precisei de um motivo para me apaixonar por você? - perguntei ofendida.

- Ta apaixonada? - Respirou pesado, me encarando fixo.

- Depois de tudo que você fez... - Dei de ombros, tentando fingir que não era importante - Estranho seria se eu não estivesse!

- O que eu fiz? - perguntou com a voz mais leve, se aproximando aos poucos.

- Me tratou como se tivesse algum valor... - Outra lagrima caiu.

Não tão inesperadamente ele levou seus dedos até minhas bochechas, secando meu rosto.

- Para

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- Para... - supliquei, desviando o olhar. - Tem gente ao redor! - Falei em um sussurro.

- Não to fazendo nada... - seu olhar estava profundo e ele tinha um leve sorrisinho se formando nos lábios.

- Ta me olhando! - encarei-o brava

- Não posso?

- Não, não pode!

- Por que?

- Porque você está fazendo de novo, está tentando me fazer esquecer que estou brava...

- E você ta brava? - perguntou com a voz baixa.

- Não. - pisquei rapidamente - Quer dizer, sim. Muito! - bufei, revirando os olhos. - E antes que me pergunte o porquê, porque você está fugindo.

- Não preciso fugir de te dizer que é especial.. - segurou meu rosto e inevitavelmente inclinei minha cabeça para caber em sua palma - Te valorizo porque é a coisa de maior valor que tenho agora!

Não quis secar o choro, naquele momento as lágrimas se fizeram necessárias para refletirem meus sentimentos. Que eram um misto de alívio e tortura.

- Não devia pensar assim! - engoli o bolo em minha garganta, desviando o olhar e cortando a conexão. - Abre a passagem... - Exigi ao dr. Strange, sem nenhuma regra de etiqueta e bons modos.

- Obrigado, Ella! - moveu suas mãos

- Não fiz por você! - Respondi rude. - E você... - me virei para Tony - Não seja um idiota com a Pepper.

Tomei um susto quando após revirar os olhos ele puxou para um abraço.

- Boa sorte com o picolé. Espero te ver em breve! - me empurrou antes que eu pudesse retribuir ao seu abraço - Chega! - pigarreou, levando as mãos aos bolsos.

- Você ainda me deve uma mesa nova! - Steve brincou, antes de nos virarmos para o buraco que se formou naquele laboratório.

Ao me virar para encarar a passagem que ventava contra nossos rostos, liberando uma energia que nos puxava para dentro dela, a primeira coisa que meus olhos encontraram foi o cara do outro lado. De pé, próximo ao bar, ele largou um copo de whiskey sobre a bancada, antes de caminhar, desacreditado, para próximo a passagem. Meu coração errou as batidas e eu não soube se entrava ou fugia, a única certeza que eu tinha, era a de que eu não queria atravessar, mas eu precisava.

Ella - Agente Ella e o Super SoldadoOnde histórias criam vida. Descubra agora